segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Após guerra de preços, aéreas querem recompor suas margens

As cinco maiores empresas de aviação comercial no Brasil esperam um ano novo bem melhor do que 2009, porém suas perspectivas são bem diferentes. Enquanto as duas grandes -TAM e Gol/Varig-, que controlam 86% dos voos domésticos, preveem crescimento acompanhando a evolução natural do setor, de 2,5 vezes o PIB, as menores -WebJet, Azul e OceanAir- estimam avanço acima de 30%. Acompanhando o crescimento, espera-se uma elevação de tarifas de 10% a 20%.

Este ano, os preços médios dos bilhetes chegaram a cair mais de 50% ante o pico de 2008. Em 2010, as empresas esperam recompor a receita, embora concordem em que será difícil voltar aos níveis do ano passado. O movimento nos aeroportos no próximo ano deve ser no mínimo 12% maior que o de 2009, com uma alta de 16% a 17% na demanda do setor.

O presidente da TAM, Líbano Barroso, espera que a empresa avance entre 10% e 12%. Como suas passagens são normalmente mais caras que as dos concorrentes, nos trechos domésticos, a TAM está facilitando o financiamento dos bilhetes e oferecendo voos em horários alternativos. Quanto aos voos internacionais, em que é líder absoluta, no próximo ano a companhia planeja mais um destino internacional, que pode ser para a África do Sul.

Além de recuperar a rentabilidade, o setor terá em 2010 um importante desafio, acredita o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior. "A grande questão será entender qual a melhor forma de atrair e atender à demanda da classe C".

Fonte: DCI

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