A coleta e o tratamento inadequados de resíduos industriais, como óleos lubrificantes, combustíveis e solventes, ameaçam o solo e os lençóis freáticos sob o Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. O alerta consta do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do aeroporto, concluído no mês passado. Dos 22 hangares do mais antigo aeroporto do Estado, a maioria deles explorado por empresas privadas, apenas seis (27%) despejam o esgoto na rede coletora da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Na avaliação de especialistas contratados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o risco de contaminação é “provável e bastante significativo”. A área do aeroporto não é a única a ser afetada. Nas vistorias, se verificou o lançamento de esgoto sanitário e industrial dos hangares - supostamente sem tratamento - nas redes de drenagem internas do Campo de Marte. Parte da vazão é direcionada para o córrego que circunda o aeroporto no sentido das cabeceiras da pista. O restante infiltra no solo ou escoa pelas galerias em direção ao Rio Tietê, contribuindo para agravar a poluição.
Nos próximos dias, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente deve agendar audiências públicas para apresentar o estudo, oportunidade para moradores e associações de bairro debaterem os resultados com técnicos e autoridades. O EIA-Rima são exigências relativamente recentes, solicitadas para novas construções somente a partir da década de 1980. Deles depende a licença ambiental de funcionamento, documento que o Aeroporto Campo de Marte e o de Congonhas, na zona sul, até hoje não têm.
Aeroportos
“Parte de nossa rede, 27% dos aeroportos brasileiros, não tem licença ambiental por terem sido construídos muito antes da lei”, revela Paulo Sergio Ramos Pinto, diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A Infraero diz cobrar das empresas instaladas dentro dos 67 terminais sob sua jurisdição a obediência à legislação ambiental, mas pondera que não tem poder de fiscalização sobre elas. Fazemos vistorias, pedimos que se adaptem à lei, mas não temos poder de polícia”, argumenta Mauro Cauville, superintendente de Meio Ambiente da Infraero. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Foto: USP
Na avaliação de especialistas contratados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o risco de contaminação é “provável e bastante significativo”. A área do aeroporto não é a única a ser afetada. Nas vistorias, se verificou o lançamento de esgoto sanitário e industrial dos hangares - supostamente sem tratamento - nas redes de drenagem internas do Campo de Marte. Parte da vazão é direcionada para o córrego que circunda o aeroporto no sentido das cabeceiras da pista. O restante infiltra no solo ou escoa pelas galerias em direção ao Rio Tietê, contribuindo para agravar a poluição.
Nos próximos dias, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente deve agendar audiências públicas para apresentar o estudo, oportunidade para moradores e associações de bairro debaterem os resultados com técnicos e autoridades. O EIA-Rima são exigências relativamente recentes, solicitadas para novas construções somente a partir da década de 1980. Deles depende a licença ambiental de funcionamento, documento que o Aeroporto Campo de Marte e o de Congonhas, na zona sul, até hoje não têm.
Aeroportos
“Parte de nossa rede, 27% dos aeroportos brasileiros, não tem licença ambiental por terem sido construídos muito antes da lei”, revela Paulo Sergio Ramos Pinto, diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A Infraero diz cobrar das empresas instaladas dentro dos 67 terminais sob sua jurisdição a obediência à legislação ambiental, mas pondera que não tem poder de fiscalização sobre elas. Fazemos vistorias, pedimos que se adaptem à lei, mas não temos poder de polícia”, argumenta Mauro Cauville, superintendente de Meio Ambiente da Infraero. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Foto: USP
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