Um avião agrícola quase provocou uma tragédia na manhã de domingo (26), contou ao 'Nossas Notícias', um morador de Lageado dos Vieiras, distrito de Rio Negro, no Paraná, que fica na divisa com Rio Negrinho.
Ele procurou nosso portal para relatar que a situação amedrontou a comunidade, por volta das 06h30. A ocorrência, segundo ele, foi registrada 2 km após a ponte sentido Lageado. “O avião colidiu com a rede de alta tensão, próximo a Rio Negrinho, destruindo vários postes e deixando prejuízos”.
Como ele disse que com grandes avarias, o piloto conseguiu pousar no aeroclube de Rio Negrinho, nossa reportagem procurou o condutor, buscando explicações sobre o que aconteceu.
“Eu estava fazendo serviço de pulverização aérea, é tudo regular, com todas autorizações necessárias para voar no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas foi a primeira vez que fui fazer essa área nova. Acertei acidentalmente em um fio monofásico, dentro da lavoura. Infelizmente acidentes acontecem, não foi de propósito, até porque existe um alto valor envolvido: meu avião, empresa e etc”, declarou.
Conforme o seguidor, a situação aterrorizou moradores, pois o piloto praticava voos rasantes por cima de casas, estando em baixa altitude.
“Me assustei, estava dormindo. O avião passou em cima da minha casa várias vezes e bem baixo. Achei uma falta de respeito, em pleno domingo isso. Foi acionada a Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), para verificar os danos. Mesmo com grandes avarias, ele conseguiu pousar no aeroclube de Rio Negrinho e se encontra lá”.
O piloto explicou que a aviação agrícola exige que o vôo seja realizado em cima da lavoura, a uma altura de 2 metros do chão.
“O acidente deixou uma área sem energia por pouco tempo, pois caiu o disjuntor. A região que eu estava voando era uma fazenda, e não tem quase nenhum morador ali perto. Falei pessoalmente com o produtor e disse que arco com todos os prejuízos causados ali, nos postes e fios. Falei com o próprio dono da área também, pessoalmente”.
Agora ele disse que vai levar o avião para a oficina e no início da próxima safra volta a voar na região. “Tenho mais dois aviões em Luiz Alves, região onde faço o mesmo serviço há mais de 10 anos. Vou voltar a voar lá, até deixar nosso avião daqui pronto de novo, pois estragou bem até. Mas graças a Deus, foram só danos materiais. Aqui na região isso é tudo novidade ainda, lá o pessoal já está acostumado com o barulho, pois começamos a trabalhar cedo”.
Ele ainda garantiu que a aviação agrícola é sustentável, realizada com a supervisão de engenheiro agrônomo, técnico agrícola e piloto agrícola, que precisa antes ser piloto comercial. “No meu caso aqui, estava fazendo o serviço de pulverização de fungicida, devido ao tempo estar muito chuvoso e com calor. As plantas estão com fungo, e para não perder a safra precisa ser feita a aplicação, que com o avião tem várias vantagens, pois não estraga a lavoura”, finalizou.
Via Nossas Notícias
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