quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Aeroporto de Cumbica chega aos 25 anos



Cumbica não está na lista de municípios de São Paulo. Também não consta como uma cidade em outros Estados brasileiros.

Mas há 25 anos, a construção de um aeroporto internacional na Grande São Paulo popularizou o nome, criou o maior e mais movimentado terminal aéreo da América do Sul e culminou com o nascimento informal de uma cidade.

Hoje, ao completar um quarto de século, o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos - Governador André Franco Montoro exibe números de uma cidade. Com população flutuante de 140 mil pessoas e 14 quilômetros quadrados de área ocupada, Cumbica quase se equipara ao município de São Caetano do Sul, também na Grande São Paulo, que tem cerca de 152 mil habitantes e 15 quilômetros quadrados de área, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Mas aqui (Cumbica) funciona como uma cidade mesmo. A nossa prefeitura é a Infraero", afirma o delegado titular Carlos Alberto Mezher, da delegacia de Polícia Civil de Cumbica.

Aproximadamente 28,2 mil pessoas trabalham no local, que abriga 190 pontos comerciais e trabalha em rede com outras 1.700 empresas que prestam serviços na comunidade aeroportuária de Guarulhos. Cerca de 7 mil toneladas de lixo são produzidas anualmente pela "cidade" Cumbica que, apesar dos números, não figura nem entre os 30 maiores terminais aéreos do mundo, de acordo com a associação internacional Airports Council International (ACI). O Aeroporto de Guarulhos é apenas o 86º no ranking de passageiros.

No entanto, em 2008, Cumbica tomou a posição de maior e mais movimentado terminal da América do Sul. No ano passado, 190 mil aeronaves e 19 milhões de pessoas passaram por seus dois terminais de embarque e desembarque. "É muita gente. Na verdade, é um formigueiro. Já viu isso aqui na hora do rush?", diz o taxista Antonio de Muriel, de 36 anos.

Assim como todo município, Cumbica também tem os seus problemas. Filas de espera intermináveis para o embarque e desembarque de passageiros, pedintes, vendedores ambulantes e roubos.

"Infelizmente, o aeroporto está saturado. Trabalhamos acima do limite e não muitas vezes deixamos de oferecer um serviço adequado. E olha que chegaram a dizer que Cumbica seria um terminal obsoleto", diz um funcionário da Infraero que preferiu não se identificar.

Fontes: Agência Estado via iG / Globo News

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