A concorrência entre as companhias de aviação tende a se acirrar ainda no primeiro semestre de 2009, o que diminuirá o preço das tarifas aéreas para o consumidor.
De acordo com o diretor-executivo do Nectar (Núcleo de Economia dos Transportes, Antitrustes e Regulação) do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Alessandro Oliveira, este será um ano competitivo, principalmente pela entrada no mercado da Azul Linhas Aéreas.
Ela ainda é, segundo Oliveira, uma companhia que não representa uma forte concorrência, porém tem tudo para crescer e incomodar. Só que, para que isso ocorra, ainda é necessário que cheguem as novas aeronaves que a empresa encomendou e que ela consiga a permissão para atuar em grandes aeroportos do país.
Assim, o diretor-executivo prevê que o mercado pode sofrer duas situações distintas, sendo que em qualquer uma delas o consumidor tenderá a ser beneficiado com tarifas mais atraentes.
Partindo dos grandes aeroportos
Primeiro, se a Azul conseguir o espaço para atuar nos grandes aeroportos - uma decisão que ainda envolve questões de economia e política -, a empresa vai disputar a opção dos passageiros e, assim, preencher os assentos vazios.
Afinal, se já não é interessante para uma companhia realizar voos com muitos lugares vagos, isso se acentua no caso de uma empresa nova, que disputa seu espaço em um mercado liderado por outras duas companhias.
Assim, a probabilidade de a Azul reduzir tarifas e realizar promoções será grande. Diante disso, a GOL e a TAM, que já disputam a demanda de passageiros, vão agir de forma a assegurar seus respectivos market shares.
Permissão para atuar
Alessandro afirma que não sabe se a permissão à Azul será concedida ou não, mas lembra que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já se pronunciou a favor da realização de ponte aérea entre o aeroporto internacional Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e São Paulo.
Além disso, para ele, a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) tem propensão de valorizar essa entrada da Azul, a fim de promover a concorrência entre companhia.
O presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), Carlos Alberto Amorim Ferreira, concorda e diz que "é saudável que tenham mais companhias concorrendo". Entretanto, ele acredita que a entrada da Azul ainda não provocará influências no mercado da aviação.
Mercado regional
De qualquer forma, se a Azul não conseguir a permissão, diz Alessandro Oliveira, ela vai agir com o objetivo de fortalecer sua base de atuação, ou seja, o mercado regional. Como essa categoria do setor aéreo possui grande atuação da Trip, a Azul se tornará forte concorrente dessa companhia.
Assim, as promoções e tarifas mais em conta serão oferecidas em viagens realizadas regionalmente, beneficiando o consumidor de qualquer forma.
Crise financeira
Para o presidente da Abav, por sua vez, não dá para prever o comportamento tarifário do setor da aviação em 2009. "Nós estamos diante de uma crise financeira internacional, que não se limitou ao ambiente externo, mas também alcançou o Brasil", lembra.
Ele explica que, segundo o comportamento observado em outros anos, o mês de março costuma apresentar uma guerra tarifária, pois as férias se encerraram e as empresas precisam convencer o consumidor a viajar.
Porém, após o mês de maio, a questão do preço dependerá de muitos fatores, sem rumo definido, como o comportamento da demanda, que pode se reduzir, com a pressão do desemprego, ou não, o fato de o câmbio estabilizar ou não e ainda se o governo promoverá incentivos ou não.
Fonte: InfoMoney (UOL)
De acordo com o diretor-executivo do Nectar (Núcleo de Economia dos Transportes, Antitrustes e Regulação) do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Alessandro Oliveira, este será um ano competitivo, principalmente pela entrada no mercado da Azul Linhas Aéreas.
Ela ainda é, segundo Oliveira, uma companhia que não representa uma forte concorrência, porém tem tudo para crescer e incomodar. Só que, para que isso ocorra, ainda é necessário que cheguem as novas aeronaves que a empresa encomendou e que ela consiga a permissão para atuar em grandes aeroportos do país.
Assim, o diretor-executivo prevê que o mercado pode sofrer duas situações distintas, sendo que em qualquer uma delas o consumidor tenderá a ser beneficiado com tarifas mais atraentes.
Partindo dos grandes aeroportos
Primeiro, se a Azul conseguir o espaço para atuar nos grandes aeroportos - uma decisão que ainda envolve questões de economia e política -, a empresa vai disputar a opção dos passageiros e, assim, preencher os assentos vazios.
Afinal, se já não é interessante para uma companhia realizar voos com muitos lugares vagos, isso se acentua no caso de uma empresa nova, que disputa seu espaço em um mercado liderado por outras duas companhias.
Assim, a probabilidade de a Azul reduzir tarifas e realizar promoções será grande. Diante disso, a GOL e a TAM, que já disputam a demanda de passageiros, vão agir de forma a assegurar seus respectivos market shares.
Permissão para atuar
Alessandro afirma que não sabe se a permissão à Azul será concedida ou não, mas lembra que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já se pronunciou a favor da realização de ponte aérea entre o aeroporto internacional Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e São Paulo.
Além disso, para ele, a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) tem propensão de valorizar essa entrada da Azul, a fim de promover a concorrência entre companhia.
O presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), Carlos Alberto Amorim Ferreira, concorda e diz que "é saudável que tenham mais companhias concorrendo". Entretanto, ele acredita que a entrada da Azul ainda não provocará influências no mercado da aviação.
Mercado regional
De qualquer forma, se a Azul não conseguir a permissão, diz Alessandro Oliveira, ela vai agir com o objetivo de fortalecer sua base de atuação, ou seja, o mercado regional. Como essa categoria do setor aéreo possui grande atuação da Trip, a Azul se tornará forte concorrente dessa companhia.
Assim, as promoções e tarifas mais em conta serão oferecidas em viagens realizadas regionalmente, beneficiando o consumidor de qualquer forma.
Crise financeira
Para o presidente da Abav, por sua vez, não dá para prever o comportamento tarifário do setor da aviação em 2009. "Nós estamos diante de uma crise financeira internacional, que não se limitou ao ambiente externo, mas também alcançou o Brasil", lembra.
Ele explica que, segundo o comportamento observado em outros anos, o mês de março costuma apresentar uma guerra tarifária, pois as férias se encerraram e as empresas precisam convencer o consumidor a viajar.
Porém, após o mês de maio, a questão do preço dependerá de muitos fatores, sem rumo definido, como o comportamento da demanda, que pode se reduzir, com a pressão do desemprego, ou não, o fato de o câmbio estabilizar ou não e ainda se o governo promoverá incentivos ou não.
Fonte: InfoMoney (UOL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário