sexta-feira, 21 de março de 2008

Peça de avião continua sem "dono"

Companhias aéreas dizem não ter registrado perda de pedaço carenagem

IMPACTO: A peça que caiu em Arujá chegaria ao solo com o impacto de uma peça dez vezes maior. Em agosto de 2006, uma porta de um Fokker 100 da TAM caiu sobre um supermercado na capital

Três empresas com rotas que usam o Aeroporto Internacional de Guarulhos negam que qualquer peça de seus aviões seja a provável carenagem que caiu em um matagal numa chácara em Arujá, no parque Rodrigo Barreto.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Carlos Camacho, com base na cor da peça, três empresas poderiam ser “donas” da carenagem (parte que protege a turbina do avião): Varig, a holandesa KLM, comprada pela Air France, e a Lufthansa (companhia aéra alemã).

A Varig disse que não houve nenhum registro de perda de peça. A Lutftansa também informou que a peça não caiu de um avião da empresa e que todos trafegam normalmente. A KLM disse que o tom de azul da peça não é compatível com o da fuselagem que a empresa usa, mais claro.

Aeronáutica

O Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo investiga uma lista com cinco empresas suspeitas. O sargento Fábio Carvalho disse que o tamanho da carenagem indica que o avião é de “porte comercial” (e não um monomotor), sem dar mais detalhes.

Piloto sugere tipo de avião

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Carlos Camacho, a peça que caiu em Arujá pode ter se descolado de um modelo MD 11. “O tamanho indica que é de uma aeronave grande”, afirmou.

De acordo com Camacho, grosso modo, a peça deve pesar cerca de 20 kg. Ao se chocar com o solo, ela faria o estrago de uma peça de aproximadamente 200 kg.

Na quarta-feira (19), o Diário de Guarulhos entrou em contato com a Infraero, mas a estatal informou que não vai divulgar a relação de vôos entregue ao Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo, por se tratar de uma investigação ainda sigilosa.

Fonte: Olhão.com

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