sexta-feira, 21 de abril de 2023

Antigos bombardeiros B-17 “Fortaleza Voadora” devem ser aterrados

Possível problema nas asas do B-17 deve motivar o aterramento dos aviões mantidos em condições de voo.

B-17 Yankee Lady em pleno voo; avião foi produzido pela Boeing no fim da Segunda Guerra Mundial, mas nunca entrou em combate (Kogo via Wikimedia Commons)
Um avião que deixou de ser produzido há quase 80 anos deve ser obrigado a ficar em solo nas próximas semanas. De acordo com o website Scramble, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos deve emitir em breve uma Diretriz de Aeronavegabilidade (AD) ordenando o aterramento de antigos bombardeiros Boeing B-17 “Flying Fortress” (Fortaleza Voadora).

De acordo com a publicação, a diretriz da FAA deve ser motivada por conta de problemas encontrados nas longarinas das asas encontradas no B-17G “Yankee Lady” após uma inspeção recente. A aeronave fabricada em julho de 1945 (umas das últimas a ser produzida pela Boeing) é mantida em condições de voo pelo Yankee Air Museum. Até o defeito ser contornado, o clássico avião ficará no chão.

Em abril de 2021, outro B-17, o “Aluminum Overcast” mantido pela Experimental Aircraft Association, apresentou um problema semelhante nas asas. Até hoje, o avião não voltou a voar.

Embora ainda não tenha emitido um aviso oficial, a FAA já teria notificado os operadores dos B-17 nos EUA a voar com seus aparelhos para outras localidades antes da AD ser publicada e impedir as decolagens, segundo o site.

É esperado que AD da FAA force a parada de todos os B-17 com certificados de aeronavegabilidade válidos ao redor do mundo: são cinco modelos nos EUA e um no Reino Unido.

Não é o original: B-17G com pintura e pinup imitando o “Memphis Belle”, o B-17 mais famoso
Em outubro do ano passado, o B-17G Texas Raiders colidiu no ar com antigo caça P-63 Kingcobra durante um show aéreo em Dallas, no estado do Texas. O acidente matou todas as seis pessoas que estavam nos aviões.

Com mais de 12.000 unidades construídas, os B-17 foram fundamentais no esforço dos Aliados contra a Alemanha nazista e o Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente nos combates ocorridos na Europa. Após o conflito, diversos exemplares foram exportados para outros países, incluindo para o Brasil – a Força Aérea Brasileira foi o último operador militar do modelo, desativando em 1968.

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