A UAL Corp, controladora da United Airlines, anunciou a compra da Continental Airlines por cerca de 3,17 bilhões de dólares em ações, formando a maior companhia aérea do mundo.
O valor proposto representa um ágio de 1,5 por cento sobre o valor da ação da Continental na sexta-feira.
O nome da companhia aérea combinada será United Airlines e o nome da empresa holding será United Continental Holdings Inc.
O presidente-executivo da Continental, Jeff Smisek, vai comandar a companhia combinada que gera mais de 29 bilhões de dólares anuais em receita, enquanto o presidente-executivo da UAL, Glenn Tilton, será o presidente do conselho.
Se aprovada na lei anti-trust e pelos acionistas, a nova empresa - que deverá manter a marca United Airlines - será a maior do mundo no setor de transporte aéreo, de acordo com a imprensa americana. As empresas esperam completar a transação no quarto trimestre deste ano.
Segundo o site do jornal The New York Times, o novo negócio deverá marcar presença nos maiores mercados domésticos americanos, como Nova York, Chicago e Los Angeles, além de ampliar o número de voos para Ásia, América Latina e Europa.
Ao todo, a nova holding deverá transportar mais de 144 milhões de passageiros por ano, que devem se deslocar entre 370 destinos diferentes, em 59 países.
A fusão é encarada como uma forma das duas companhias enfrentarem a competição das empresas low-cost e de aumentarem suas participações no mercado internacional.
O presidente da Continental, Jeffery A. Smisek, deverá chefiar a nova empresa, e a fusão poderá permitir que a United assuma o posto da Delta Air Lines, antes considerada a maior aérea americana.
De acordo com a empresa, cada 1,05 ação da United será trocada por uma ação da Continental, o que dará aos acionistas da United 55% da nova companhia.
O acordo marca a primeira fusão importante na indústria aérea dos Estados Unidos desde que a Delta Air Lines comprou a Northwest em 2008 e encerra meses de especulação sobre nova consolidação no setor.
A United e a Continental informaram que a companhia combinada expandirá serviços com uma sobreposição mínima de rotas domésticas e nenhuma internacional. A empresa unida terá 10 hubs, sendo Houston o maior, e uma força de trabalho de quase 90 mil pessoas.
A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores da Indústria Aeroespacial informou em comunicado que está preocupada sobre os efeitos da fusão sobre os benefícios e estabilidade de emprego de seus mais de 26 mil membros em ambas as empresas.
Mau sinal para os consumidores
A fusão poderá prejudicar o bolso dos consumidores. De acordo com especialistas ouvidos pelo The New York Times, a nova empresa deve cortar capacidade, o que diminui o número de assentos no mercado de aviação civil nos EUA. Com isso, a empresa pode ter uma justificativa para aumentar os preços.
Além disso, já que estão juntas, a United e a Continental não devem competir nas mesmas rotas, oferecendo menos opções para os consumidores.
Por enquanto, a nova holding nega que vá elevar suas taxas.
Marca
A nova marca será uma combinação das duas companhias. Os aviões deverão ter os traços da Continental, mas os logos e as cores serão utilizados com o nome da United.
Fontes: Diogo Max (Portal Exame) / Kyle Peterson (Reuters via O Globo) - Imagem: Divulgação
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