A Airbus pretende ter em 2050 os aviões a realizar os voos em formação "V", como os bandos de aves em migração, de forma a poupar nos custos.
A nova medida implicaria mais mudanças nas leis de controle de tráfego aéreo do que propriamente na tecnologia aeronáutica.
"Quando voamos atrás de outro avião, na realidade poupamos 10 a 15% de combustível", explicou Charles Champion, engenheiro-chefe da empresa.
"Funciona realmente, e de fato os pássaros fazem isso para poupar energia nos voos de longa distância. Trata-se de (…) imitar e aprender com a Natureza", afirmou o responsável.
A par com a ideia dos voos em formação, a Airbus estima que a tecnologia em 2050 permita reduzir a duração dos voos atuais em cerca de 13 minutos, poupando ainda mais combustível.
Paralelamente, a Airbus diz que no futuro as descolagens nos aeroportos serão feitas com maior inclinação, o que implica curvas mais apertadas, menos ruído em terra e pistas mais curtas.
Os peritos em aviação abraçam o projeto, mas referem que será preciso uma «mãozinha» dos governos para poderem "decolar" com a ideia.
"Não é só sobre os aviões, não só é só sobre a fantástica tecnologia dos motores, é também sobre o modo como as companhias aéreas funcionam", apontou o analista Howard Wheeldon.
"É sobre governos, regras e regulamentos, é sobre olharmos para nós próprios e perguntarmo-nos como podemos fazer as coisas melhor, como podem os aviões entrar nos aeroportos e passar pelos aeroportos mais depressa", analisou.
Fonte: Diário Digital (Portugal) - Foto: Reprodução
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