quarta-feira, 1 de abril de 2009

TAM poderá frear aumento da frota em 2010

Em função do atual cenário macroeconômico, a TAM revisou o guidance para 2009. No ano passado, a companhia aérea previa um crescimento na demanda para o mercado doméstico entre 5% e -9%, agora a estimativa foi alterada entre 1% e -5%. "Este ano, nosso foco é melhorar a qualidade e reduzir custos", afirma o Comandante David Barioni Neto, presidente da TAM.

Sem informar cifras sobre o programa de redução de custos, a TAM ressaltou que a operação abrange todas as áreas da empresa. Dentre os cortes nos gastos estão: melhor operacionalização das aeronaves, isenção de pagamento de comissão aos agentes de viagens no mercado doméstico - tentativa de implementação do mesmo sistema no âmbito externo -, renegociação com fornecedores de tecnologia da informação, entre outras ações.

"Estamos bem posicionados para enfrentar este cenário econômico. Possuímos time concentrado em redução de custos. Nossas necessidades financeiras estão equacionadas, não necessitamos de financiamento para capital de giro e não temos dívidas no curto prazo. No entanto, caso haja necessidade, vamos reduzir horas voadas", avalia Líbano Miranda Barroso, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa.

Barioni acrescentou que a empresa está realizando uma leitura mais atenta para este ano e para o próximo, podendo haver uma redução do aumento de frota. A TAM espera finalizar, este ano, com 132 aviões. A estimativa para 2010 é contar com 137 aeronaves. "Em 2010 há a possibilidade de voar menos e, se for preciso, até não aumentar nossa frota", disse.

Ontem, após o fechamento de mercado, a companhia aérea brasileira anunciou prejuízo líquido (US GAAP) de R$ 1,12 bilhão no quarto trimestre de 2008. Um ano antes, a empresa apresentou lucro líquido de R$ 118,5 milhões

No mesmo sentido, no acumulado de 2008, a companhia aérea reportou prejuízo líquido de R$ 1,33 bilhão enquanto no ano anterior houve um ganho de R$ 468 milhões. "O resultado foi influenciado principalmente pelas perdas com a operação não especulativa de hedge para combustível e à depreciação do real frente ao dólar", conforme comunicado da empresa.

Fonte: Déborah Costa (InvestNews)

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