sábado, 26 de setembro de 2009

Brasil ainda prefere Rafale

Ministro Nelson Jobim diz que queda de caças franceses não pesa na decisão de compra da FAB

A queda de dois caças franceses Rafale no Mar Mediterrâneo, na quinta-feira, não diminui o interesse brasileiro em adquirir aviões deste modelo, afirmou ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

As aeronaves que caíram são do mesmo tipo que a empresa francesa Dassault ofereceu ao Brasil para participar da licitação para compra de 36 caças, estimada em R$ 10 bilhões. Jobim disse acreditar que o acidente tenha sido consequên cia de erro humano ou falha de manobras na aeronave – sem necessariamente estar ligado a problemas técnicos dos caças.

– O acidente não interfere absolutamente em nada. Essa é uma avaliação que tem de ser feita pela Força Aérea. O prazo de análise das propostas termina no dia 2 de outubro. Vamos examinar. Quem vai decidir é a Aeronáutica – disse Jobim.

A Dassault disputa a licitação com a americana Boeing e com a sueca Saab, que ofereceram ao Brasil os caças F-18 e Gripen, respectivamente.

Embora o prazo para entrega das propostas acabe só em 2 de outubro, o governo brasileiro já sinalizou preferência pelos caças Rafale.

A queda dos aviões teria sido causada por um choque durante voo de exercício. A hipótese é considerada a mais plausível pela Marinha francesa desde que o piloto sobrevivente, Yann Beaufils, informou ter sido atingido na parte de trás de seu avião antes de cair. Segundo o Ministério da Defesa francês, o outro aparelho seguiu voando, até desaparecer dos radares. Seu piloto continua desaparecido. As informações foram reveladas ontem em Toulon, no sul da França, pelo ministro da Defesa, Hervé Morin. Em entrevista coletiva, o ministro definiu a perda dos dois aviões e o desaparecimento de um aviador como “um acidente de voo”.

– Precisamos investigar a fundo mas, a priori, não tem nada a ver com o avião – disse Morin.

A ressalva faz parte do esforço sutil do governo francês para descartar falhas simultâneas nos dois aviões, que poderiam comprometer as vendas para o Brasil.

Clique aqui: Nas asas da polêmica (em .pdf)

Fonte: Zero Hora

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