Fay Keely, proprietária do avião em que morreu o jogador argentino de futebol Emiliano Sala, pediu que David Ibbotson, que era o piloto da aeronave no momento do acidente, não a conduzisse mais, devido às infrações que já havia cometido.
Keely participou ontem do julgamento de David Henderson, que se declarou culpado de organizar o voo em que estava o atacante, mesmo não tendo as permissões necessárias, mas que negou as acusações de negligência e de ter colocado em perigo os ocupantes do aparelho.
A aeronave envolvida no acidente |
A proprietária do avião revelou ter dito a Henderson que David Ibbotson não deveriam mais pilotá-lo, após ter sido alertada pelas autoridades aéreas britânicas sobre as infrações que ele havia cometido anteriormente. "Deixei claro que ele não deveria voar com a aeronave", garantiu Keely, diante dos jurados presentes em um tribunal de Cardiff, no País de Gales.
Henderson é acusado de saber que Ibbotson não estava qualificado, mas, assim mesmo, permitir que ele pilotasse no trajeto entre Nantes, na França, e a cidade galesa, na noite de 21 de janeiro de 2019, em meio as más condições climáticas no Canal da Mancha.
Keely informou que comprou o avião, aconselhada por Henderson, em 2015, e que o réu foi responsável pelos trabalhos de aluguel da aeronave, assim como escolher os pilotos competentes para as viagens.
Em 6 de julho de 2018, a proprietária enviou uma mensagem para Henderson, advertindo que Ibbotson não deveria mais pilotar a aeronave, por causa da notificação que havia recebido. "Não tenho muita confiança de como ele trata a aeronave, acho que melhor seria que ele não a pilotasse de novo", disse Keely, na ocasião.
O piloto David Ibbotson |
Ibbotson acabou pilotando a aeronave de Nantes para Cardiff, porque Henderson estava em Paris, por isso, não poderia estar no comando durante a viagem em que Sala morreu. Além disso, como indicou a investigação das mortes do jogador e do piloto, Ibbotson não tinha licença para pilotar voos comerciais e a autorização para voar com a aeronave de Keely já havia expirado.
Via EFE e Daily Mail
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