Nesse sistema, cliente tem economia de até 95% na aquisição da aeronave e de até 90% nas despesas mensais.
Técnicos da Avantto preparam um Phenom 300, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (Foto: Marco Ankosqui) |
Encurtar viagens de longas distâncias e fugir dos voos comerciais são os principais motivos alegados pelos usuários que buscam o serviço de aviação executiva (confira depoimentos abaixo). Entretanto, há também um público formado por pessoas que, pelo uso frequente do serviço, deseja comprar uma aeronave, mas enfrenta falta de máquinas no mercado.
Atualmente, essa fila de espera pode levar até três anos, por causa da falta de insumos – problema que vem desde a pandemia de covid-19. Esse é um segmento atendido pela Avantto, primeira brasileira a operar o modelo de compartilhamento de aeronaves e, hoje, líder desse mercado.
Assim, o negócio consiste na compra de uma cota de jatos ou helicópteros, com a gestão da máquina feita pela empresa. Em troca, o cliente usufrui de um determinado número de horas por mês nas aeronaves do programa.
Estão contemplados serviços como contratação de pilotos, despesas com combustível, manutenção, documentos, agendamentos dos voos, entre outros. “Para cada cota, o cliente tem direito de voar determinadas horas por mês na aeronave do programa, com garantia de 100% de disponibilidade e acesso a toda frota, o que inclui jatos e helicópteros”, diz Rogério Andrade, CEO da Avantto.
Do limão, uma limonada
Hoje, a Avantto tem 450 usuários voando com frequência, entre empresários, profissionais liberais e executivos. Segundo Andrade, o compartilhamento funciona porque as aeronaves particulares ficam muito mais tempo no hangar do que no ar. “Mesmo as pessoas que voam regularmente não possuem uma demanda que justifique uma aeronave só para si”, diz.
Com isso em mente, a Avantto montou um modelo matemático e estatístico em que considera o número da frota e de pessoas que solicitam voos, garantindo que sempre haja uma aeronave disponível. A economia é um dos atrativos. “No programa de compartilhamento, o cliente tem uma economia de até 95% na aquisição da aeronave e de até 90% nas despesas mensais se comparado a ser dono sozinho de uma delas”, finaliza.
Mesmo com a pandemia, a empresa registrou aumento de 58% no volume de horas voadas nas aeronaves administradas, em relação ao ano anterior. Já em comparação com 2019, a elevação foi de 30%.
Depoimentos
“Comecei a utilizar aviação executiva há sete anos. As principais vantagens são economia de tempo e privacidade. No caso dos voos da Flapper, acho muito interessante também a possibilidade de fazer networking com outras pessoas", declarou Abner, profissional liberal que preferiu não citar o nome completo por segurança e foi um dos primeiros clientes da Flapper.
“Passei a usar o serviço de propriedade compartilhada da Avantto em 2016. Antes, utilizava, esporadicamente, táxi-aéreo. Economicamente falando, o compartilhamento de aeronaves executivas é perfeito, além de oferecer outras comodidades como nunca ficar sem avião nos períodos de manutenção e a pluralidade de opções de aeronaves que você passa a ter”, disse Fábio, empresário que possui uma conta-cota em uma aeronave Phenom 300.
Aviação comercial no Brasil
Aeroporto de Guarulhos é o mais movimentado do País (Foto: Getty Images) |
Evolução ano a ano*
- 2020: 746.300
- 2021: 948.500
- 2022: 1,3 milhão
Top 5 – Aeroportos mais movimentados em 2022*
- Guarulhos (SP) – 175.672
- Congonhas (SP) – 145.033
- Campinas (SP) – 115.549
- Brasília (DF) – 99.301
- Santos Dumont (RJ) – 95.355
Principais aeroportos de São Paulo
- Guarulhos
- Campo de Marte
- Congonhas
- Jundiaí
- Catarina (São Roque)
* Número de voos no acumulado do ano/Movimentação da aviação comercial nos 34 principais aeroportos do Brasil
Fonte: Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA)/Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag)
Via Daniela Saragiotto (Estadão)
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