O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev (foto), propôs nesta sexta-feira substituir todos os aviões da era soviética por aviões ocidentais, após a queda de mais um avião comercial na qual morreram 44 pessoas, entre elas toda a equipe de hockey. O desastre aconteceu em 8 de setembro. Mas mesmo essa medida, se for tomada, não resolverá todos os problemas da aeronáutica russa.
Especialistas em aviação afirmam que os desastres aéreos que são frequentes na Rússia não acontecem apenas por causa da idade da frota comercial, mas também devido a outros problemas como a capacitação deficiente das tripulações e a negligência generalizada na segurança das aeronaves, aspectos que ficaram em segundo plano frente ao lucro. Apenas três aeroportos do país estão equipados com sistemas automáticos modernos de pouso.
"A situação é como se um machado estivesse em cima das nossas cabeças", disse Oleg Smirnov, piloto que recebeu várias condecorações e foi vice-ministro da Aviação durante a era soviética.
"O valor da vida humana deve prevalecer sobre todas as considerações, como o apoio aos fabricantes locais", disse Medvedev. Segundo ele, o governo russo pode colocar um fim nas tentativas de resgatar os fabricantes locais de aviões, que atravessam dificuldades financeiras, e aumentar a compra de aviões no exterior.
Após o último desastre aéreo, Medvedev ordenou às autoridades que suspendessem a maioria das 130 empresas aéreas do país. Ele usou o argumento de que as empresas pequenas tendem a economizar na segurança.
As empresas maiores, como a Aeroflot, retiraram das suas frotas os aviões da era soviética e usam principalmente Boeing e Airbus, que consomem menos combustíveis e cumprem normas europeias referentes a barulho e emissão de poluentes. As informações são da Associated Press.
Fonte: Agência Estado
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