Apesar das tarifas aéreas estarem mais próximas da baixa renda, viagem ainda não faz parte da cultura
O aumento da renda média do brasileiro nos últimos anos e o crescimento das classes C e D têm proporcionado a esta parte da população o acesso a itens antes considerados distantes, entre eles, as viagens de avião. Distante das rodovias, dos percursos longos e do desconforto que é viajar de ônibus por muitas horas - às vezes, por dias - o avião está mais acessível, mas ainda não faz parte da cultura das pessoas.
"O momento de ir em busca desse público é agora. A renda das pessoas aumentou e considero que as empresas aéreas devem investir para conquistar estes consumidores. Essas pessoas não estão viajando mais de avião porque a publicidade das empresas aéreas ainda é feita em revistas para a classe média, em vez de estar nas ruas", considera o consultor em Turismo Davidson Botelho.
Para Botelho, há um mercado ainda inexplorado nas classes C e D e o potencial de crescimento neste segmento é grande. "Uma passagem aérea do Rio de Janeiro para Salvador, só a ida,sai por R$ 260, para uma viagem de 17 horas. De avião, o mesmo trajeto custa R$ 250, para voar uma hora e meia. De ônibus, além do tempo, o viajante ainda vai gastar com lanches e terá preocupações como o estado das rodovias e a segurança da viagem. O povo ainda não descobriu o avião porque a publicidade não é direcionada para alcançar este público", atesta.
Público-alvo - Em palestra durante a 5ª Mostra Internacional de Turismo, no Centro de Convenções de Pernambuco, Davidson Botelho abordou o mercado de companhias aéreas de baixo custo. Na avaliação do consultor, as empresas devem definir que público pretendem atingir e, a partir desta definição, modernizar os serviços, sem reduzir a qualidade.
"As empresas não precisam retirar o serviço, podem passar a cobrar por ele - como é o caso do lanche a bordo - algo que já acontece em várias companhias estrangeiras. Mas é necessário oferecer algo de qualidade", atesta. A venda do lanche já acontece no Brasil. A Gol foi a primeira empresa a lançar a possibilidade,instituindo um cardápio opcional e mais farto aos passageiros.
No caso de percursos mais curtos, como os que serão operados pela Noar Linhas Aéreas na região Nordeste, o perfil da viagem e a aeronave utilizada, modelo LET-410, não permitem o serviço de bordo (uma redução de custos que deve influenciar nos preços dos bilhetes).
"Não existe avião pequeno ou grande. O que existe é a aeronave adequada para cada rota. Um avião de 19 lugares fazendo Recife-Miami é inadequado, do mesmo modo que um avião de 200 lugares fazendo uma rota pequena é inadequado. Dentro dessa perspectiva é que as companhias devem ter foco no cliente que querem atingir. O problema não é cobrar pelo serviço, mas oferecer um bom serviço", considera Botelho.
Fonte: Juliana Cavalcanti (Diário de Pernambuco) - Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
O aumento da renda média do brasileiro nos últimos anos e o crescimento das classes C e D têm proporcionado a esta parte da população o acesso a itens antes considerados distantes, entre eles, as viagens de avião. Distante das rodovias, dos percursos longos e do desconforto que é viajar de ônibus por muitas horas - às vezes, por dias - o avião está mais acessível, mas ainda não faz parte da cultura das pessoas.
"O momento de ir em busca desse público é agora. A renda das pessoas aumentou e considero que as empresas aéreas devem investir para conquistar estes consumidores. Essas pessoas não estão viajando mais de avião porque a publicidade das empresas aéreas ainda é feita em revistas para a classe média, em vez de estar nas ruas", considera o consultor em Turismo Davidson Botelho.
Para Botelho, há um mercado ainda inexplorado nas classes C e D e o potencial de crescimento neste segmento é grande. "Uma passagem aérea do Rio de Janeiro para Salvador, só a ida,sai por R$ 260, para uma viagem de 17 horas. De avião, o mesmo trajeto custa R$ 250, para voar uma hora e meia. De ônibus, além do tempo, o viajante ainda vai gastar com lanches e terá preocupações como o estado das rodovias e a segurança da viagem. O povo ainda não descobriu o avião porque a publicidade não é direcionada para alcançar este público", atesta.
Público-alvo - Em palestra durante a 5ª Mostra Internacional de Turismo, no Centro de Convenções de Pernambuco, Davidson Botelho abordou o mercado de companhias aéreas de baixo custo. Na avaliação do consultor, as empresas devem definir que público pretendem atingir e, a partir desta definição, modernizar os serviços, sem reduzir a qualidade.
"As empresas não precisam retirar o serviço, podem passar a cobrar por ele - como é o caso do lanche a bordo - algo que já acontece em várias companhias estrangeiras. Mas é necessário oferecer algo de qualidade", atesta. A venda do lanche já acontece no Brasil. A Gol foi a primeira empresa a lançar a possibilidade,instituindo um cardápio opcional e mais farto aos passageiros.
No caso de percursos mais curtos, como os que serão operados pela Noar Linhas Aéreas na região Nordeste, o perfil da viagem e a aeronave utilizada, modelo LET-410, não permitem o serviço de bordo (uma redução de custos que deve influenciar nos preços dos bilhetes).
"Não existe avião pequeno ou grande. O que existe é a aeronave adequada para cada rota. Um avião de 19 lugares fazendo Recife-Miami é inadequado, do mesmo modo que um avião de 200 lugares fazendo uma rota pequena é inadequado. Dentro dessa perspectiva é que as companhias devem ter foco no cliente que querem atingir. O problema não é cobrar pelo serviço, mas oferecer um bom serviço", considera Botelho.
Fonte: Juliana Cavalcanti (Diário de Pernambuco) - Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
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