domingo, 27 de junho de 2021

Caças dos EUA realizam missão de combate em porta-avião estrangeiro após 75 anos

Jatos F-35B decolaram de porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth em missão contra alvos do Estado Islâmico no Oriente Médio.

Caça F-35B dos EUA sobrevoa o porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth durante
 exercícios em 2018 (Foto: Dane Wiedmann/Navy Office of Information/U.S. Navy)
Os caças do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos a bordo de um porta-aviões britânico realizaram missões de combate no Oriente Médio nesta semana – a primeira vez que aviões de guerra dos EUA entraram em combate de um navio de guerra estrangeiro desde a Segunda Guerra Mundial –, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido na terça-feira (22).

As missões contra o Estado Islâmico (EI) também marcaram o primeiro combate do novo porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth, o maior navio que a Marinha Real já colocou no mar e a primeira ação de combate para um porta-aviões britânico em uma década.

O capitão James Blackmore, comandante da asa aérea a bordo do Queen Elizabeth, disse que a última vez que aviões dos EUA realizaram missões de combate de um porta-aviões estrangeiro foi em 1943, quando aeronaves americanas partiram do HMS Victorious da Grã-Bretanha no Pacífico Sul.

Os membros da tripulação preparam um jato F-35B (à direita) para decolar do HMS Queen Elizabeth no Mar Mediterrâneo em 20 de junho de 2021 (Foto: U.S. Navy)
Os jatos F-35B dos EUA voaram em uma ação contra o EI acompanhados por aviões de guerra britânicos semelhantes em apoio à Operação Shader do Reino Unido e à Operação Inherent Resolve do Exército dos EUA.

Um total de 18 F-35Bs dos EUA e do Reino Unido estão embarcados no Queen Elizabeth, o maior número de aviões de guerra avançados já implantados em um único navio.

Os F-35Bs projetados pelos EUA são aeronaves stealth de última geração que podem pousar verticalmente, permitindo que sejam implantados em navios de guerra menores do que os gigantescos porta-aviões da classe Nimitz que são a espinha dorsal da frota da Marinha dos EUA.

"O nível de integração entre a Marinha Real, a Força Aérea Real e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA é realmente perfeito e prova de como nos tornamos próximos", disse Blackmore.

HMS Queen Elizabeth no Mar Mediterrâneo em 20 de junho de 2021
"A capacidade de operar no mar com os caças mais avançados já criados é um momento significativo em nossa história, oferecendo garantias aos nossos aliados e demonstrando o formidável poder aéreo do Reino Unido aos nossos adversários", disse o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, em comunicado.

O Queen Elizabeth está liderando o Carrier Strike Group 21 do Reino Unido, que está em uma missão de sete meses e 48.280 quilômetros que o levará até o Japão e a Coreia do Sul, incluindo um trânsito previsto pelo Mar da China Meridional.

O grupo de ataque deve visitar 40 países durante sua implantação através do Mar Mediterrâneo e do Oceano Índico a caminho do Pacífico.

"Até o momento, exercemos influência diplomática em nome do Reino Unido por meio de uma série de exercícios e compromissos com nossos parceiros – agora estamos prontos para dar o duro golpe do poder aéreo marítimo contra um inimigo comum", disse o Comodoro Steve Moorhouse, comandante do grupo de ataque do Reino Unido.

O porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth é saudado ao chegar à Base Naval de Portsmouth, em Hampshire (Foto: Andrew Matthews - 19.mai.2021/PA Images via Getty Images)
"O envolvimento do HMS Queen Elizabeth e sua ala aérea nesta campanha também envia uma mensagem mais ampla. Demonstra a velocidade e agilidade com que um grupo de ataque de porta-aviões liderado pelo Reino Unido pode injetar poder de combate de quinta geração em qualquer operação, em qualquer lugar do mundo, oferecendo assim ao governo britânico e aos nossos aliados uma verdadeira escolha militar e política", disse Moorehouse.

Blackmore afirmou que as missões de combate britânicas do porta-aviões foram as primeiras do Reino Unido desde que ele participou de missões sobre a Líbia em 2011, durante uma intervenção liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na guerra civil naquele país.

O Ministério da Defesa britânico descreve o Carrier Strike Group 21 como "a maior concentração de poder marítimo e aéreo a deixar o Reino Unido em uma geração". Navios de guerra americanos e holandeses também fazem parte da flotilha.

Via Brad Lendon (CNN)

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