segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Raro avião radar russo teria sido destruído por opositores bielorrussos ainda em solo

Um ataque de drones supostamente coordenado por civis pode ter destruído um avião radar Beriev A-50 da Rússia que estava estacionado no país vizinho, a Bielorrússia.

(Foto por Dmitry Terekhov)
A aeronave severamente danificada tem matrícula RF-50608 e código de chamada “Bort 43 Vermelho”. Ela era um dos IL-76 modificados para a função de alerta aéreo antecipado, com um grande radar na parte superior de sua fuselagem.

Este avião cargueiro militar modificado é o único da Rússia capaz de alertar sobre aeronaves inimigas à distância, sendo uma ferramenta essencial para a invasão da Ucrânia, que após um ano de conflito não tem superioridade aérea estabelecida por nenhum dos dois lados.

A aeronave estava na Base Aérea de Machulishchy, próxima da capital bielorrussa de Minsk. Ela estava próxima de caças MiG-31 e helicópteros Mil Mi-8 Hip, Mi-24 Hind e Mi-28 Havoc, todos das forças aeroespaciais russas, que estavam realizando exercícios conjuntos com seus pares de Belarus.

Imagem de satélite de uma aeronave russa A-50U na Bielo-Rússia antes do ataque ao aeródromo de Machulishchi, fotografada em 19 de fevereiro de 2023 (Foto: Planet Labs)
Inicialmente, a informação era de que o A-50 fora atacado por drones ucranianos, mas depois a Bypol, uma organização formada por antigos membros do setor de segurança pública de Belarus para combater o ditador e presidente Lukashenko, assumiu a autoria do ataque.

Segundo a resistência bielorrussa, o ataque foi realizado por drones civis que explodiram o radar e cabine do Beriev, deixando a aeronave sem condições de voo. Civis reportaram ao jornal Belsat que ouviram explosões próximo do aeroporto, muita movimentação da polícia, que inclusive estaria fazendo varreduras nos apartamentos próximos da região, possivelmente procurando os autores do ataque.

A Bypol informa que o plano chamado de “Vitória” foi executado com sucesso e que os perpetradores já saíram do país. Até o momento, tanto a Rússia como a Belarus não comentaram o fato.


Via Carlos Martins (Aeroin) e nv.ua

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