domingo, 15 de maio de 2022

Relatórios sugerem que os novos documentos do 787 da Boeing estão “incompletos”

Quaisquer descobertas da FAA serão mais um golpe no já problemático programa Boeing 787.

Boeing 787-8 Dreamliner (Foto: Boeing)
Os reguladores de segurança aérea dos EUA identificaram várias omissões na documentação apresentada pela Boeing em abril e enviaram partes dela de volta ao fabricante da aeronave. Os documentos foram exigidos pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) para retomar as entregas de aeronaves Boeing 787 , que estão pausadas desde maio de 2021.

A Boeing havia informado anteriormente que as entregas de seus 787 deveriam recomeçar no segundo semestre deste ano. Nesta fase, ainda não se sabe se tais omissões na documentação podem levar a mais atrasos na entrega.

A Boeing tem uma carteira de mais de 100 Boeing 787 aguardando entrega (Foto: Boeing)
A documentação que descreve os planos de inspeção da Boeing foi apresentada no mês passado. No início desta semana, antes das descobertas relatadas pela FAA, o diretor financeiro da Boeing, Brian West, estava otimista em poder reiniciar a entrega dos Boeing 787, afirmando: "Esta apresentação do plano de certificação foi um marco importante e reflete um conjunto abrangente e muito completo de documentos que verificam se estamos em conformidade. E houve uma enorme quantidade de trabalho para isso, trabalhando lado a lado com a FAA ao longo do caminho."

Problemas contínuos para o programa Boeing 787


Essas descobertas relatadas pela FAA são apenas as mais recentes de uma longa linha de problemas para o problemático programa Boeing 787.

As entregas do 787 foram interrompidas em maio de 2021 devido a falhas de produção e preocupações com os métodos de inspeção da Boeing. A FAA declarou em fevereiro deste ano que não permitiria que a Boeing autocertificasse a conclusão de cada aeronave 787.

Como resultado, a própria FAA deve agora concluir a aprovação final da aeronavegabilidade para cada aeronave 787 individual, assim como vem fazendo com todas as aeronaves Boeing 737 MAX desde que as entregas foram retomadas após os acidentes da Lion Air e da Ethiopian Airlines.

Atualmente, a Emirates tem um pedido de 30 Boeing 787  (Foto: Boeing)
Isso levou a atrasos frustrantes para várias companhias aéreas, incluindo a Emirates , que está aguardando 30 aeronaves . Outras companhias aéreas com grandes encomendas de 787 incluem American Airlines com 25, Qatar Airways com 23 e Lufthansa com 20.

Além dos danos à reputação sofridos, acredita-se que os atrasos em andamento estejam custando à Boeing cerca de US$ 5,5 bilhões. Atualmente, a fabricante tem mais de 100 787 construídos e prontos para entrega, no valor de cerca de US$ 12,5 bilhões.

A eliminação desse atraso é fundamental para a Boeing se recuperar financeiramente de alguns anos turbulentos, marcados pela pandemia, problemas de segurança das aeronaves, problemas na cadeia de suprimentos e o conflito em andamento na Ucrânia.

O que a Boeing tem a dizer?


Quando contatado pela Simple Flying sobre os atrasos nas entregas do 787, um porta-voz da Boeing disse: "Estamos concluindo inspeções abrangentes em toda a produção do 787 e dentro da cadeia de suprimentos, enquanto mantemos discussões detalhadas e transparentes com a FAA, fornecedores e nossos clientes. Estamos dedicando o tempo necessário para garantir a conformidade com nossas especificações exatas e, embora esses esforços continuem afetando as entregas, estamos confiantes de que esta é a abordagem certa para impulsionar a estabilidade e a qualidade inicial em nossas operações e posicionar o programa para a longo prazo, à medida que a demanda do mercado se recupera."

Espera-se que os atrasos contínuos na entrega do 787 estejam custando à Boeing cerca de US$ 5,5 bilhões (Foto: Vincenzo Pace)
Tanto as companhias aéreas quanto a Boeing esperam que quaisquer problemas de documentação não signifiquem mais atrasos nas entregas do 787.

Via Simple Flying

O que é um míssil de cruzeiro e como ele funciona?

Míssil de cruzeiro deverá equipar os Gripen F-39 da Força Aérea Brasileira
(Imagem: Divulgação/Flickr, Exército)
O Brasil já começou a testar os novos caças da FAB (Força Aérea Brasileira), os Gripen F-39, comprados recentemente da sueca SAAB. Agora, poderá equipar as aeronaves com um míssil de cruzeiro supersônico. Mas o que exatamente é um míssil de cruzeiro? E como ele funciona?

Antes de explicar efetivamente o que é um míssil de cruzeiro supersônico, vamos entender um pouquinho mais sobre o que o novo avião caça da Força Aérea Brasileira tem a ver com uma arma tão poderosa.

A história começou porque dois sites indianos (Igmp e Idrw) noticiaram que uma delegação do Ministério da Defesa do país estaria a caminho do Brasil para “explorar as possibilidades de Produção Conjunta e Desenvolvimento Conjunto de várias armas e plataformas de defesa”.

Uma dessas armas seria justamente um míssil de cruzeiro supersônico, no caso o Brahmos-NG. De acordo com sites locais, o governo brasileiro também estaria interessado na compra de diversos equipamentos, incluindo lançadores de foguetes, veículos blindados, armaduras e capacetes, miras infravermelhas e dispositivos de visão noturna. Além disso, o país também estaria de olho em mísseis, helicópteros leves de combate (LCH) e em meios para modernizar as fragatas e navios da Guarda Costeira.

O que é um míssil de cruzeiro?


Agora que a história foi devidamente contextualizada, chegou a hora de saber, de fato, o que é um míssil de cruzeiro, arma que poderá vir a equipar os F-39 Gripen usados pela Força Aérea Brasileira em um futuro próximo.

De acordo com a definição do Observatório Militar da Praia Vermelha, que integra a Escola Marechal Castello Branco, míssil de cruzeiro é “um engenho espacial bélico autopropulsado e não-tripulado que se desloca com trajetória preestabelecida, ou dotado de sistemas diversos de orientação, podendo ser controlado ou não, que o dirijam de encontro ao alvo”.

Em termos mais simples, podemos dizer que um míssil de cruzeiro é uma arma guiada usada contra alvos terrestres que fica a maior parte do tempo na atmosfera e voa a uma velocidade constante, seja ela supersônica, como no caso do Brahmos que equiparia os Gripen F-39, ou subsônica.

Como funciona um míssil de cruzeiro?


Os mísseis de cruzeiro são projetados e programados para liberarem grandes ogivas em alvos localizados a enormes distâncias, mas com a máxima precisão. Para isso, conta normalmente com um motor a jato, abastecido com combustível líquido.

A arma conta com um sistema de direção para saber exatamente onde está o alvo a ser atingido, e ele é composto por alguns itens essenciais, como altímetro e GPS. A ogiva que o míssil de cruzeiro carrega pode ter explosivos químicos, biológicos, incendiários ou nucleares.

Alguns tipos de míssil de cruzeiro, como o Tomahawk, possuem duas asas, que se abrem assim que ele é lançado. Ao chegar perto do alvo determinado, um sistema de mira digital, como o DSMAC (Digital Scene Matching Area Correlation), é acionado, compara as imagens com o que tem em sua memória e faz eventuais ajustes, atingindo o “X” com perfeição.

Via Paulo Amaral | Editado por Jones Oliveira (Canaltech)

Após mais de um ano parado, Airbus A330 que será da FAB faz um voo no interior de SP


Na tarde deste sábado (14), o Airbus A330 de marcas brasileiras PR-AIS (msn 1492) decolou para um breve voo de uma hora e 39 minutos, como parte dos testes de despreservação da máquina. Essa aeronave é uma das duas que a Azul vai entregar à Força Aérea Brasileira (FAB) após ter vencido a licitação que visava ao fornecimento de jatos para conversão em avião multi-tarefa.

Segundo dados da plataforma de rastreamento FlightRadar24, a decolagem de Campinas aconteceu às 14h31, seguido por um voo até a região de Águas de Santa Bárbara, também no interior paulista, onde realizou algumas órbitas, antes de retornar ao seu aeroporto de origem. Havia mais de um ano desde que a aeronave fizera seu último voo.


O voo de hoje também é parte da preparação da aeronave para que ela seja transferida para uma base de manutenção na Jordânia, onde passará por mais alguns checks e pintura. A entrega para para a Força Aérea está prevista para acontecer até 17 de julho, segundo prazo do edital.

Rumo à Jordânia


O contrato com a FAB prevê que a aeronave seja entregue com a manutenção (Check C) concluída e a fuselagem pintada. No entanto, os dias atuais têm sido desafiadores para as equipes de gestão de frotas das empresas, uma vez que o mercado de MRO está muito agitado com a retomada dos voos internacionais e a recolocação de aeronaves para voar.

Por conta disso, está muito complicado conseguir slots nas principais oficinas de manutenção do Brasil, América Latina e até da Europa. Recentemente, o AEROIN falou sobre situações envolvendo a Latam e a Gol, que enviaram aeronaves para a Bulgária, a fim de garantir sua agenda de manutenção. E sempre lembrando que a manutenção de aviões é sempre preventiva, já que não se pode esperar dar o problema para depois corrigir, como se faz com carros, por exemplo.

Dados os desafios de tempo e de slots de manutenção, a alternativa que a Azul encontrou foi enviar o Airbus A330 para a Jordânia, onde ele possivelmente será atendido nas oficinas da Joramco, uma oficina homologada pelas principais autoridades aeronáuticas do mundo, como a EASA e FAA, mas que dificilmente seria a primeira escolha de uma empresa brasileira, dadas as demais opções disponíveis e mais próximas.

Dentre as oficinas mais “próximas” estariam a da Latam (Brasil), Avianca (Colômbia), Mexicana (México) e até a da TAP Air Portugal. No entanto, com a decisão de enviar o jato à Jordânia, presume-se que não havia disponibilidade nesses locais.

"Façam cerveja, não guerra". Avião 'escreve' mensagem nos céus da Polônia

Momento ficou registado no site especializado FlightRadar24 que, no Twitter, mostrou a 'obra' da aeronave já finalizada.


Foram quase quatro horas de árduo e minucioso trabalho, mas que 'viraram' notícia. Um pequeno avião 'escreveu', nos céus da Polónia, através do seu percurso, uma insólita mensagem: "Make beer, not war" ["Façam cerveja, não guerra", em tradução livre]. No final, acrescentou ainda o desenho de um coração.

A aeronave, de apenas dois lugares, levantou voo de Poznan e dirigiu-se para oeste antes de começar a escrever a frase. Depois, regressou à mesma cidade polaca, na noite deste sábado.

O momento ficou registado no site especializado FlightRadar24 que, no Twitter, mostrou a 'obra' do avião já finalizada.


Recorde-se que a Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Via Notícias ao Minuto

sábado, 14 de maio de 2022

Vídeo/Áudio: Últimas palavras dos pilotos em desastres de avião gravados por caixas pretas

Aconteceu em 14 de maio de 2018: Incidente grave em pouso de emergência de A319 da Sichuan Airlines


O voo 8633 da Sichuan Airlines foi um voo do Aeroporto Internacional Chongqing-Jiangbei para o Aeroporto Lhasa Gonggarem, na China, 14 de Maio de 2018, que foi forçado a fazer um pouso de emergência em no Aeroporto Internacional de Shuangliu, em Chengdu, após o para-brisas do cockpit romper. A aeronave envolvida era um Airbus A319-100 . O incidente foi adaptado para o filme "O Capitão", de 2019.


O voo 8633 estava sendo operado pelo Airbus A319-133, prefixo B-6419, da Sichuan Airlines (foto acima). Esse avião voou pela primeira vez em 11 de julho de 2011 após o lançamento da linha de montagem final da Airbus Tianjin, e foi entregue à Sichuan Airlines no dia 26 do mesmo mês. Em 14 de maio de 2018, a aeronave registrava mais de 19.900 horas de voo e 12.920 ciclos antes do incidente. Além dos 3 pilotos, o jato também transportava 6 tripulantes de cabine e 119 passageiros.

Os pilotos eram: o piloto em comando Liu Chuanjian, o segundo em comando Liang Peng e o primeiro oficial Xu Ruichen. Antes de Liu ingressar na Sichuan Airlines em 2006, ele trabalhou como instrutor de voo por dez anos na Segunda Escola de Aviação da Força Aérea do Exército de Libertação do Povo de Sichuan.

Em 14 de maio de 2018, o voo 8633 decolou do Aeroporto Internacional Chongqing Jiangbei às 6h25 CST (22h25 UTC ). Aproximadamente 40 minutos após a partida, enquanto estava sobre o condado de Xiaojin, Sichuan, a 30.000 pés, o segmento frontal direito do para-brisa se separou da aeronave, seguido por uma descompressão descontrolada. 

Como resultado da descompressão repentina, a unidade de controle de voo foi danificada e o alto ruído externo tornou a comunicação falada impossível. O copiloto, no entanto, foi capaz de usar o transponder para gritar '7700', alertando o Aeroporto Internacional de Chengdu Shuangliu sobre sua situação. 


Como o voo ocorreu em uma região montanhosa, os pilotos não conseguiram descer até os 8.000 pés (2.400 m) necessários para compensar a perda de pressão da cabine.

Cerca de 35 minutos depois, o jato fez um pouso de emergência às 7h42 (23h42 UTC) no Aeroporto Internacional de Chengdu Shuangliu. A aeronave estava com sobrepeso na aterrissagem. Como resultado, o avião demorou mais para parar e os pneus estouraram.


Apesar de usar cinto de segurança, o primeiro oficial Xu foi parcialmente sugado para fora da aeronave. Ele sofreu escoriações faciais, uma pequena lesão no olho direito e uma torção no pulso. Um dos comissários de bordo da aeronave, Zhou Yanwen, também sofreu uma lesão no pulso e recebeu tratamento. 

Devido ao design de isolamento do Airbus A319, a temperatura não caiu imediatamente para os passageiros, apesar da exposição do cockpit ao ambiente externo, salvando-os do congelamento. A tripulação de voo permaneceu consciente e não experimentou asfixia ou ulceração. Nenhum outro membro da tripulação ou passageiro ficou ferido.


O incidente foi investigado pela Administração de Aviação Civil da China, pela Airbus e pela Sichuan Airlines. De acordo com o regulamento do Anexo 13 da Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional, a Airbus se absteve de quaisquer comentários adicionais sobre seu progresso. 

Em 2 de junho de 2020, o relatório final foi publicado. A causa raiz do acidente foi o dano à vedação do lado direito do para-brisa devido à umidade. Mudanças de temperatura na decolagem e pouso levaram a mais danos às camadas do para-brisa como resultado da diferença de pressão. Isso culminou na explosão do para-brisa.

A tripulação do voo 8633 da Sichuan Airlines foi aclamada como heróis pela mídia pública e o capitão, Liu Chuanjian, recebeu um prêmio de 5 milhões de yuans ( £ 569.400).


Nenhuma outra medida foi tomada como resultado do incidente. Um incidente semelhante aconteceria a bordo de um A320 da United Airlines dois anos depois, causado por uma tempestade de granizo.

A tripulação e os pilotos continuam trabalhando para a Sichuan Airlines e a companhia aérea mantém o voo 3U8633 em operação, voando na mesma rota. 

A aeronave B-6419 foi reparada e voltou ao serviço na Sichuan Airlines em 18 de janeiro de 2019.

O incidente foi adaptado para o filme "O Capitão" (The Captain"), dirigido por Andrew Lau. 

O filme foi lançado durante o 70º aniversário da República Popular da China em 2019 e ficou em segundo lugar nas bilheterias durante o feriado nacional.


Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Aconteceu em 14 de maio de 2012: Acidente com Dornier 228 da Agni Air no Nepal

Em 14 de maio de 2012, uma aeronave de passageiros Dornier 228 da Agni Air caiu perto do aeroporto de Jomsom, no Nepal, matando 15 das 21 pessoas a bordo, incluindo os dois pilotos.


A aeronave envolvida era o Dornier 228-212, prefixo 9N-AIG, da Agni Air (foto acima). Esse avião foi construído pela Dornier Flugzeugwerke em 1997 e foi operado pela Hornbill Skyways antes de ser comprado pela Agni Air em 2008.

A aeronave estava voando do aeroporto de Pokhara para o aeroporto de Jomsom em um voo não programado. Havia dezoito passageiros, dois pilotos e um comissário de bordo. 

Às 09h30 hora local (03h45 UTC), a aeronave tentou pousar em Jomson, mas a primeira tentativa foi abortada pelos pilotos. Durante a volta subsequente, uma das asas da aeronave colidiu com uma colina, causando a queda da aeronave, matando 15 das 21 pessoas a bordo.

As vítimas eram duas tripulações nepalesas e 13 passageiros, incluindo a atriz infantil indiana Taruni Sachdev e sua mãe. Seis outros passageiros sobreviveram com ferimentos.


Como causa do acidente foi apontado que: "o capitão tomou a decisão de fazer uma curva acentuada para a esquerda a 73 nós sem considerar a curva radial e o terreno ascendente, o que resultou em um aviso de estol contínuo durante os 12 segundos restantes de voo. 


"A asa esquerda da aeronave atingiu uma rocha e a aeronave se desintegrou. Assim, a decisão do comandante de iniciar o giro à esquerda nesta fase do voo foi contra todos os procedimentos publicados. O painel declarou que o comandante era um instrutor de vôo sênior contratado pela Autoridade de Aviação Civil do Nepal".


Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)

Aconteceu em 14 de maio de 2004: Queda de avião da Rico Linhas Aéreas mata 33 pessoas próximo a Manaus

Em 14 de maio de 2004, a Rico Linhas Aéreas realizava era um voo doméstico regular de passageiros de Tefé para Manaus, com escala em São Paulo de Olivença, todas localidade do Estado do Amazonas.  


A aeronave que operava o voo 4815, era o Embraer EMB 120ER Brasília, prefixo PT-WRO, da companhia aérea regional Rico Linhas Aéreas (foto acima), com sede em Manaus. O 120ER Brasília levava a bordo 30 passageiros e 3 tripulantes, todos brasileiros.

Na momento do voo, o tempo estava bom. A 20 milhas náuticas do aeroporto de Manaus, como a aeronave seguia o padrão de pouso para Manaus, o controle de tráfego aéreo vetorou o voo fora do padrão de pouso para a esquerda para dar lugar a um voo médico prioritário. 

Às 18h34, o voo 4815 transmitiu por rádio que eles estavam a 2.000 pés quando a aeronave de repente saiu do radar. Os controladores tentaram restaurar o contato com o avião, sem sucesso. "O comandante da aeronave, Rui Cleber, informou que em 18 minutos estaria pousando. Momentos depois, sumiram do radar", informou na época Liliana Maia, assessora de imprensa da companhia aérea.

Uma equipe formada por militares e bombeiros foi para o local. Devido ao mau tempo e à mata fechada, o grupo teve que descer na floresta utilizado técnicas de rapel. “Nesta manhã, ficou claro que não havia sobreviventes”, disse Rodrigues. Informes anteriores levantavam a esperança de que houvesse passageiros ou tripulantes vivos. 

A equipe encontrou restos humanos espalhados e fragmentos de avião perto do aeroporto. Testemunhas relataram que viram uma bola de fogo caindo durante o acidente.

Todos os 33 ocupantes do avião morreram no acidente.

O corpo de bombeiros de Manaus divulgou a lista dos 30 passageiros e dos três tripulantes que viajavam no avião. Eram eles: Adriano Bezerra Filho, Alex Mello, Alexandre Magalhães, Antônio Barbosa, Antônio Mafra, Caubi Cunha, Carlos Barros, Carlos Damasceno, Cláudio de Jesus, Dauene Souza, Edmar Oliveira, Eneido Oliveira, Fabíola Bernardi, Felipe Cabral, Ivan Saraiva, Jeremias Batalha, José Barros, José Magalhães, José Serra, Juliana Moreira, Marcelo Guedes, Marcelo Leite, Marcos Paulo Menezes, Maria Divina Santoso, Max Moraes, Nelson Lima Jr, Oséias Tavares, Pablo Nobre, Silvia Roinick, Valdomiro Maciel, além dos tripulantes: comandante Rui Cléber, Jati Freitas e Monique de Azevedo.


O Relatório Final da investigação apontou como causas do acidente:

Voo controlado em terreno após a tripulação continuar a descida abaixo de 2.000 pés até que a aeronave colidisse com o solo. Os seguintes fatores contribuintes foram identificados:
  • A tripulação relatou sua altitude a 2.000 pés, enquanto a altitude real do avião era de 1.300 pés,
  • A tripulação continuou a descida até o impacto final,
  • A tripulação não reagiu ao alarme GPWS que soou quatro momentos em que a aeronave atingiu a altitude de 400 pés,
  • Nenhuma ação corretiva foi tomada pela tripulação,
  • Falta de coordenação da tripulação,
  • Mau planejamento de aproximação que levou a aeronave a descer a uma altitude crítica,
  • Falta de supervisão,
  • Deficiências operacionais.

Por Jorge Tadeu (com ASN e Wikipedia)

Aconteceu em 14 de maio de 1977: Acidente com o Boeing 707 da Dan-Air na Zâmbia


O acidente do Boeing 707 da Dan-Air/IAS Cargo em 1977 foi um acidente fatal envolvendo uma aeronave de carga Boeing 707-321C operada pela Dan Air Services Limited em nome da International Aviation Services Limited (negociada como IAS Cargo Airlines no momento do acidente), que tinha sido subcontratado pela Zambia Airways Corporation para operar um serviço semanal regular de carga completa entre Londres Heathrow e a capital da Zâmbia, Lusaka, via Atenas e Nairobi. A aeronave caiu durante a aproximação do Aeroporto de Lusaka, Zâmbia, em 14 de maio de 1977. Todos os seis ocupantes da aeronave morreram. 

História da aeronave



A aeronave era o Boeing 707-321C, prefixo G-BEBP (foto acima), que entrou em serviço com a Pan American World Airways (Pan Am) em 1963. Esta aeronave também foi o primeiro conversível 707 construído, apresentando uma grande porta de carga no lado esquerdo do fuselagem dianteira, que permitia o transporte de carga no convés principal quando configurada como cargueiro. 

A Dan-Air adquiriu a aeronave em 1976. Foi o quarto 707 operado pelo independente (*) do Reino Unido, bem como o segundo modelo com motor turbofan e o segundo conversível em serviço com a companhia aérea. No momento do acidente, ele havia voado cerca de 47.000 horas.

(*) O termo "independente" neste contexto denota companhias aéreas privadas, geralmente não subsidiadas do Reino Unido que eram financeiramente e operacionalmente independentes das corporações da Coroa, ou seja, British European Airways, British Overseas Airways Corporation e British Airways (antes da privatização).


História do voo


O voo era um tripé com origem no aeroporto de Heathrow de Londres para Atenas (aeroporto de Hellinikon), que transcorreu sem intercorrências; de Atenas, seguiu para Nairobi (Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta). A partida de Nairóbi para Lusaka na etapa final ocorreu conforme planejado às 07h17 do dia 14 de maio.

O 707 cruzou no nível de voo 310 por cerca de duas horas, após o que foi autorizado para descida para o nível de voo 110. O nível de voo 110 foi alcançado aproximadamente às 09h23, e foi concedida autorização para iniciar a descida em direção a um alvo de nível de voo 70. 

Pouco antes das 09h30, foi concedida autorização para descer até 6.000 pés (1.800 m) e, momentos depois, o avião foi liberado para fazer uma abordagem visual da pista 10. Poucos minutos depois, testemunhas viram todo o estabilizador horizontal direito e conjunto de elevador desanexar da aeronave. 

A aeronave posteriormente perdeu o controle de inclinação e entrou em um mergulho de nariz de cerca de 800 pés (240 m) ao nível do solo, destruindo a aeronave no impacto.

Não houve sobreviventes entre os cinco membros da tripulação e um passageiro do assento de salto a bordo da aeronave. Não houve outras fatalidades no terreno. Os destroços estavam localizados a aproximadamente 12.010 pés (3.660 m) da pista.

Investigação


Uma investigação completa foi lançada pelas autoridades zambianas e a investigação foi então delegada ao Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido. As conclusões dessa investigação são as seguintes:

Foi determinado que a estrutura do estabilizador horizontal direito falhou devido à fadiga do metal na estrutura traseira da longarina e devido à falta de uma estrutura ou dispositivo de segurança adequado caso tal evento ocorresse. A investigação também identificou deficiências na avaliação dos projetos de aeronaves e na sua certificação e na forma como as aeronaves foram inspecionadas.

Causa


O Boeing 707 320/420 series tinha um conjunto de estabilizador horizontal alargado (cauda) em comparação com a aeronave anterior 707, e no redesenho as cargas aumentadas na estrutura da cauda foram tomadas substituindo parte do revestimento de alumínio por aço inoxidável. 

Além disso, os acessórios de fixação da longarina foram reprojetados, tornando-os mais fortes e rígidos. Isso teve o efeito imprevisto de alterar a forma como a estrutura do plano traseiro lidava com as cargas de rajadas, os acessórios mais rígidos não sendo mais capazes de ajudar na absorção e transferência das tensões causadas por rajadas e outras cargas aerodinâmicas normais, a flexão (ou seja, a flexão das cargas) dos estabilizadores horizontais esquerdo e direito, em vez de serem carregados pelas longarinas do estabilizador inteiramente por si próprios. Com o tempo, isso levou a rachaduras por fadiga na longarina traseira do estabilizador horizontal direito, que, devido à natureza oculta (interna) da construção do painel traseiro, não foi notada pelos engenheiros de manutenção.


O 707 foi projetado com uma filosofia de 'segurança contra falhas', e a falha da longarina traseira do painel traseiro foi calculada como insuficiente para causar a perda da aeronave, sendo a longarina frontal restante suficientemente forte para permitir que a aeronave pousasse com segurança, espera-se que o dano seja reparado antes que a aeronave volte a voar.

No entanto, a aeronave do acidente havia desenvolvido uma longarina direita traseira rachada sem que a falha fosse detectada devido à sua localização em parte da estrutura normalmente não acessível durante a manutenção de rotina, e a aeronave havia voado por um número considerável de horas com a falha presente. 

Com o tempo, a rachadura cresceu, até que se presumiu que a longarina danificada não era mais capaz de carregar sua carga projetada, após o que a carga foi assumida inteiramente pela longarina frontal. A aeronave do acidente encontrou várias rajadas fortes durante a abordagem imediatamente antes do acidente que, embora não seja perigosa para um Boeing 707 estruturalmente sólido, excedeu a carga capaz de ser transportada pelo mastro intacto remanescente por conta própria, levando ao mastro eventualmente quebrando e resultando em falha estrutural completa de todo o estabilizador horizontal direito.

Testes foram conduzidos para determinar se a perda de um único estabilizador era ou não uma situação recuperável, e foi determinado que a recuperação teria sido possível com ação em nome dos pilotos na forma de compensação do nariz para cima. Os destroços recuperados revelaram que o compensador de profundor deveria ter sido suficiente para salvar a aeronave, mas uma análise mais aprofundada concluiu que a falha do estabilizador foi violenta o suficiente para fraturar o parafuso de compensação vertical, o que teria resultado no estabilizador horizontal restante caindo em um nariz posição de compensação para baixo.


A rachadura encontrada no estabilizador com defeito após o acidente foi considerada pelos investigadores como improvável de ser detectada por meio de testes normais, como corante fluorescente. Também se pensou que a rachadura já existia há pelo menos 6.000 horas de vôo antes do acidente e antes que a aeronave fosse adquirida pela Dan-Air da Pan Am.

As inspeções da frota de Boeing 707-300, feitas em decorrência do acidente, encontraram outras 38 aeronaves com trincas semelhantes.

Um ano e nove meses depois do acidende, o Relatório Final foi divulgado.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)

Hoje na História: 14 de maio de 1908 - O primeiro passageiro embarca num avião



Em 14 de maio de 1908, Charles William Furnas, mecânico da Wright Company, foi o primeiro passageiro a voar a bordo de um avião.

Em Kill Devil Hills, Kitty Hawk, na Carolina do Norte (EUA), Furnas viajou a bordo do Wright Flyer III com Wilbur Wright como piloto. O voo cobriu aproximadamente 600 metros (656 jardas) e durou 29 segundos. 

Mais tarde, no mesmo dia, Orville Wright voou no avião, novamente com Charley Furnas a bordo, desta vez cobrindo 2,125 milhas (3,42 quilômetros) em 4 minutos e 2 segundos.

O Wright Flyer III em Kill Devil Hills, em 1908 (Wikimedia)

Charles William Furnas nasceu em Butler Township, Montgomery County, Ohio, em 20 de dezembro de 1880. Ele era o segundo de três filhos de Franklin Reeder Furnas, um fazendeiro, e Elizabeth J. Rutledge Furnas.

Furnas alistou-se na Marinha dos Estados Unidos em Dayton, Ohio, em 15 de novembro de 1902, e foi dispensado na cidade de Nova York em 14 de novembro de 1906. Furnas, um maquinista, casou-se com a Srta. Lottie Martha Washington, em 3 de junho de 1913.

A Sra. Furnas morreu em 1º de janeiro de 1931. Em 30 de janeiro de 1931, Charles Furnas foi internado no Veterans Administration Facility em Jefferson Township, Montgomery County, Ohio, onde permaneceria pelo resto de sua vida.

Charles Furnas morreu no Veterans Administration Hospital, Dayton, Ohio, às 9h00 de 15 de outubro de 1941. Seus restos mortais foram enterrados no Woodland Cemetery and Arboretum, Dayton.

Esquadrilha da Fumaça: 70 anos de legado na aviação brasileira

A Esquadrilha da Fumaça faz parte da história de muitos brasileiros incentivando e abrindo caminhos para a aviação.

A-29 Super Tucano é o mais mais moderno que já operou nas cores da fumaça
Ao logo destes 70 anos, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, colecionou muitas histórias e aeronaves. Tudo começou quando instrutores de voo da FAB, em suas horas de folga, treinavam acrobacias nos lendários T-6 Texan para incentivar os jovens cadetes da força aérea.

Coronel Braga, um dos pioneiros da fumaça, colecionou recorde mundial em horas voados no T-6
No dia 14 de maio de 1952, aconteceu a primeira exibição dos lendários T-6 pilotados por experientes pilotos. A partir dali uma história ímpar na aviação militar brasileira começava. Nesta época surgiram nomes que hoje regem a história como Mário Sobrinho Domenech, Martins da Rosa e o lendário Coronel Braga.

A iniciativa deu certo e logo começaram as primeiras apresentações e no ano seguinte foi instalado nos aviões um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça, surgindo assim o nome de Esquadrilha da Fumaça.

Com o passar dos anos a Esquadrilha ganhou destaque não só no Brasil, mas também no exterior onde realizou diversas demonstrações. Em 1969, houve a primeira troca de aeronaves, passando para a celebrada Era ado Jato, quando foram utllizados os aviões franceses Fouga Magister.

Porém, o desempenho limitado dos jatos, incluindo uma autonomia baixa para as apresentações, levaram o Magister ser retirado de serviço em poucos anos.

Jato francês foi o único avião a reação utilizado pela equipe
O já lendário T-6 voltou para a Esquadrilha no ano de 1974, e voou na fumaça até 1976, após 1.272 demonstrações.

Após um período inativo, o EDA retornou com um novo avião, o brasileiro T-25 Universal, usado ainda hoje na formação básica dos cadetes. Assim como o Magister o Universal era limitado, mas neste caso por um desempenho fraco, o que tornava as apresentações lentas.

Após nova pausa, em 1983 a Esquadrilha da Fumaça voltou a pleno e com uma aeronave que consagrou o time, o icônico T-27 Tucano. O avião de treinamento avançado havia sido recém-lançado pela Embraer e na Esquadrilha se tornaria o maior garoto propaganda do genial projeto nacional. Até hoje o Tucano foi responsável pelo maior número de apresentações do EDA.

Na época do Universal a fumaça ficou conhecida como "Cometa Branco'
Nos anos 2000, as aeronaves ganharam novas cores, substituindo o vermelho e branco por cores inspiradas da bandeira nacional, com destaque para o azul que se tornou a cor predominante.

Os T-27 Tucano ficaram à frente do EDA até 2013, quando houve a troca para o A-29 Super Tucano, que entraram em operação na Fumaça em 2015. O novo avião teve uma pintura repaginada, com destaque para a bandeira brasileira pintada na cauda. Com o Super Tucano a Esquadrilha da Fumaça refez parte de seu show, tornando ainda mais complexo para os pilotos e mais empolgante para o público.

T-27 Tucano representou um grande salto para o EDA e foi o primeiro avião brasileiro no EDA
A equipe de habilidosos pilotos militares têm a companhia dos mecânicos que são carinhosamente chamados de Anjos da Guarda. O EDA tem um grupo oficial de médicos, oficial de relações públicas e demais servidores que coordenam áreas administrativas.

Ao todo, o EDA realizou 3.946 demonstrações desde sua criação em 14 de maio de 1952, que ao longo de 70 tem encantando o público no Brasil e no exterior, cumprindo a missão de incentivar a aviação aos mais jovens, divulgar o trabalho da FAB e ressaltar a eficiência dos aviões fabricados no Brasil.

Saiba Mais...


A Esquadrilha da Fumaça está há quase vinte anos no Guiness Book. Em 2006, doze T-27 Tucano fizeram um voo com o maior número de aeronaves voando em formação de dorso (investido) simultaneamente. Foram utilizados 12 aviões, superando a própria marca anterior da Esquadrilha, feito ainda hoje não superado por nenhuma outra força aérea do mundo.

O voo de doze aeronave em dorso e próximas exigiu muita técnica dos pilotos
"A margem de erro era menor e era necessário um trabalho mais preciso nos comandos e motor, por isso, a maior exigência nos treinamentos”, relatou Marcelo Gobett, ex-piloto da fumaça, em 2019.

Via André Magalhães (Aero Magazine) - Fotos: Arquivo FAB

Piloto e passageiros levam socos de britânicos bêbados em voo à Grécia


Um piloto da WhizzAir foi agredido durante um voo para Creta, na Grécia, ao tentar deter dois britânicos que socavam outros passageiros que estavam a bordo do avião. Em solo, os dois homens foram retirados do voo pela polícia. Um deles estava com sangue no corpo e a calça nos tornozelos.

O episódio começou por volta das 18h de terça-feira (10/5), horário em que a aeronave deixou o aeroporto de Gatwick, no Reino Unido. De acordo com os tripulantes, os dois homens, de 30 anos, embarcaram bêbados e causaram transtornos durante toda a viagem. Eles chegaram a dizer que estavam no aeroporto desde às 10h, horário em que começaram a ingerir bebidas alcoólicas.

Os homens conversavam e gritavam, mas não estavam violentos. A situação se agravou quando um terceiro ofereceu vodka para eles. A dupla começou a se movimentar e um deles sentou no lugar de outra pessoa. Ao receber o pedido para deixar o local, o homem respondeu: “Fod*-se”.

“Eles estavam apontando para todos e dizendo ‘quando sairmos deste avião, vamos esmagar você’. Além disso, eles fumavam cigarros e vapes durante todo o tempo”, disse um passageiro ao jornal britânico The Sun.

Perto do pouso, uma aeromoça comunicou os homens de que a polícia os escoltaria para fora do avião assim que chegassem na Grécia. Foi nesse momento que os homens se descontrolaram.

Entre gritos, os homens se levantaram, enquanto o avião pousava. Assim que o piloto terminou de posicionar a aeronave, os homens começaram a gritar e a xingar os outros passageiros. Deram pontapés e começaram a socar as pessoas, em uma ação que as testemunhas classificaram como um “caos completo e absoluto”.

Alguns passageiros tentaram segurar os homens, mas sem sucesso. O piloto, avisado do ocorrido, saiu da cabine ao encontro dos agressores e foi atingido pelos socos. A confusão só terminou quando a polícia chegou na aeronave e tirou os homens. Um deles saiu ensanguentado e com as calças nos tornozelos. 

Veja o começo da briga captado por um dos passageiros:


Briga causou atraso em voos e prejuízo para passageiros


O que parecia ter sido o fim do incômodo dos outros passageiros foi, na verdade, apenas mais uma etapa do transtorno causado pela dupla. Com a agressão sofrida pelo piloto, os tripulantes tiveram que prestar depoimentos na polícia, em um processo que durou duas horas.

De acordo com o The Sun, muitas pessoas perderam um transporte que faz o transfer entre o aeroporto e a cidade de Creta, o que fez com que as pessoas passassem a noite no local. A aeronave que foi palco da confusão também ficou parada por cerca de 24 horas.

Em comunicado, a WizzAir afirmou que “a tripulação da cabine lidou com a situação como está treinada para fazer e relatou o incidente às respectivas autoridades, que prenderam os passageiros na chegada”.

“A WizzAir pede sinceras desculpas por qualquer inconveniente causado, mas a segurança dos passageiros e da tripulação é a prioridade número um da companhia aérea”, pontuou a empresa.

Monomotor cai em ponte e atinge carros em Miami, nos EUA

Monomotor Cessna 172 com 3 pessoas a bordo teria perdido potência do motor e pousou na Haulover Inlet Bridge. Pelo menos um veículo foi atingido.


Na tarde deste sábado (14), um pequeno avião caiu na ponte Haulover Inlet, em Miami-Dade County, nos Estados Unidos. Fumaça e fogo podem ser vistos subindo dos destroços na 108 Street e na Collins Avenue, perto de Haulover Beach, informa a CBS Miami.

O avião teria atingido um veículo com o impacto. Vídeo postado no Twitter mostra um SUV danificado.


De acordo com a FAA, o órgão de aviação dos Estados Unidos, "um monomotor Cessna 172 perdeu a potência do motor e pousou na Haulover Inlet Bridge, na Rota A1A, em Miami, por volta das 13h, horário local de hoje, atingindo um veículo durante o pouso. Havia três pessoas a bordo. A aeronave partiu do Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale com destino planejado do Aeroporto Internacional de Key West".

A FAA e o National Transportation Safety Board investigarão o acidente. "O NTSB será responsável pela investigação e fornecerá atualizações adicionais.”

O Miami-Dade Fire Rescue relata que um total de seis pacientes estão sendo tratados. Dois deles têm ferimentos graves — um foi levado por resgate aéreo para o Ryder Trauma Center e o outro foi transportado de ambulância para o hospital.

Outros três foram levados para hospitais locais com ferimentos que não trazem risco de morte.

Assista ao vídeo abaixo, gravado segundos após a queda da aeronave:


Asa de avião entra em chamas após colisão com pássaro em Fortaleza

Passageiros foram realocados em outro voo que partiu de Fortaleza para o RJ na noite desta sexta-feira (13).

Chamas são vistas na asa do avião após colisão com pássaro (Imagem: TV Verdes Mares/Reprodução)
Um avião da Latam colidiu com um pássaro durante a decolagem e precisou retornar ao Aeroporto Internacional de Fortaleza na tarde desta sexta-feira (13). O voo seguiria para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Imagens feitas por um passageiro mostram chamas na asa do avião após a colisão da ave.

De acordo com a Fraport, após colidir com o pássaro ao decolar, o piloto realizou manobras no ar para aliviar o peso do combustível e voltou ao aeroporto em segurança.

"Como um dos motores da aeronave foi afetado, ela vai permanecer em solo para passar por uma manutenção pelo tempo que for necessário", informou a empresa.

Em um vídeo gravado por um passageiro é possível ver o avião em procedimento de decolagem na pista quando há a colisão com a ave e em seguida aparece rapidamente uma chama de fogo sob a asa. Na aviação, casos como este são conhecidos como “bird strike”.


A Latam afirmou, que os clientes do voo LA 3864 seriam conduzidos para seu destino em nova aeronave no voo que estava reprogramado para decolar às 20h30 desta sexta-feira (13).

Via g1

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Aconteceu em 13 de maio de 2019: Colisão aérea entre voos turísticos no Alasca

Em 13 de maio de 2019, um hidroavião de Havilland Canada DHC-2 Beaver operado pela Mountain Air Service colidiu com um hidroavião Taquan Air de Havilland Canada DHC-3 Turbine Otter sobre George Inlet, no Alasca, nos Estados Unidos.

O DHC-2 se partiu no ar com a perda do único piloto e todos os 4 passageiros. O piloto do DHC-3 conseguiu manter o controle parcial, mas a aeronave sofreu danos substanciais na colisão e no subsequente pouso forçado. O piloto sofreu ferimentos leves, 9 passageiros sofreram ferimentos graves e 1 passageiro morreu. Ambas as aeronaves realizavam voos turísticos.

Aeronaves



O primeira aeronave era o hidroavião de Havilland Canada DHC-2 Beaver Mk I, prefixo N952DB, operado pela Mountain Air Service LLC (foto acima). 


O segundo avião envolvido no acidente era o hidroavião de Havilland Canada DHC-3T Turbine Otter, prefixo N959PA, operado Taquan Air (foto acima).

Ambas as aeronaves estavam conduzindo voos turísticos locais da área do Monumento Nacional Misty Fiords para o benefício dos passageiros de um navio de cruzeiro da Princess Cruises atracado em Ketchikan, no Alasca.

Os aviões estavam operando sob as disposições do 14 CFR Parte 135 como voos turísticos sob demanda. Nenhuma das aeronaves carregava ou era obrigada a carregar um gravador de voz da cabine ou gravador de dados de voo.

Acidente


Ambas as aeronaves estavam retornando à Base de Hidroaviões do Porto de Ketchikan, aproximadamente 11 km a sudoeste. 

Base de hidroaviões do porto de Ketchikan vista em 2017; DHC-2s semelhantes ao N952DB
estão à esquerda, DHC-3s semelhantes ao N959PA estão à direita
O DHC-2 estava voando a 107 nós (198 km/h) a uma altitude de cerca de 3.350 pés (1.020 m) ao nível do mar médio (MSL), enquanto o DHC-3 estava descendo gradualmente a 126 nós (233 km/h) de uma altitude de 3.700 pés (1.100 m) MSL. 

Prevaleceram as condições meteorológicas visuais. O DHC-3 foi equipado com um sistema de alerta de colisão automática dependente de vigilância - transmissão (ADS-B), mas o piloto não percebeu nenhum aviso de colisão ADS-B antes de ver um "flash" à sua esquerda, e as duas aeronaves colidiram às 12h21, hora local, a uma altitude de cerca de 3.350 pés (1.020 m) MSL.


O DHC-3 inclinou o nariz para baixo a cerca de 40 graus, mas o piloto foi capaz de manter o controle parcial e realizar um flare de pouso antes de pousar em George Inlet.

Os flutuadores separaram-se da aeronave e ela começou a afundar; o piloto e 9 passageiros conseguiram evacuar para a costa com a ajuda de pessoas próximas, mas 1 passageiro ficou preso nos destroços e morreu. O DHC-3 parou sob cerca de 80 pés (24 m) de água.

O DHC-2 se partiu no ar, criando um campo de destroços de aproximadamente 2.000 pés por 1.000 pés (610 m por 305 m) cerca de 1,75 mi (2,82 km) a sudoeste do local da amerissagem DHC-3. A fuselagem, empenagem e estrutura da cabine do DHC-2 foram separadas umas das outras e a asa direita apresentou danos consistentes com impactos da hélice. Todos os cinco ocupantes do DHC-2 morreram no acidente.

O que sobrou do DHC-2 semi-submerso

Passageiros e tripulantes


O piloto de transporte aéreo DHC-3 sofreu ferimentos leves, 9 passageiros sofreram ferimentos graves e 1 passageiro sofreu ferimentos fatais; o piloto DHC-2 e 4 passageiros sofreram ferimentos fatais. Seis vítimas feridas foram admitidas em um hospital local e 4 outras foram evacuadas para Seattle. Dois corpos não foram recuperados até o dia seguinte.


Consequências


O falecido piloto do DHC-2 também era coproprietário da Mountain Air Service e a empresa cancelou todas as operações após o acidente. O voo 20 da Taquan Air caiu uma semana depois, em 20 de maio, e a companhia aérea suspendeu todos os voos no dia seguinte.

Em meio ao aumento da supervisão da FAA, a Taquan Air retomou o serviço de carga limitada em 23 de maio, os voos regulares de passageiros em 31 de maio e passeios turísticos sob demanda em 3 de junho.

Investigação


O National Transportation Safety Board (NTSB) iniciou imediatamente uma investigação sobre o acidente. Um relatório preliminar de acidente do NTSB foi publicado em 22 de maio de 2019.


Em reunião realizada em 20 de abril de 2021, o NTSB atribuiu o acidente " às limitações inerentes ao conceito de ver e evitar " juntamente com a ausência de alertas dos sistemas de visualização de tráfego de ambos os aviões.

O NTSB examinou o Dependente Automático Dados de posição da aeronave Surveillance – Broadcast (ADS-B), dados registrados da aviônica da aeronave do acidente e fotos tiradas pelos passageiros na aeronave do acidente. 

O NTSB descobriu que o DHC-2 havia subido gradualmente e nivelado em uma altitude de 3.350 pés (1.020 m) e um rumo de cerca de 255°, enquanto o DHC-3 estava descendo de 4.000 pés (1.200 m) em uma faixa variando de 224° e 237°. 


A agência determinou que o piloto DHC-2 não teria conseguido ver o DHC-3 se aproximando de sua direita devido à estrutura da cabine DHC-2, a asa direita e o passageiro sentado no banco dianteiro direito, enquanto a janela dianteira esquerda do DHC-3 obscureceu o DHC-2 da visão do piloto por 11 segundos antes da colisão.

Ambas as aeronaves eram equipadas com Display de Informações de Tráfego (CDTI) baseado em ADS-B. No entanto, uma atualização de equipamento fornecida pela FAA para o sistema Garmin GSL 71 no DHC-3, implementada devido à eliminação do Programa FAA Capstone, desativou o recurso de alerta de tráfego auditivo.


Além disso, o recurso de transmissão de altitude de pressão do GSL 71 foi desativado porque o botão de controle foi definido para a posição OFF, e a lista de verificação de pré-vôo Taquan Air (que listava o nome de um operador diferente) não exigia que o piloto definisse o botão para a posição apropriada para transmitir a altitude de pressão.

Isso desabilitou efetivamente os recursos de alerta automático no ForeFlightCDTI do aplicativo móvel usado pelo piloto DHC-2, que não foi projetado para fornecer alertas quando a aeronave alvo não está transmitindo altitude de pressão. A falta de avisos sonoros ou visuais dedicados deixou ambos os pilotos dependentes da verificação visual de suas telas de exibição do CDTI periodicamente.


O NTSB recomendou que a FAA exigisse que os operadores da Parte 135 implementassem sistemas de gerenciamento de segurança , o que poderia ter mitigado a falta de capacidade de alerta do CDTI no Taquan DHC-3 e solicitado à companhia aérea a atualizar sua lista de verificação pré-voo para incluir as configurações CDTI apropriadas. 

Além disso, o NTSB recomendou que o ForeFlight atualize seu software de forma que alertas automáticos sejam fornecidos por padrão quando a aeronave alvo não estiver transmitindo altitude de pressão.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Aconteceu em 13 de maio de 1977: A queda do Antonov da LOT na aproximação ao aeroporto de Beirute, no Líbano


Em 13 de maio de 1977, o avião Antonov An-12BP, prefixo SP-LZA, da LOT Polskie Linie Lotnicze (foto acima), estava realizando um voo de carga entre Varsóvia, na Polônia, a Beirute, no Líbano, com uma parada intermediária em Varna, na Burgária.

Com nove tripulantes a bordo, a aeronave estava transportando uma carga de carne congelada. O cumpriu sua primeira etapa até Varna sem problemas relatados. Às 5h30, o Antonov decolou em direção ao seu destino final e o voo transcorreu dentro da normalidade.

Ao se aproximar de Beirute a uma altitude de 2.100 pés, o avião de quatro motores atingiu cabos de força e caiu em terreno rochoso localizado a 8 km da cabeceira da pista 21 no Aeroporto Internacional de Beirute, no Líbano.


A aeronave se desintegrou com o impacto e todos os nove ocupantes morreram. Foi relatado que o ATC transmitiu várias instruções à tripulação que não respondeu, talvez devido a problemas de idioma.


Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)