O plasticomodelista Marco Antonio construiu um museu de miniaturas de aviões que passaram e ainda passam por Natal
São 53 anos de prática e estudo. Paixão foi influenciada pelo avô,
que recebia pilotos alemães em Natal
A Segunda Grande Guerra provocou transformações no comportamento e na paisagem urbana de Natal. Temos ao lado o Trampolim da Vitória, a Base Aérea de Natal e um aeroporto com o nome de um dos pioneiros da aviação mundial: Augusto Severo. No Potengi já pousaram aeroplanos quando a brincadeira de voar era novidade no mundo. Atravessaram o Atlântico em voos históricos e pousaram aqui e na mente de um senhor de 68 anos. Após muita, mas muita dedicação e paciência, o plasticomodelista Marco Antonio construiu um museu de miniaturas de aviões de guerra cujos detalhes, de tão minuciosos, são quase invisíveis a olho nu.
Trabalho exige atenção, paciência e muita dedicação.
Modelitos podem demorar uma semana ou dois anos.
O painel de comando de uma aeronave já pira qualquer leigo tamanho o número de botões. Imagine se o avião tiver 15 centímetros. Com lupa se percebe melhor cada detalhe. Até um farolete de dez centímetros em tamanho real é colocado no interior da cabine, com um milímetro de tamanho. Se um avião diferente aterrissa na Base Aérea, lá vai Marcão conferir. Bate fotosdos detalhes, compra o kit compatível e monta o avião. Coisa de maluco? Hobby? Não. "Todo trabalhador liberal precisa de uma válvula de escape ou desconta os problemas do expediente em casa", acredita. E Marcão é odontólogo. A habilidade manual, a acuidade, ele também empresta à fabricação de prótese.
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