Acidente deixou 158 mortos; oito pessoas sobreviveram.
Uma equipe de investigadores da Direção Geral de Aviação Civil (DGCA) recomeçou neste domingo (23) o trabalho de inspeção dos destroços do Boeing 737-800 da Air India Expresse, que saiu da pista ao pousar em Mangalore, na Índia, e pegou fogo numa região de floresta, matando 158 pessoas no sábado (22).
Os especialistas vasculham o local do acidente à procura de pistas ou provas que ajudem a esclarecer a tragédia, e também buscam as caixas-pretas, equipamento essencial para explicar o acidente.
Investigadores inspecionam destroços do avião que pegou fogo e matou 158 na Índia
Erro do piloto
De acordo com o ministro da Aviação Civil indiano, Praful Patel, a hipótese mais provável até agora para explicar a tragédia estaria num erro do piloto durante o procedimento de pouso. Uma falha na aterrissagem pode ser uma das causas do acidente. O avião saiu da pista e se incendiou depois de pousar no aeroporto de Mangalore, no sul da Índia.
Segundo o jornal "Times of India", Patel disse que o piloto Zlatko Glusica, que tinha mais de 10 mil horas de voo, e o copiloto, H S Ahluwali, conheciam o aeroporto e já haviam feito diversas aterrissagens no local. Apesar disso, a aproximação teria sido feita a 2.000 pés, cerca de 600 metros a mais do que deveria sobre a pista e, por isso, não teria tido distância suficiente para o pouso.
Ao se sentir "moralmente responsável" pelo acidente, Patel chegou a renunciar o cargo, de acordo com o "Times of India", mas o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, rejeitou o pedido. Ele afirmou que o ministro da Aviação não precisava renunciar e que deveria focar em enfrentar a situação.
Segundo o porta-voz da companhia aérea, K. Swaminathan, o avião transportava 160 passageiros e seis tripulantes. Oito dos 166 ocupantes do avião foram resgatadas com vida dos destroços, entre elas uma criança. O voo IX-812 saiu de Dubai, nos Emirados Árabes.
Chuva e visibilidade baixa
Mangalore está situada 400 km a oeste de Bangalore, capital do estado de Karnataka. O aeroporto fica numa região cercada por montanhas. No momento do acidente, por volta das 6h30 (horário local, 22h30 de sexta-feira, 21, no Brasil), chovia muito e a visibilidade era baixa, segundo autoridades aeroportuárias.
Dezenas de equipes de resgate e salvamento foram deslocadas para o local do acidente. A elas se somaram moradores da região.
O último acidente aéreo de grandes proporções na Índia ocorreu em 17 de julho de 2000, quando um Boeing 737 da indiana Alliance Air caiu em um bairro residencial próximo ao aeroporto de Patna (leste), matando 61 pessoas.
Líbia
Na semana passada, um avião Airbus A330 operado pela companhia líbia Afriqiyah Airways, que partiu de Johannesburgo, na África do Sul, com 104 pessoas caiu na região do aeroporto da capital da Líbia: 103 morreram. O único sobrevivente foi um menino holandês.
Fonte: G1 (com informações das agências de notícias EFE, France Presse e Reuters) - Foto: Sarkar Dibyangshu/AFP Photo
Nenhum comentário:
Postar um comentário