Família Cueto abre mão de parte do direito de preferência na compra das ações detidas por Sebatian Piñera, o presidente eleito do país vizinho
As chances de a TAM comprar uma fatia da LAN Chile estão maiores. Nesta segunda-feira (22), a família Cueto comunicou ao mercado que vai adquirir apenas uma parte das ações da companhia aérea chilena em poder do presidente eleito do país vizinho, Sebastian Piñera. Segundo fato relevante enviado à Bolsa de Santiago, a Costa Verde, holding dos Cueto, vai comprar 8,56% dos papéis da empresa aérea por 494 milhões de dólares. Restarão à venda, ainda, uma parcela de 21,8% da LAN Chile, distribuída entre as duas holdings de Piñera - a Axxion e a Santa Cecília. "A LAN Chile sempre esteve no radar da TAM, e, agora, surgiu uma oportunidade única", afirma uma fonte a par dos bastidores da companhia. Em nota, a TAM. afirmou que "nega qualquer intenção de adquirir ações da LAN Chile. O relacionamento das duas companhias contempla uma parceria operacional em codeshare e serviços de manutenção prestados pela TAM para as aeronaves da LAN."
Os Cueto já detém uma participação de cerca de 25% no capital da Lan Chile e são considerados os verdadeiros operadores da companhia aérea. Após o negócio, a famíila passaria a controlar cerca de 33% do capital. Com o aval da presidente do conselho de administração da TAM, Maria Cláudia Amaro, o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual e também conselheiro da empresa brasileira, está articulando um grupo de bancos de investimento para apoiar o negócio. O fato de a TAM disputar, agora, uma fatia menor da companhia chilena também favorece as ambições da empresa, já que necessitará de menos dinheiro para bancar o jogo.
A TAM realizou, recentemente, o IPO de sua gestora de programas de fidelidade, a Multiplus. Lançada em um momento de turbulência no mercado, devido aos temores da crise da dívida grega, os papéis foram vendidos por um preço menor que o estimado pelos coordenadores da oferta. Cerca de 94% da captação vai para o caixa da TAM, por meio de um contrato de compra antecipada de passagens e pontos. Mas a idéia, agora, é que esse dinheiro permaneça no caixa da companhia. “Sempre é bom para uma companhia aérea ter um caixa confortável”, diz a fonte.
A alternativa é que os bancos de investimento contatado por Esteves forneçam um empréstimo-ponte para a TAM, cujos recursos seriam usados para comprar as ações da LAN Chile. Em um segundo momento, a dívida seria reestruturada. Nessa etapa, haveria várias opções em estudo - desde uma emissão de ações da TAM, se as condições de mercado forem favoráveis, até um empréstimo do BNDES.
A Copa Airlines seria uma das interessadas em atravessar o caminho da TAM, mas os observadores afirmam que a brasileira é a candidata com melhores condições de vencer a disputa. Em primeiro lugar, porque é a que apresenta o maior número de sinergias com a LAN. Além disso, a família Amaro já mantém um bom relacionamento com os chilenos desde a época em que o comandante Rolim, fundador da TAM, dirigia os negócios.
Por último, a LAN Chile sempre quis ampliar suas operações no Brasil assim como a TAM mantém o sonho de consolidar sua posição de maior companhia aérea da América do Sul. "Não vejo outra empresa em melhores condições de vencer essa briga", diz a fonte. O prazo para que Piñera deixe a LAN Chile é 11 de março, data de sua posse como próximo presidente do país. Esse também é o prazo que a TAM. tem para concluir um dos voos mais altos de sua história.
Fonte: Márcio Juliboni (Portal Exame)
As chances de a TAM comprar uma fatia da LAN Chile estão maiores. Nesta segunda-feira (22), a família Cueto comunicou ao mercado que vai adquirir apenas uma parte das ações da companhia aérea chilena em poder do presidente eleito do país vizinho, Sebastian Piñera. Segundo fato relevante enviado à Bolsa de Santiago, a Costa Verde, holding dos Cueto, vai comprar 8,56% dos papéis da empresa aérea por 494 milhões de dólares. Restarão à venda, ainda, uma parcela de 21,8% da LAN Chile, distribuída entre as duas holdings de Piñera - a Axxion e a Santa Cecília. "A LAN Chile sempre esteve no radar da TAM, e, agora, surgiu uma oportunidade única", afirma uma fonte a par dos bastidores da companhia. Em nota, a TAM. afirmou que "nega qualquer intenção de adquirir ações da LAN Chile. O relacionamento das duas companhias contempla uma parceria operacional em codeshare e serviços de manutenção prestados pela TAM para as aeronaves da LAN."
Os Cueto já detém uma participação de cerca de 25% no capital da Lan Chile e são considerados os verdadeiros operadores da companhia aérea. Após o negócio, a famíila passaria a controlar cerca de 33% do capital. Com o aval da presidente do conselho de administração da TAM, Maria Cláudia Amaro, o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual e também conselheiro da empresa brasileira, está articulando um grupo de bancos de investimento para apoiar o negócio. O fato de a TAM disputar, agora, uma fatia menor da companhia chilena também favorece as ambições da empresa, já que necessitará de menos dinheiro para bancar o jogo.
A TAM realizou, recentemente, o IPO de sua gestora de programas de fidelidade, a Multiplus. Lançada em um momento de turbulência no mercado, devido aos temores da crise da dívida grega, os papéis foram vendidos por um preço menor que o estimado pelos coordenadores da oferta. Cerca de 94% da captação vai para o caixa da TAM, por meio de um contrato de compra antecipada de passagens e pontos. Mas a idéia, agora, é que esse dinheiro permaneça no caixa da companhia. “Sempre é bom para uma companhia aérea ter um caixa confortável”, diz a fonte.
A alternativa é que os bancos de investimento contatado por Esteves forneçam um empréstimo-ponte para a TAM, cujos recursos seriam usados para comprar as ações da LAN Chile. Em um segundo momento, a dívida seria reestruturada. Nessa etapa, haveria várias opções em estudo - desde uma emissão de ações da TAM, se as condições de mercado forem favoráveis, até um empréstimo do BNDES.
A Copa Airlines seria uma das interessadas em atravessar o caminho da TAM, mas os observadores afirmam que a brasileira é a candidata com melhores condições de vencer a disputa. Em primeiro lugar, porque é a que apresenta o maior número de sinergias com a LAN. Além disso, a família Amaro já mantém um bom relacionamento com os chilenos desde a época em que o comandante Rolim, fundador da TAM, dirigia os negócios.
Por último, a LAN Chile sempre quis ampliar suas operações no Brasil assim como a TAM mantém o sonho de consolidar sua posição de maior companhia aérea da América do Sul. "Não vejo outra empresa em melhores condições de vencer essa briga", diz a fonte. O prazo para que Piñera deixe a LAN Chile é 11 de março, data de sua posse como próximo presidente do país. Esse também é o prazo que a TAM. tem para concluir um dos voos mais altos de sua história.
Fonte: Márcio Juliboni (Portal Exame)
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