segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Aeroporto de Joinville: as dificuldades para ter o ILS

Técnicos da Aeronáutica levantaram problemas que podem interferir na vinda do equipamento para o Aeroporto de Joinville. Resultado da vistoria sai em duas semanas

Agora, é esperar pela resposta, que deve demorar duas semanas.

Os técnicos do Instituto de Cartografia da Aeronáutica terminaram no sábado o levantamento dos dados necessários para a instalação do ILS (sistema de pouso por instrumentos) no Aeroporto de Joinville. O equipamento, que custa cerca de R$ 2,1 milhões, facilita as operações de pouso em condições de mau tempo e de forte neblina.

O levantamento, que é decisivo para a instalação do equipamento, constatou alguns problemas que poderão afetar a instalação do ILS. De acordo com a assessoria de imprensa do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), uma das dificuldades encontradas na região é a topografia. Pelos levantamentos feitos até o momento, as condições se mostraram desfavoráveis, por causa dos obstáculos ao redor do terminal.

Segundo o coordenador técnico em pilotagem profissional de aeronaves da Universidade Tuiuti, no Paraná, Marcos Galvão de Souza, como esses aparelhos projetam uma rampa de aproximação, não se pode ter nenhum obstáculo ferindo essa rampa.

“Montanhas, prédios, torres de transmissão e até árvores que não estejam no limite de segurança podem atrapalhar”, explica. A distância da pista tem relação direta com a altura do obstáculo. “A topografia é uma das questões que mais influenciam na decisão de se instalar um ILS”, garante.

Uma das formas de contornar as questões topográficas é por meio eletrônico, mas, com isso, perde-se um pouco da pista. “Ela encurta, porque o ponto de toque deve ser mais adiantado”, diz o especialista Marcos Souza.

Para um piloto, que pediu para não ser identificado, uma das hipóteses que justificaria a não-instalação do equipamento é porque quase todos os procedimentos são feitos pela cabeceira 33 e lá existe constantemente vento de cauda.

“Dependendo da intensidade (do vento), as companhias aéreas pedem que se arremeta, por questões de segurança”, explica. De acordo com ele, na cabeceira 15 também seria difícil pela falta de espaço entre o local e um morro. “A antena por onde se projeta a rampa precisa ficar a nove quilômetros da cabeceira da pista, e não há esta distância”, diz.

Mesmo assim, ele diz que é fundamental que o aparelho seja instalado, pois Joinville merece um aeroporto melhor. Segundo a Infraero, entre janeiro e novembro do ano passado, passaram 191,3 mil passageiros pelo terminal.

Clique sobre a imagem para ampliá-la

Fonte: A Notícia

Aeroporto de Navegantes: falta previsão de verba para ampliação

Clique sobre a imagem para ampliá-la

O plano diretor que a Infraero elaborou para o Aeroporto de Navegantes prevê a construção de um segundo terminal de passageiros e outra pista de pouso com 2,6 mil metros de extensão, o que resolveria o esgotamento das condições de atendimento. Para executar as obras, parte dos terrenos próximos à pista já estão em poder da União. Outros terão de ser desapropriados.

Mas falta o principal. Não existe dinheiro previsto para as obras. Com a preparação para a Copa do Mundo e Olimpíadas, ficará mais difícil angariar fundos. A tendência é que as cidades-sede dos eventos recebam mais verbas. Outro fator que gera dúvidas em Navegantes é o plano do Estado de construir um grande aeroporto na Região Norte, entre Joinville e o Vale.

– Certamente, se for construído um aeroporto naquela região, será reavaliada a intenção de investimento da Infraero no Aeroporto de Navegantes – diz Neves.

Fonte: Jornal de Santa Catarina

Aeroporto de Navegantes esbarra na falta de estrutura

Ao crescer 50% em 2009, aeroporto do Vale esgota a capacidade máxima e sofre com a falta de investimentos

Azul e novo voo da Gol para Guarulhos foram os principais responsáveis pelo crescimento


O Aeroporto de Navegantes teve o maior crescimento no movimento de passageiros entre todos os aeroportos administrados pela Infraero no Sul do Brasil em 2009. A estatal do setor aéreo divulgou os números até novembro (veja tabela), mas dados atualizados da superintendência local mostram que a alta chega a 49,8%. Quando o mês de dezembro é incluído na conta, o número de embarques e desembarques passa de 398,06 mil em 2008 para 596,5 mil ano passado. O crescimento veio a partir de abril, com o início das operações da Azul no terminal do Vale do Itajaí e o acréscimo de uma linha da Gol com destino a Guarulhos. A notícia sinaliza o retorno de passageiros que antes buscavam Florianópolis e Joinville para viajar, mas também é motivo de preocupação. Isso porque a estrutura disponível já opera na capacidade máxima.

Desde os acessos ao aeroporto, passando pelo tamanho do terminal de passageiros e da área de estacionamento, até as condições técnicas de voo, há muito o que melhorar. O superintendente do aeroporto, Marcos das Neves Souza, espera nova alta, de 10%, em 2010, mas concorda que as melhorias são necessárias porque não há condições de atender mais do que 600 mil pessoas/ano. A esperança é a reforma do atual terminal, programada para o segundo semestre e que só deve terminar em 2011.

Com as obras, a capacidade máxima passaria a cerca de 800 mil passageiros/ano. O estacionamento receberá 80 vagas adicionais às 250 existentes. Para aumentar a segurança dos pousos com tempo ruim, está sendo instalado um equipamento chamado VOR, que entrará em operação ainda este ano. A expectativa é que reduza em 30% os cancelamentos e atrasos.

Fora das dependências do aeroporto, a situação atual também é complicada para o passageiro. O Santa checou cinco trajetos diferentes rumo a Navegantes. Nos dois sentidos da BR-101, na BR-470 e dentro de Navegantes, nos sentidos Centro-bairro e Penha-Navegantes, quase não há sinalização informando que existe um aeroporto nas redondezas. A intuição e a sorte dos motoristas são testadas constantemente. De acordo com Neves, o pedido de melhorias na sinalização já foi feito à prefeitura e ao Dnit:

– Além de melhorar muito a sinalização, é preciso duplicar as vias que dão acesso ao aeroporto. A proximidade com o porto acarreta em trafego intenso de caminhões e lentidão – descreve Neves.

O prefeito de Navegantes, Roberto Carlos de Souza, reconhece os problemas e promete sinalizar a cidade e melhorar as estradas que levam ao aeroporto em 2010. A Via Portuária, que terá quatro pistas entre a BR-470, o porto e o aeroporto, começou a ser construída em novembro. Hoje, ela parcialmente aberta para circulação de veículos. Segundo o prefeito, até fevereiro a primeira parte da obra, que termina numa rotatória em frente à rua do aeroporto, será concluída. A parte final, que chegará em frente ao porto, depende da desapropriação dos terrenos.

Fonte: Daniela Matthes (santa.com.br) - Foto: Jandyr Nascimento

Turbina de avião pega fogo enquanto sobrevoava Cascavel (PR)

Voo 5453, começou a registrar o problema na turbina esquerda por volta das 23 horas.

O pouso de emergência aconteceu no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, já que o aeroporto de Cascavel estava fechado para pousos, por causa da nebulosidade; ninguém ficou ferido.


Após um princípio de incêndio, um avião da companhia aérea Trip, que fazia o voo 8R-5453, entre Curitiba e Campo Grande (MS), teve que fazer um pouco de emergência no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no fim da noite de ontem (10).

O fogo teria atingido a turbina esquerda da aeronave e apesar do susto ninguém ficou ferido. O avião partiu do Aeroporto Internacional Afonso Pena, na região de Curitiba, às 21h40, com 50 pessoas a bordo, e as chamas teriam começado por volta das 23 horas, quando a aeronave sobrevoava a cidade de Cascavel. Ele faria escalas nos aeroportos de Cascavel (PR) e de Dourados (MS).

Segundo relatos de passageiros, o piloto assim que soube do incêndio desligou um dos motores e seguiu para o aeroporto de Foz, já que o aeroporto de Cascavel estava fechado para pousos, por causa da nebulosidade.

A aeronave, ATR 72-212A, prefixo PP-PTO, tem capacidade para até 78 passageiros e um tanque de 2,2 mil litros de combustível. Informado pela torre de controle, o Corpo de Bombeiros de Foz do Iguaçu deslocou um caminhão de combate a incêndio e uma ambulância para a pista de pouso do aeroporto. Segundo o Corpo de Bombeiros, entretanto, quando o avião pousou, por volta das 23h30, o fogo já estava extinto, e ninguém estava ferido.

A reportagem da Central Gazeta de Notícias entrou em contato com a companhia áerea, mas a assessoria de imprensa ainda não nos deu um retorno. As causas do incêndio na turbina ou as condições da aeronave que fazia o voo ainda são desconhecidos.

De acordo com um dos passageiros, a companhia disponibilizou um ônibus de turismo para transportar os passageiros de volta para Cascavel, e os que iriam para Dourados e Campo Grande aguardaram ainda em Foz do Iguaçu a chegada de outro avião que os levou para as cidades de destino.

Fonte: Patrícia Sonsin (CGN/Aquiagora.net) / Paula Melech (Paraná Online) - Fotos: Marcos Labanca (Gazeta do Povo/Futura Press) / Reprodução/TV Paranaense - Atualizado às 22:02 hs com fotos e dados da aeronave

Acidente de helicóptero mata cinco pessoas na Cidade do México

Mau tempo é apontado como causa da queda do helicóptero particular.

Um dos empresários mais importantes do México está entre as vítimas.


Equipes de resgate vistoriam destroços do helicóptero em região montanhosa, nos arredores da Cidade do México. Ambulâncias aguardavam próximo ao local do acidente

Ao menos cinco pessoas morreram após a queda do helicóptero Agusta 109E Power, prefixo XA-LSA, pertencente ao Grupo Saba, nos arredores da Cidade do México, na noite de domingo (10).

De acordo com a rede de TV local Milenio, o tempo frio e o nevoeiro na capital são apontados como causa do acidente.

O helicóptero, que saiu da cidade vizinha de Toluca, pertence à família Saba, uma das mais ricas do México. Entre os passageiros estavam três membros da família, inclusive o chefe do clã, Moises Saba Masri, de 46 anos, que já foi considerado um dos empresários mais importantes do país.

O acidente ocorreu em uma área montanhosa e, na queda, o helicóptero atingiu uma casa. Há a possibilidade de um sexta vítima, ainda não confirmada.

Fontes: G1 (com agência internacionais) / ASN - Fotos: AFP / Daniel Aguilar (Reuters) / Geraldo Olvera

domingo, 10 de janeiro de 2010

O agente que enganou a CIA

O agente triplo da jihad

Suicida que explodiu a nata da CIA no Afeganistão conseguiu enganar todo mundo, americanos e jordanianos, com a falsa promessa de entregar chefão da Al Qaeda


Humam Khalil Abu-Mulal al-Balawi

No filme Rede de Mentiras, de Ridley Scott, Leonardo DiCaprio é um agente da CIA na Jordânia que acha que vai conseguir se infiltrar na Al Qaeda, mas se dá mal. Na última hora, é salvo pelo chefe do serviço secreto jordaniano, o melífluo Hani Salaam (interpretado pelo inglês Mark Strong). Espertamente, é ele quem consegue fazer um militante radical mudar de lado e plantá-lo numa das ramificações da rede terrorista mundial.

Na vida real, aconteceu exatamente o oposto. Ali bin Zeid, o chefe da inteligência jordaniana, foi até o Afeganistão para apresentar o homem que acreditava ser um agente duplo, Khalil Abu-Mulal Balawi. Levou-o até uma base avançada da CIA em território afegão. Devido à companhia ilustre, e à promessa tentadora de que o infiltrado poderia oferecer nada menos que a cabeça do número 2 da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, os agentes americanos cometeram uma falha inacreditável: não o revistaram. Ele foi levado direto à sala de ginástica da base, onde os mais importantes integrantes da CIA no Afeganistão esperavam uma boa notícia. Balawi detonou os explosivos que levava escondidos sob a roupa. Estilhaçou-se no que sua cabeça convertida ao radicalismo acreditava ser o ápice do martírio, matando quatro agentes da CIA, inclusive a chefe da agência no Afeganistão – uma mulher na faixa entre 30 e 40 anos, três filhos, que como manda a tradição não foi identificada publicamente e só virará uma estrela na parede de mármore na legendária sede em Langley que homenageia anonimamente os espiões mortos em campo. Também morreram três seguranças da CIA e o suposto controlador jordaniano, Ali bin Zeid, enterrado na presença do rei Abdullah II, com quem tinha parentesco distante e leal folha de serviços prestados. Outros seis presentes à reunião fatídica ficaram feridos. Foi a maior perda sofrida pela CIA desde um atentado no Líbano em 1983. E uma prova de que a Al Qaeda tem capacidade de tramar uma operação sofisticada de infiltração, utilizando o que no jargão de espionagem se chama de agente triplo, alguém que parece ter sido cooptado para o lado contrário, mas mantém a lealdade original.

Os erros cometidos são o oposto do que se espera de um serviço de inteligência como a CIA: ingenuidade, afobação e quebra de várias das regras mais elementares de segurança. Tão ou mais espantoso é que o espião-mor da Jordânia também tenha caído na rede, tanto pela identidade cultural quanto pela eficiência demonstrada em outras operações. Foi através de informações coletadas pela agência de Ali bin Zeid que a CIA conseguiu localizar e matar Abu Musab al-Zarqawi, um jordaniano que havia ascendido a chefe da Al Qaeda no Iraque, em 2006.

O recrutamento de um agente duplo, como as duas agências imaginavam ser Balawi, precisa evidentemente passar por intenso escrutínio. O suicida era um médico de 32 anos, nascido no Kuwait, refugiado na Jordânia e formado na Turquia. Sob pseudônimo, era um dos mais conhecidos propagadores da jihad pela internet. Sua mulher, uma jornalista turca, escreveu um livro de título autoexplicativo, Osama bin Laden, o Che Guevara do Oriente. Balawi foi falsamente cooptado em março pelo serviço secreto jordaniano. Como nos jogos de espionagem travados durante a Guerra Fria, ele forneceu o suficiente para estabelecer a credibilidade, sob a forma de delação de um punhado de militantes radicais. Quando pôs na mesa ninguém menos que Zawahiri, o braço direito de Bin Laden, a isca ficou tentadora demais. Americanos e jordanianos morderam-na, fatalmente. A rede de mentiras tinha sido tramada pela Al Qaeda.

FINAL INFELIZ
Enterro do chefe do serviço secreto da Jordânia, retratado no filme Rede de Mentiras (na foto à direita, acima) e morto na vida real pelo falso agente duplo

Fonte: Veja.com - Fotos: AP/Divulgação e Inglish.Aljazeera.net/AP

Nada de scanners no Brasil, por enquanto

Brasil ainda discute se deve ou não usar os aparelhos adotados nos aeroportos dos EUA

Que o Brasil ainda não adotou scanners corporais em seus aeroportos, é fácil de constatar, basta entrar na fila do check-in. Mas, nos bastidores, o debate sobre o uso ou não dessa tecnologia esquentou. E é remota a possibilidade a curto prazo. No mínimo, levará um ano. Se for o caso.

O tema se perfila entre as prioridades atuais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Infraero. Desde a última quarta-feira, o assunto está sendo discutido, até para que se chegue a uma conclusão quanto a aspectos legais – a exposição obrigatória do corpo das pessoas seria um entrave – e as implicações que o procedimento poderá ter para a saúde dos passageiros.

Na última quarta-feira, durante uma reunião entre Anac, Infraero, Polícia Federal e as companhias com voos para os Estados Unidos, concluiu-se ser importante abrir as consultas para que se evite uma decisão precipitada. O resultado desses sai na semana que vem.

A Infraero, por ora, submete-se a uma orientação da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Uma determinação, divulgada em 2005, só autoriza o uso da tecnologia se comprovado que produz mais benefícios que danos.

O problema é que não há equipamentos para scanner corporal no Brasil. Caso seja aprovado seu uso, teria de ser aberta licitação. O processo levaria um ano. A não ser que haja algum tipo de empréstimo dos EUA.

Por enquanto, Itália, EUA, Holanda e Grã-Bretanha anunciaram a adoção dos scanners em alguns aeroportos, em resposta ao atentado frustrado do nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab em voo de Amsterdã a Detroit.

Clique sobre a imagem para ampliá-la

Fonte: A Notícia

Investigação de perfil dos passageiros pode ser mais reveladora que escâner

A linha que separa hoje as medidas de segurança contra o terror e o respeito à privacidade ficou ainda mais tênue depois do atentado frustrado a um voo para Detroit, no dia de Natal. Se alguns passageiros sentiam-se humilhados por tirar os sapatos e passar por revistas nos aeroportos, após o 11 de setembro de 2001, a nova ameaça intensificará ainda mais o rastreamento de possíveis terroristas, incluindo a ampla utilização do escâner corporal — que desnuda virtualmente o passageiro —, não só nos Estados Unidos, mas também em diversos países europeus. Outra medida polêmica é o retorno do 'profiling', que mapeia passageiros segundo características físicas e sociais, principalmente a origem.

“Viajar está prestes a se tornar mais inconveniente do que nunca. Mas alguém acredita que isso realmente nos deixará seguros contra um próximo Abdulmutallab (Umar Farouk, o nigeriano que tentou detonar um explosivo no voo rumo a Detroit), ou algum outro depois dele?”, argumenta Clifford May, presidente da Fundação para a Defesa das Democracias, um instituto de Washington especializado em terrorismo. A pergunta deve ser feita pelos governantes antes de determinarem vistorias cada vez mais invasivas sobre todos os que voam. Para May, as novas medidas podem ser um começo, mas “estão longe de ser suficientes”: “Nós aprendemos, no incidente do Natal, que um sistema de segurança bilionário para um aeroporto pode não funcionar”.

Segundo o especialista, hoje os agentes de segurança se concentram em buscar possíveis armas em “canivetes suíços, cortadores de unhas e tubos de pasta de dente”, mas não procuram os “terroristas”. “Seria necessária uma revista extremamente intrusiva para encontrar o explosivo carregado por Abdulmutallab. Mas teria sido simples reconhecer que ele era de alto risco observando que pagou a passagem em dinheiro e não tinha bagagem, ou ainda pela ascendência”, observa May. Para o especialista, essa opção não seria condenável, por classificar o passageiro segundo um “perfil de terrorista” que leva em conta a origem, o passado e padrão de comportamento, mas não características raciais.

O cientista político Benjamin Friedman, do Instituto Cato, afirma que, em curto prazo, o foco contra o terrorismo deve ser “na inteligência e no policiamento”, mas que isso não inclui necessariamente a utilização mais ampla de escâneres corporais. “Não está claro o quanto esse equipamento teria ajudado no caso do nigeriano. Só a enorme despesa e as preocupações com a privacidade já são bons motivos para abandonar a ideia”, avalia.

Jim Harper, diretor de Estudos de Política de Informação do Instituto Cato, concorda que o escâner “não é uma mágica”. “Ainda será possível esconder explosivos no corpo. O equipamento dá uma pequena margem de segurança, mas a um alto custo para a privacidade das pessoas”, argumenta.

Para Robert Turner, diretor do Centro de Segurança Nacional da Universidade de Virgínia, é preciso “equilibrar privacidade e o pudor com a necessidade de prevenir” ataques terroristas. “Em um mundo perfeito, não gostaríamos de usar escâneres corporais, mas talvez seja uma medida necessária.”

Longo prazo

Os especialistas ouvidos pelo Correio concordam que quaisquer novas medidas tomadas em aeroportos devem ser acompanhadas de mudanças estruturais, que deem resultados a longo prazo. “Nossos inimigos atuais são atípicos. Dizer a um terrorista da Al-Qaeda que se ele sequestrar um avião e jogá-lo contra um grande edifício ele será investigado, julgado e colocado na cadeia não funciona: ele sabe que estará morto antes de podermos fazer qualquer coisa”, observa Turner. “Uma das razões por que é tão fácil para a Al-Qaeda recrutar suicidas é que a qualidade de vida, para milhões de jovens árabes, é muito baixa. Nosso trabalho é identificar os objetivos desses jovens e usar incentivos positivos”, sugere.

Harper, por sua vez, acredita que “uma luta eficaz contra o terrorismo exige uma política externa que crie menos terroristas”. Na sua opinião, é preciso “retirar nossos militares do Oriente Médio e do Sul da Ásia e parar de dar às pessoas desses países a ideia de que os americanos estão tentando manipular suas políticas”

Alerta no ar

O nigeriano Umar Farouk Abdulmuttalab, que tentou explodir um avião na rota Amsterdã-Detroit, no Natal, teria confessado em interrogatório que a rede terrorista Al-Qaeda treinou 20 suicidas para ataques durante voos. A revelação teria motivado a decisão dos EUA de reforçar os controles sobre voos originários de 16 países. A embaixada norte-americana em Cartum, no Sudão, alertou ontem em sua página na internet sobre uma ameaça de atentado contra um voo procedente de Uganda e recomendou aos cidadãos que tomem precauções extras de segurança. “Recebemos informação que indica que extremistas pretendem cometer um ataque a bordo de um avião da Air Uganda entre Campala (capital ugandense) e Juba (no sul sudanês)”, diz o texto. Por causa do alarme, um voo que fazia esse trajeto retornou à origem.

Fonte: Isabel Fleck (Correio Braziliense) - Fotos: aftermathnews / outlookindia.com

As medidas de segurança adotadas nos aeroportos de vários países

Estados Unidos

Vão reforçar a vistoria nos aeroportos, principalmente de passageiros que tenham origem ou vierem de 14 países considerados "patrocinadores" do terrorismo por Washington. A Administração da Segurança nos Transportes (TSA, na sigla em inglês) anunciou que foram comprados mais 150 escâners - hoje apenas 19 aeroportos possuem o aparelho -, que serão instalados ainda este ano, e que o governo pensa em adquirir mais 300.

Reino Unido

O primeiro-ministro, Gordon Brown, foi um dos primeiros líderes a anunciar que os aeroportos britânicos serão equipados com os escâners corporais. O novo equipamento digital não dispensará os procedimentos atualmente em uso para verificação de bagagens.

Holanda

Na quarta-feira, as autoridades holandesas anunciaram que, dentro de três semanas, serão adotados escâners corporais no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, para todos os voos com destino aos EUA. Atualmente, esse aeroporto possui 15 aparelhos, e o governo se comprometeu a comprar outros 60.

Alemanha

O governo alemão expressou o desejo de adotar os escâners corporais dentro de seis meses, em fase experimental. A ministra da tecnologia e investigação, Annete Schavan, disse acreditar que, nesta época, já estarão disponíveis uma nova geração de equipamentos, que "não violem os direitos de privacidade".

Itália

Os ministros do Interior e de Infraestrutura e Transportes anunciaram que, em no máximo três meses, serão iniciadas as primeiras experiências com escâner corporal nos aeroportos de Fiumicino (Roma), Malpensa (Milão) e Veneza. No total, os italianos comprarão dez aparelhos. O ministro da Saúde da Itália, Ferruccio Fazio, disse que os equipamentos só serão comprados após parecer favorável de sua equipe sobre a radiação liberada.

França

Ontem, o secretário de Transportes, Dominique Bussereau, disse que os aeroportos vão testar o escâner nos voos para os EUA, mas que eles só serão adotados se respeitarem a intimidade dos viajantes. O governo pretende ainda ampliar a lista de sete países cujos voos de origem serão mais monitorados para "20 ou 30".

Canadá

Colocará os escâners corporais em nove aeroportos, incluindo os de Toronto, Vancouver e Montreal.

Fonte: Correio Braziliense - Imagem: 3dx-ray.com

Fracasso das agências de inteligência dos EUA em impedir embarque de nigeriano demonstra vulnerabilidade a atentado

Analistas reconhecem perigo da Al-Qaeda e aconselham prevenção compartilhada

Um homem é retirado do voo após gritar ameaças contra os judeus, outro paralisa um aeroporto ao invadir uma área restrita para beijar a namorada, um terceiro se torna suspeito ao não permitir que sua bagagem de mão fosse revistada. Oito anos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, os norte-americanos voltam a enfrentar o medo de serem alvos de extremistas islâmicos. O temor foi potencializado pela recente tentativa de explosão do voo 253 da Northwest Airlines e pelo pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na noite de quinta-feira. “Como presidente, eu tenho a solene responsabilidade de proteger nossa nação e nosso povo e, quando o sistema falha, é minha a responsabilidade”, admitiu o mandatário.

A falha à qual Obama se referiu ocorreu no setor de inteligência, uma área considerada nevrálgica para a segurança interna. A incapacidade de o governo vislumbrar uma ameaça terrorista permitiu que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab acionasse os explosivos dentro do avião que fazia a rota Amsterdã-Detroit. Mas o serviço secreto dos EUA também incorreu em uma série de erros que levaram à destruição das torres gêmeas do World Trade Center e de parte do Pentágono.

“Não há dúvidas de que os Estados Unidos fracassaram em agir em relação a Abdulmultallab. Mas eu acharia ainda mais problemático se as autoridades não tivessem qualquer informação sobre o terrorista”, afirmou ao Correio, por e-mail, o norte-americano Edward Alden, especialista do Council on Foreign Relations — com sede em Washington — e autor de The closing of the american border (O fechamento da fronteira americana). De acordo com ele, o maior medo é que um atentado ocorra sem qualquer tipo de alerta. “No caso de Abdulmutallab, tivemos muitos sinais de que algo estava para ocorrer”, disse. Alden acredita que o desafio para os EUA é continuar a aprimorar suas capacidades, para agir mediante as informações e deter potenciais extremistas, antes que tenham sucesso.

Alden desqualifica o uso do termo “paranoia”. Na opinião dele, a ameaça do terrorismo claramente existe. “A rede Al-Qaeda pretende golpear os Estados Unidos e matar civis norte-americanos e de outros países”, reconhece. Ele considera problemático o fato de a ação de Abdulmutallab ter remetido ao atentado fracassado do britânico Richard Reid, que ganhou a alcunha de “homem do sapato-bomba”. Em 22 de dezembro de 2001, ele quase detonou os explosivos escondidos no calçado, no voo 63 da American Airlines entre Paris e Miami. “Os EUA e outras nações têm feito um esforço imenso para tentar prevenir justamente esse tipo de ataque”, observa.

Ameaça global

Por sua vez, o britânico MJ Gohel, especialista em terrorismo pela Asia Pacific Foundation (em Londres), admite o caráter transnacional do perigo apresentado pela Al-Qaeda e por grupos islâmicos afiliados. No entanto, não põe em xeque a capacidade de resposta das autoridades norte-americanas à ameaça. “Os serviços de inteligência e de segurança dos EUA estão totalmente preparados e têm sido muito eficientes na prevenção de ataques terroristas. Eles possuem uma compreensão muito boa sobre a Al-Qaeda e o movimento da jihad (guerra santa) global”, comentou.

Exatamente por isso, Gohel recebeu com perplexidade o primeiro discurso de Obama após o incidente — o presidente qualificou o ato como isolado. “Esse foi um complô altamente sofisticado, para perpetrar uma grande atrocidade sobre o solo dos EUA”, alertou. O analista da AP Foundation sustenta que nenhum país é capaz de garantir um nível de 100% de segurança. Em parte, por culpa da democracia. “Infelizmente, essas nações são abertas e tolerantes. Elas se abrem para ataques de elementos que utilizam de uma liberdade excessiva para destruir”, concluiu.

De acordo com ele, todos os países mantêm uma teia eficiente de dependência no compartilhamento de informações e de inteligência. “No caso da tentativa de atentado contra o voo da Northwest Airlines, os serviços de inteligência dos EUA dependiam dos serviços de segurança do aeroporto de Amsterdã para assegurar que todos os passageiros haviam sido monitorados”, explica Gohel. Por sua vez, Amsterdã dependia do aeroporto de Lagos (Nigéria). “Outro problema é que muitos aeroportos transferiram a responsabilidade da vigilância para empresas privadas. Na busca do lucro, essas companhias tendem a contratar funcionários mais baratos e nem sempre bem treinado”, acrescenta Gohel, que se opõe à terceirização desse tipo de serviço.

Falhas letais

Como a incapacidade da inteligência norte-americana de entender ameaças provocou o maior atentado da história e quase permitiu nova tragédia

11 de setembro de 2001

Movimentação financeira

Os 19 terroristas que explodiram as torres gêmeas do World Trade Center e parte do Pentágono gastaram cerca de US$ 270 mil nos Estados Unidos para a obtenção de passaportes e vistos, entre outras providências. Usaram bancos diferentes e abriram contas no próprio nome. As autoridades não desconfiaram de nada

Os serviços de inteligência sabiam que, entre 8 e 9 de setembro, o egípcio Mohammed Atta sacou, em um banco da Flórida, dinheiro depositado por um representante de Osama bin Laden nos Emirados Árabes Unidos. Atta devolveu o dinheiro não usado à mesma conta nos Emirados. Ninguém suspeitou dele

Aulas de pilotagem

Os extremistas Mohammed Atta, Khalid Al-Mihdhar, Nawaf Al-Hazmi, Waleed Al-Shehri, Wail Al-Shehri, Abdulaziz Alomari, Marwan Al-Shehhi e Ziad Samir Jarrah receberam instruções de voo dentro dos Estados Unidos. Foram os responsáveis por pilotar os quatro aviões sequestrados

Documentos forjados

Os conspiradores usaram identidades falsas para dificultar o rastreamento das autoridades. As agências de segurança também confundiram os nomes de suspeitos, por falta de domínio do idioma árabe

Aeroportos

Os terroristas conseguiram burlar a segurança dos aeroportos de Boston, Washington e Newark e entraram nos aviões com facas e estiletes

25 de dezembro de 2009

Denúncia na embaixada

O pai de Oumar Farouk Abdulmutallab procurou funcionários da Embaixada dos EUA, em Abuja (Nigéria), em 18 de novembro passado. Alegou que o filho recebia influências de extremistas e que ele pretendia viajar ao Iêmen. As autoridades não perceberam uma ameaça

Visto

Mesmo constando da lista de possíveis suspeitos de terrorismo, os EUA emitiram visto em nome de Abdulmutallab

Embarque em Amsterdã

As autoridades norte-americanas tinham informações suficientes sobre Abdulmutallab, inclusive o fato de ele ser um provável terrorista da organização Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP). Ainda assim, o nigeriano conseguiu embarcar no voo 253 da Northwest Airlines, em Amsterdã

Erro de inteligência

Os EUA tinham informações fragmentadas sobre Abdulmutallab, entre meados de outubro e fim de dezembro de 2009. As agências de inteligência sabiam que a AQAP preparava ataques iminentes contra americanos e interesses americanos no Iêmen. Mas falhou em ligar os pontos

Fonte: Rodrigo Craveiro (Correio Braziliense)

Tecnologia muda face do terrorismo

A Al-Qaeda mudou e o terrorismo assumiu uma nova face. Hoje, suas células podem estar em Londres, Sanaa ou mesmo dentro de uma base militar no Texas. São como franquias que seguem as ordens de líderes como Nasir al-Wahashy, comandante da Al-Qaeda na Península Arábica, tido como mais poderoso do que Osama bin Laden.

Recentemente, ele escreveu em uma revista islâmica um artigo aconselhando os militantes a realizar ataques mais simples, incluindo bombas improvisadas - justamente como ocorreu no fracassado atentado em um avião que aterrissaria em Detroit, nos EUA.

"Previmos que a maior parte dos ataques seria realizada por franquias jihadistas regionais, e não pelo comando da Al-Qaeda", diz uma análise recente da consultoria de risco Eurasia, que acredita que essa tendência continue em 2010.

A descentralização do terror é resultado do uso da tecnologia. O nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, responsável pelo atentado de Detroit, assistia aos vídeos do clérigo radical americano Anwar al-Awalaki no YouTube. O major Nidal Malik Hasan, que matou 13 pessoas em uma base militar no Texas, trocava e-mails com Awalaki. Ninguém precisou treinar em campos da rede terrorista. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: Yahoo! Notícias

Empresa israelense é criticada por não reconhecer terrorista

Apesar das claras falhas do serviço de inteligência norte-americano, uma empresa de segurança israelense também vem sendo criticada por não identificar o nigeriano Umar Farouk Abdulmuttalab, suspeito de tentativa de ataque terrorista no dia de Natal nos Estados Unidos, conforme informou hoje o jornal Haaretz, de Israel.

A companhia ICTS Internacional não impediu o homem de 23 anos, que carregava uma bomba, de embarcar em um voo de conexão, embora houvesse diversos sinais de riscos. "Mesmo que a inteligência dos Estados Unidos tenha falhado e o nome do passageiro nigeriano não tenha se mostrado suspeito para o voo, ele deveria ter despertado a desconfiança dos oficiais de segurança (de Israel)", afirmou o jornal. "Sua idade, nome, trajeto pouco lógico, tíquete de preço elevado e comprado na última hora, seu embarque sem bagagem e muitos outros sinais deveriam ter sido suficientes para alertar as autoridades de segurança e garantir um exame mais detalhado do suspeito."

A empresa israelense é responsável por serviços de segurança em aeroportos de 11 países, inclusive França, Reino Unido, Espanha, Hungria, Romênia e Rússia, segundo a reportagem. Ela foi criada em 1982, por antigos agentes do serviço de segurança interno de Israel Shin Bet e da companhia aérea El Al.

Na sexta-feira, Abdulmutallab alegou ser inocente das seis acusações feitas contra ele, incluindo a tentativa de assassinato de 290 pessoas a bordo do voo da Northwest Airlines, que partia de Amsterdã (Holanda) com destino a Detroit (Estados Unidos). Se condenado, receberá a pena de prisão perpétua.

Filho de um importante banqueiro, Abdulmutallab foi preso depois do fracasso do plano da Al-Qaeda de explodir o avião, quando a bomba que estava na roupa íntima do nigeriano não detonou. O fato deixou os aeroportos de todo o mundo em alerta e os Estados Unidos adotaram medidas de escaneamento pessoal, entre outras formas de intensificação da segurança. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Filipe Domingues (Agência Estado) via Estadão

Senadores dos EUA pedem sanções por atentado frustrado

Dois influentes senadores americanos pediram neste domingo que sejam punidos os diretores de inteligência que falharam em prevenir o atentado frustrado contra um avião da Northwest Airlines no dia do Natal.

Ex-candidatos à presidência americana, os senadores John McCain (E) e Joseph Lieberman durante entrevista coletiva em Islamabad, Paquistão

"Alguém ter que ser responsabilizado", declarou o senador republicano John McCain, candidato à última eleição presidencial americana, à rede CNN.

"Se erros humanos foram cometidos, acho que os responsáveis por estes erros têm de ser punidos, para que isso não aconteça nunca mais", concordou o senador independente Joe Lieberman, que preside a comissão da segurança interna e dos assuntos governamentais do Senado.

McCain e Lieberman estão atualmente no Oriente Médio.

"Acho que algumas pessoas terão de prestar contas sobre estes erros que, como admitiu o presidente Barack Obama, permitiram ao nigeriano entrar no avião com uma bomba", acrescentou Lieberman.

No dia 25 de dezembro, Umar Faruk Abdulmutallab, um nigeriano de 23 anos, tentou explodir um avião da Northwest que fazia a ligação entre Amsterdã e Detroit (norte dos EUA) com 290 pessoas a bordo. Ele foi neutralizado por passageiros antes de ser isolado pela tripulação.

As falhas da inteligência americana, que fora avisada pelo próprio pai do suspeito de que ele podia constituir um perigo, levaram Obama a ordenar uma ampla reforça destes serviços.

O presidente chamou para si a responsabilidade dos erros cometidos.

"Como presidente, tenho a responsabilidade de proteger nosso país e nossos compatriotas. Quando o sistema falha, sou responsavél", disse ele na quinta-feira.

Fonte: AFP

Bósnio é acusado de planejar novo atentado contra Nova York

Um bósnio foi detido na sexta-feira (8/1) durante uma investigação sobre uma presumível tentativa de atentado em Nova York, vinculado à Al-Qaeda, tendo sido acusado, neste sábado, de conspiração para cometer assassinato, pelo Tribunal Federal dos Estados Unidos no Brooklyn.

Adis Medunjanin foi preso junto com o chofer de táxi Zarein Ahmedzay, ambos sócios de um imigrante afegão acusado, por sua vez, de uma trama anterior para fazer explodir uma bomba em Nova York. Ahmedzay também havia sido acusado de prestar falso testemunho ao FBI.

Medunjanin e Ahmedzay trabalhariam com Najibullah Zazi, afegão acusado de ter comprado produtos químicos e planejado um ataque durante o aniversário, no ano passado, do 11 de setembro.

Segundo o New York Times, citando fontes anônimas, os dois homens visitaram o Paquistão em 2008 junto com Zazi. Eles são considerados, pelo jornal, os principais suspeitos de uma tentativa de assassinato em massa.

Fonte: AFP - Imagem: The Sun

Falha em trem de pouso causa acidente em Nova Jersey (EUA)

O Airbus A319-131, prefixo N816UA, da United Airlines ficou com parte da 'barriga' e da asa caida na pista do Aeroporto Internacional Newark Liberty, em Nova Jersey, nos EUA, na manhã deste domingo (10) após o trem de pouso direito não ficar implantado corretamente durante a aterrissagem.

O voo UA-634, que vinha do Aeroporto O'Haree, em Chicago, estava se aproximando do aeroporto Newark pouco antes das 9:30 (hora local) quando a tripulação informou a torre que havia um problema com um de seus trens de pouso e abortou a abordagem para a pista 04R.

O avião passou a circular em volta do aeroporto buscando uma solução para o problema. Em seguida, realizaram uma passagem baixa sobre a pista 11 para que o pessoal em solo fizesse uma inspeção visual do trem de pouso.

Posteriormente, aterrissou na pista 04L com o trem principal direito retraído. O avião pousou utilizando o trem de pouso principal esquerdo e o trem do nariz, mas com o motor nº 2 tocando o solo. Após parar, a aeronave, sem o apoio do trem de pouso principal direito, desabou para esse lado, causando mais danos na aeronave. A extensão desses danos ainda está sendo determinada.

Os 48 passageiros e os cinco tripulantes 53 pessoas sairam do avião através de rampas infláveis (slides) em segurança. Ninguém se feriu.

A United Airlines informou que o trem de pouso principal direito não conseguiu implantar-se na íntegra.

A FAA informou que o trem de pouso principal direito não se estendeu completamente.

Fontes: ASN / Aviation Herald / The New York Times / msnbc.com - Fotos: Kathy Willens (AP) / NYCinvestigates (via Twitter) - Mapa: Cortesia/Google Earth

Avião da TAM apresenta problemas e atrasa decolagem no Aeroporto de Belém

O voo TAM 3421 que estava previsto para decolar às 12h05 com destino ao aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, apresentou problemas e decolou mais de duas horas depois do previsto do Aeroporto Internacional de Belém.

Segundo informações de um passageiro da aeronave, todos chegaram a embarcar no avião onde permaneceram por cerca de 1 hora em solo, ao tentar decolar o avião teria apresentado problema. Todos os passageiros desembarcaram e aguardaram uma solução da empresa áerea.

De acordo com a assessoria de imprensa da TAM em São Paulo, a aeronave passou por uma manutenção não programada e decolou às 14h50, horário local.

Fonte: Portal ORM

Dois casos de assédio sexual em voos na Índia (2)

DOMINGO - VOO DA AIR INDIA

No incidente deste domingo (10), um Airbus A320-200, da Air India, que realizava o voo IC-537, entre Dubai, nos Emirados Árabes para Calicut (kozhikode), na Índia, teve que ser desviado para Bombaim, na Índia, devido ao mal comportamento de um de seus passageiros, identificado como Shakti P, de 28 anos.

O passageiro indisciplinado assediou uma passageira que dormia sentada ao lado dele no avião.

Sobre o passageiro Shakti P, um funcionário da Air Índia, disse: "Primeiro de tudo, ele estava bêbado e foi pego fumando no banheiro. Mais tarde, quando voltou ao seu lugar, ele se comportou mal com uma passageira e tentou tocá-la de forma inadequada."

Alertado pela tripulação, "o piloto decidiu desviar o voo para Bombaim (Mumbai), no interesse da segurança dos passageiros", disse um porta-voz da Air India.

Quando o voo IC-537 pousou no Aeroporto Internacional de Bombaim às 18:15 (hora local), os tripulantes entregaram o acusado às autoridades da CISF (Central Industrial Security Force), informou o porta-voz da companhia aérea.

O voo partiu para seu destino - Calicut - às 19:20. Nenhuma ocorrência foi registrada na polícia, informaram os funcionários do aeroporto.

Fontes: economictimes.indiatimes.com / dnaindia.com / Aviation Herald

Dois casos de assédio sexual em voos na Índia (1)

SÁBADO - VOO DA JET AIRWAYS

Este mês de janeiro parece ser o mês dos ataques sexuais em voo. Depois do ocorrido na última quarta-feira, quando três jogadores do Churchill Brothers foram presos por molestar uma aeromoça, mais três incidentes com passageiros comportando-se mal com as mulheres ocorreram, os dois últimos, um por volta da meia-noite de sábado e o outro neste domingo.

O autor do incidente de sábado (9), Bruno Augustin D'Souza, 53, trabalha como comandante de navio, e viajava na classe econômica de um avião da Jet Airways, realizando o voo 9W075 entre Hong Kong e Bombaim (Mumbai), na Índia.

Segundo a polícia, D'Souza, 56, começou a apresentar mau comportamento após ser servido o jantar e as bebidas. "Parece que ele havia consumido bebidas alcoólicas, mesmo antes do embarque e lhe foram servidas três doses a bordo", disse um policial.

Um consultor de investimento, que viajava no mesmo avião, disse, "Eu estava voltando do banheiro quando eu o vi discutir com a tripulação na área de trás do avião. Ele estava pedindo água. Quando a equipe entregou-lhe um copo, ele exigiu que a água fosse servida para ele em seu lugar. Quando tentei passar, ele me empurrou. A tripulação avisou que seria necessário desviar o avião e entregá-lo à polícia. Eles o fizeram ir para seu assento, mas ele voltou para a cozinha. Isso continuou por cerca de 30 minutos."

Uma fonte da companhia disse que "ele repetidamente ia até a cozinha usando vários pretextos. Ele empurrou um membro da tripulação ao ir ao banheiro e tentou tocar numa aeromoça."

Um policial disse: "D'Souza disse que queria usar o banheiro como desculpa para voltar à cozinha. Ele tocou uma aeromoça e puxou-a para ele. Ele disse-lhe: 'Eu vou fazer xixi. Você pode vir aqui comigo?' Foi aí que os outros membros da tripulação intervieram e forçaram a ir de volta ao seu assento. Entretanto, ele continuou gritando."

Finalmente, a meia-noite e meia, o avião pousou em Bombaim e ele foi entregue pela segurança aérea para o CISF (Central Industrial Security Force), que o encaminhou à polícia.

D'Souza, residente na localidade indiana de Vasai, foi levado para o Hospital para exames médicos e foi confirmado que ele estava sob a influência de álcool. Ele foi autuado no artigo 354 (abuso sexual) e 504 (injúria com a intenção de provocar a ruptura da paz) do Código Penal Indiano e foi levado a julgamento. Ele foi libertado sob fiança.

Um porta-voz da Jet Airways disse neste domingo que o caso foi de comportamento agressivo e não de abuso sexual. Posteriormente, a companhia aérea emitiu um comunicado de imprensa, que dizia: "A Jet Airways confirma que, em sua rota Hong Kong a Mumbai, ontem, 09 de janeiro de 2010, um dos passageiros a bordo, que parecia estar bêbado, teve comportamento perturbador e abusivo. De acordo com os procedimentos nacionais e internacionais, à chegada ao Aeroporto Internacional Chhatrapati Shivaji em Bombaim, o indivíduo em causa foi entregue à segurança do aeroporto."

Fontes: mumbaimirror.com / telegraphindia.com

Colisão com pássaro causa pouso de emergência na Rússia

BIRD STRIKE

Um avião vindo da Suíça teve que retornar e fazer um pouso de emergência logo após a decolagem do Aeroporto Pulkovo (foto), em São Petersburgo, neste domingo (10), após um pássaro ser sugado por um de seus motores.

O Airbus A319-112, prefixo HB-IPT, da Swiss Airlines, havia decolado às 15:00 (hora local) para o voo LX-1311, entre São Petersburgo, na Rússia e Zurique, na Suiça, com 123 passageiros e sete tripulantes.

"Após a decolagem do avião às 3:00 pm (12:00 GMT), a tripulação informou as autoridades que havia vibrações num dos motores", disse um funcionário do escritório regional do Ministério Público da Rússia.

"O controle revelou que as vibrações foram causadas pela presença de um pássaro em um dos motores", completou.

Ninguém ficou ferido, disseram agências de notícias russas.

Fontes: AFP / Avation Herald

Avião iraniano sai da pista na Ucrânia

O avião envolvido no incidente fotografado em 18/03/09 em aproximação para o Aeroporto de Teerã, no Irã

Neste sábado (9) o avião Ilyushin IL-76, prefixo EP-GOM, da empresa aérea iraniana Yas Air, saiu da pista no Aeroporto Internacional Boryspil, em Kiev, na Ucrânia.

A aeronave, com 13 pessoas a bordo, virou para a direita e saiu da pista de pouso no momento da aterrissagem, fazendo um giro de quase 180 graus, segundo informação do serviço de imprensa do Ministério dos Transportes e Comunicações da Ucrânia.

O incidente ocorreu às 16:13 (hora local), após a condução da aeronave vazia na rota entre Teerã, no Irã e Kiev, na Ucrânia. Como resultado, o Ilyushin sofreu danos na fuselagem e no trem de pouso do nariz.

A bordo estavam oito tripulantes e cinco técnicos. Foi instaurada uma comissão para investigar as causas do incidente.

Fontes: Korrespondent.net / Aviation Herald - Foto: Taha Ashoori - Iranian Spotters (Airliners.net)

Neve atrapalha planos de milhares de viajantes na Europa

A neve e o gelo atrapalharam os planos de viagem de milhares de pessoas na Europa neste domingo, fechando o aeroporto de Genebra num dos fins de semana mais movimentados do ano e levando uma parte do litoral báltico da Alemanha a declarar estado de calamidade pública.

Milhares de passageiros ficaram presos no aeroporto de Cointrin (foto), em Genebra, na Suíça, depois que uma nevasca à noite o manteve fechado até o meio-dia.

"Foi a primeira vez desde 1985 que tivemos tanta neve na pista", disse o porta-voz do aeroporto Bertrand Staempfli na rádio suíça de língua francesa ao meio-dia, quando as primeiras partidas começaram.

Os atrasos já eram esperados e passageiros frustrados fizeram longas filas para tentar remarcar seus vôos no aeroporto, por onde se esperava que 100 mil pessoas passassem neste fim de semana.

Muitos esquiadores britânicos, alemães e de outras partes da Europa usam o aeroporto de Genebra para chegar até estações de esqui famosas na Suíça e na França, inclusive Verbier.

Centenas de motoristas tiveram de abandonar seus automóveis na estado de Mecklenburg-Vorpommen, no nordeste da Alemanha, onde houve a precipitação de 25 centímetros de neve. O distrito de Ostvorpommern declarou estado de calamidade pública, disseram autoridades locais.

As escolas no estado todo permanecerão fechadas na segunda-feira.

Na Polônia, pelo menos 200 mil residências ficaram sem energia elétrica e as pessoas tiveram de ser retiradas de um shopping na cidade de Leszno, no leste do país, quando o teto começou a ceder por causa do peso de um metro e meio de neve, segundo os serviços de resgate do país.

Um porta-voz da polícia disse que desde que o clima frio começou em outubro, 152 pessoas já foram encontradas mortas congeladas na Polônia.

Na ilha alemã de Fehrman, no mar Báltico, aproximadamente 5 mil residentes ficaram isolados em casa por causa das nevascas. Outros ficaram presos dentro de seus carros por horas na estrada A20 porque as máquinas normais de retirar neve não conseguiam alcançá-los, disseram autoridades.

A rede ferroviária nacional alemã Deutsche Bahn disse que vários trens de passageiros ficaram presos em montes de neve e que muitas rotas locais de trens no norte do país tiveram de ser interrompidas.

O clima já causou mais de 1.100 acidentes nas estradas desde sábado na região do Reno-Vestfália, o estado mais populoso da Alemanha, segundo o governo regional.

Noventa e um voos foram cancelados neste domingo no aeroporto de Frankfurt, o mais movimentado da Alemanha. No sábado, foram 225.

Na Inglaterra, a indústria química Ineos disse que cancelou o envio de 12 mil toneladas de sal para a Alemanha para que pudesse ser utilizado nas estradas inglesas.

Fonte: Stephanie Nebehay, Dave Graham, Rob Strybel e Christina Fincher (Reuters) via O Globo - Foto: merinet.com

Alemães tiram a roupa em protesto contra scanners corporais

Membros do Partido Pirata ficaram em trajes íntimos em aeroporto da capital alemã

Um grupo de integrantes do Partido Pirata da Alemanha ficou tirou a roupa neste domingo, 10, no aeroporto Berlin-Tegel, na capital, para protestar contra o uso de scanners corporais, aparelhos que permitem aos fiscais identificar o que se usa por baixo da roupa. O país começará a usar o instrumento em meados deste ano.

A Alemanha e outros países europeus resolveram adotar o scanner corporal em aeroportos depois do frustrado atentado que um nigeriano tentou cometer no dia de Natal num voo Amsterdã-Detroit. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama afirmou que vai intensificar o uso do aparelho.


Fonte: estadao.com.br (com EFE e Reuters) - Fotos: Klaus-Dietmar Gabbert/Reuters

Passageiros da TAP passam noite sem comida e sem ajuda em Lyon

O grupo de viajantes que ficou retido em Lyon (França) passou 12 horas sem comida e sem qualquer ajuda da TAP.

Neve no aeroporto de Lyon

São cerca de 40 passageiros, entre os quais crianças, que se sentem “deixados ao seu destino”.

“O autocarro deixa-nos ficar no meio da neve, num sítio que ninguém conhecia, com um hotel fechado e fomos nós que tivemos de encontrar a solução para isso”, revela José António Falcão, um dos viajantes.

O mesmo passageiro afirma que o grupo compreende que o nevão é “um fenómeno extraordinário”, lembra que ele estava previsto, pelo que deviam ter sido adoptadas medidas adequadas e desencadeados os “mecanismos para orientar, acompanhar e prestar o auxílio necessário aos passageiros”.

A Renascença contactou o gabinete de comunicação da TAP, que disse não poder para já dar qualquer tipo de informação, dado ainda estar a recolher dados sobre este grupo de passageiros.

Fonte: Rádio Renascença

Novo aeroporto de Lisboa ainda sem data para avançar

Dois anos após a escolha de Alcochete

A opção pelo Campo de Tiro de Alcochete foi legitimada pelo estudo comparativo elaborado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que apontou a localização da infra-estrutura na margem Sul como "globalmente mais favorável" do que na Ota, localização confirmada em 1999.

Neste momento, o projecto, que representa um investimento de cerca de 4,9 mil milhões de euros (incluindo a construção e o valor a investir no período da concessão), está em fase de estudo de impacto ambiental, um trabalho que deverá estar concluído em Fevereiro, disse recentemente à Lusa fonte oficial da Naer - Novo Aeroporto.

No entanto, acrescentou a mesma fonte, "se tudo decorrer na perfeição - sem ser necessário prestar esclarecimentos adicionais ou responder a dúvidas -, o processo pode estar terminado entre Outubro e Dezembro" deste ano.

Isto porque, depois de concluído, o estudo é enviado para a Agência Portuguesa de Ambiente (APA) que, além de verificar se todas as exigências são cumpridas, poderá pedir esclarecimentos.

Após a emissão do certificado de conformidade da APA, tem início a análise do estudo, o que inclui um período de consulta pública.

Depois de o anterior ministro das Obras Públicas, Mário Lino, ter anunciado que o concurso para a construção do aeroporto seria lançado no primeiro semestre de 2009, o que acabou por não acontecer, o actual Executivo ainda não avançou uma nova data.
O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, já reconheceu que o processo está "bastante atrasado".

"Já estamos bastante atrasados. Acho que era algo que já devia ter começado há mais tempo e portanto é algo que temos de acelerar", disse António Mendonça, na semana passada, em Aveiro.

O ministro rejeitou ainda a ideia de que os atrasos no processo do novo aeroporto estejam a condicionar a privatização da ANA, empresa gestora dos aeroportos nacionais.

"O assunto [privatização da ANA] continua em estudo. A seu tempo será esclarecido tudo o que houver a dizer sobre essa matéria, mas eu não queria avançar muito mais do que aquilo que já é conhecido", disse António Mendonça.

Fonte: Agência Lusa via JM Online - Imagem: Cortesia/Google Earth

Menos passageiros no Aeroporto da Madeira em 2009

Tráfego diminuiu 4,1% em 2009, mas mercado interno aumentou 11,9%

Segundo os dados estatísticos divulgados pela ANAM - Aeroportos da Madeira, o tráfego de passageiros no Aeroporto da Madeira registou em 2009 uma queda de 4,1% face a 2008.

Assim, no ano passado, o Aeroporto da Madeira recebeu um total de 2.348.040 passageiros, menos 100.534 do que em 2008.

No que se refere ao movimento de aeronaves, esta infraestrutura aeroportuária também registou no ano passado uma queda de 3,1% face a 2008, com um total de 25.162 movimentos de aeronaves.

A queda no número de passageiros ficou a dever-se à redução do tráfego internacional, que em 2009 teve uma quebra de 16,6% face a 2008. Assim, o Aeroporto da Madeira recebeu no ano transacto 1.145.736 passageiros provenientes dos voos internacionais, menos 227.910 do que em 2008.

Tráfego doméstico aumentou 11,9%

Pelo contrário, o tráfego de passageiros proveniente dos voos domésticos registou uma subida de 11,9% em 2009. Pelo Aeroporto da Madeira passaram um total de 1.190.075 passageiros em voos domésticos, mais 126.154 do que em igual período de 2008.

Fácil é concluir que foi graças ao aumento de passageiros provenientes do mercado interno que o Aeroporto da Madeira conseguiu limitar as perdas de passageiros em 2009, ano marcado pelas consequências da crise financeira internacional, que fizeram com que o tráfego de passageiros nos aeroportos tivesse uma diminuição a nível internacional e nacional.

No que se refere ao Aeroporto do Porto Santo, os dados da ANAM apontam para uma quebra de 8,4% no tráfego de passageiros em 2009, com um total de 121.034 passageitros.

No que se refere aos dados do mês de Dezembro, o Aeroporto da Madeira teve uma quebra de 4,4% no número de passageiros face a igual mês de 2008. No total, passaram por este aeroporto 161.749 passageiros.

Também neste mês a quebra ficou a dever-se à redução do tráfego de passageiros nos voos internacionais (-15,7%), uma vez que os passageiros em voos domésticos aumentaram 6,5%.

Fonte: Augusto Soares (JM Online - Portugal) - Foto: madeira24.com

Aeroporto Internacional de Macau utilizado por 4,25 milhões de passageiros em 2009

Aeroporto de Macau com menos passageiros e carga em 2009

O Aeroporto Internacional de Macau foi utilizado por 4,25 milhões de passageiros em 2009, uma quebra de 16,6 por cento relativamente a 2008, afirmou o presidente da Companhia do Aeroporto de Macau (CAM), Deng Jun.

No mesmo perído, a CAM processou 52 mil toneladas de carga e registou 40 mil movimentos de aeronaves, escreve hoje a agência MacauNews.

Deng Jun reconheceu igualmente que, quando comparados com 2008, os números relativos à carga processada apresentam uma quebra de 48 por cento e que os relativos ao movimento de aeronaves caíram quase 20 por cento.

O presidente da CAM, que falava no final de uma assembleia extraordinária de accionistas, precisou que os números atingidos em 2008 estão em consonância com as metas estabelecidas pelos accionistas.

Deng Jun informou ainda estar quase concluído um plano de desenvolvimento quinquenal a ser apresentado ao governo de Macau após a aprovação pelos accionistas, o que deverá acontecer em Março próximo.

O aeroporto internacional de Macau começou a funcionar em Novembro de 1995 e ao longo dos seus 14 anos tem funcionado como placa de trânsito para os voos semi-directos entre Taiwan e a China.

Actualmente, dispõe de voos que efectuam ligações directas com a China, com alguns países do Sudeste Asiático e a Austrália.

Fonte: ABN - Agência Brasileira de Notícias - Foto: Wikipédia

O que Cabral gastou em viagens ao exterior

Cabral gasta lá fora em 1 ano quase tanto como Rosinha em 4

Gasto do Estado com diárias no exterior chegou a R$ 2,3 milhões em 2009; governo afirma que despesa foi menor

A campeã de gastos com diárias foi Adriana Novis Leite Pinto, que recebeu no ano passado R$ 50.676,50; Cabral obteve R$ 31.653,80


O governo Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, gastou com diárias no exterior em 2009 quase tanto quanto a antecessora Rosinha Matheus consumiu em quatro anos (2003-06).

O total de gastos do Estado só com o pagamento de subsídios fora do país para o governador, secretários, funcionários e assessores civis foi de R$ 2,3 milhões em 2009, R$ 1,498 milhão em 2008 e R$ 735 mil em 2007 (valor corrigido), segundo o Siafem (Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios).

Nos três anos de gestão, já foram R$ 4,53 milhões. A média de gastos por ano é mais que o dobro da do governo anterior.

Os totais não incluem despesas com passagens aéreas, só hospedagem e alimentação. O custo de passagens (internacionais e nacionais) em 2008 (R$ 686.439,63) e 2007 (R$ 593.243,02) superou o gasto com hotéis e alimentação no exterior em 2006 e 2003.

Cabral recebeu em diárias R$ 31.653,80 em 2009. No ano anterior, ganhara R$ 35.848,62. No total dos dois anos, esses pagamentos ao governador chegam a R$ 67.502,42, o que corresponde a cinco meses de seu salário atual (R$ 13.403,25).

Cabral ocupa no governo a quinta posição no ranking de quem mais gastou no exterior. A campeã no Estado em diárias é a subsecretária de cerimonial do Estado, Adriana Novis Leite Pinto: recebeu R$ 93.062,63 para suas despesas só nos dois últimos anos, valor 38% superior ao montante entregue a Cabral. Em 2009 Adriana teve reembolso de R$ 50.676,50.

O governo diz que ela recebe mais porque "exerce função essencial nas viagens e precisa viajar com antecedência para realizar reuniões precursoras".

Logo atrás vem a secretária de Esportes, Márcia Lins, que ganhou R$ 82.418,43 em diárias nos dois últimos anos (R$ 47.641,30 em 2009 e R$ 34.777,13 em 2008). O valor total corresponde a oito meses de seu salário (R$ 10.017,02).

Em 2009, a secretária esteve em oito países (EUA, Inglaterra, Suíça, Holanda, Alemanha, França, Dinamarca e África do Sul) entre março e dezembro.

Márcia esteve envolvida no esforço do Estado para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016, fato que mais consumiu recursos no exterior em 2009, com R$ 216 mil.

O pagamento é depositado nas contas dos funcionários. Não é preciso apresentar notas.
O governo afirma que o gasto com diárias em viagens internacionais em 2009 foi de R$ 1.852.380,55 e não de R$ 2,3 milhões, como diz o Siafem.

Fonte: Raphael Gomide (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: bahianoticias.com.br

Quem manda de verdade não precisa ficar dizendo isso

Qualquer manual de instruções sobre o bom exercício da chefia, mesmo os que não são lá nenhuma obra-prima, traz sempre uma regra clara. Toda vez que o chefe diz "aqui quem manda sou eu", cuidado - é sinal de que alguma coisa está errada, para ele, para os subordinados ou para ambos. Quem manda de verdade não precisa ficar dizendo isso; se diz, é porque acha que não está mandando como gostaria, ou, pior ainda, é porque os outros não acreditam que mande mesmo, a começar pelos que deveriam obedecer a suas ordens. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nestes últimos tempos, está começando a falar muito que quem manda é ele. Por que será? Aconteceu mais uma vez na semana passada, agora em relação a essa esquisita história dos 36 jatos que o Brasil quer comprar, mas parece não estar conseguindo, para renovar a frota de caças da Força Aérea Brasileira.

Concorrem como vendedores três modelos, um americano, um sueco e um francês; o governo não quer o americano porque é americano, e não quer o sueco porque está querendo mesmo o francês. Trata-se do modelo mais caro, com o menor alcance e a característica de não ter sido comprado até agora por nenhum país, salvo a própria França. Nada disso, assegura o governo brasileiro, tem nenhuma importância; há outras questões a considerar, complicadas demais para o entendimento dos leigos que pagarão essa conta, sendo a principal delas a formação de uma "parceria estratégica" com a França. Só Deus sabe o que seria essa "parceria estratégica" na vida real - espera-se que seja coisa boa, pois se for coisa ruim não vai dar para consertar mais tarde, quando os aviões estiverem comprados e pagos. Em todo caso, Lula e os cérebros internacionais do governo estão convencidos de que a compra do avião francês é fundamental para os seus projetos de reorganização geopolítica do planeta. O diabo é que a Aeronáutica brasileira, a quem cabe voar com os jatos, preparou um relatório técnico no qual fica claro, conforme antecipou a coluna Radar na última edição de VEJA, que o modelo com mais vantagens é o sueco. Pronto: o presidente ficou bravo, partiu para um "aqui quem manda sou eu" e avisou que a FAB vai comprar, no fim das contas, o modelo que ele achar melhor.

Eis aí, é claro, o tumulto formado. "Essa visão da Aeronáutica é equivocada e parcial", disse o deputado e líder petista José Genoino, recém-saído do purgatório para onde fora enviado pelas desventuras do homem-cueca, personagem inesquecível do mensalão. "Não se pode comprar equipamento militar como se fosse um objeto de prateleira num shopping." É um alívio para todos, realmente, receber essa informação do deputado; os brasileiros podem, a partir de agora, ficar sossegados, pois ele nos garante que ninguém do governo, ou da FAB, vai entrar numa loja das Casas Bahia e sair de lá com 36 jatos supersônicos no carrinho de compras. Muito justo, mas, se a Aeronáutica não tem condições de entender os altos propósitos estratégicos do país, nem de tomar uma decisão sobre os caças que deve utilizar em sua própria frota, por que, então, pedir a sua opinião sobre o assunto? Para que perder tempo, fazer viagens de estudo, gastar dinheiro e escrever relatórios se o presidente da República já resolveu que modelo o Brasil vai comprar? É como se os oficiais envolvidos no processo tivessem recebido a seguinte instrução: aprovem o modelo que quiserem, desde que seja o francês.

Quando resolveu fechar esse negócio do seu jeito, e de nenhum outro, o presidente Lula bem que poderia ter ficado quieto, dado as ordens que caberia dar e anunciado, um belo dia, que a compra estava feita. Em vez disso, saiu falando em público de suas preferências, deixou promessas no ar e agora tem de escolher entre dois males: ou desautoriza a força aérea que comanda ou não cumpre o que prometeu aos franceses ou deu a entender que estava prometendo. A situação não melhora em nada, é claro, quando se considera a tenebrosa reputação que o governo vem construindo sempre que se dispõe a comprar alguma coisa e pagar por ela; conforme demonstrado na mesma VEJA da semana passada, o metro cúbico pago numa obra federal tem a mania de custar o dobro, o triplo ou muito mais do que custa pelos preços correntes no mercado, seja em fundações, drenagem de areia ou tubos de aço-carbono. Para quebrar essa escrita, uma transação de impacto mundial como a dos jatos da FAB deveria estar sendo feita com a maior exposição possível à luz do sol. É o contrário, justamente, do que se vê.

Fonte: J.R. Guzzo (Veja.com)

Sob pressão, França defende custo de caça

Diretor da Dassault destaca que Rafale é "100% francês" e afirma que, "no longo prazo", investimento trará "menos riscos"

Diretor do programa sueco defende que diversidade de origens de componentes é o que permite reduzir o preço de seu modelo


Sob pressão desde que a FAB decidiu pelo caça sueco Gripen NG para reequipar a frota, os até então favoritos franceses decidiram assumir o alto custo de seu avião na disputa como sinal de que ele é opção de menos risco para o Brasil.

"Nosso produto pode ser mais caro que o sueco, mas é preciso ver que no longo prazo esse investimento trará menos riscos e, provavelmente, menos custos à FAB", disse o diretor da fabricante francesa Dassault no Brasil, Jean-Marc Merialdo.

O avião é o Rafale F3, a mais recente versão do caça que será padrão das Forças Armadas francesas, mas que até aqui não foi comprado por nenhum país.

Sua defesa bate com o princípio defendido pelo Ministério da Defesa para apoiar o pleito francês: independência tem custo, e Brasil e França têm parceria estratégica em curso.

No relatório técnico dos militares, que está sob análise do ministro Nelson Jobim (Defesa), o Gripen venceu basicamente por ser mais barato na compra e na manutenção, além de dar à indústria nacional a possibilidade de compartilhar o conhecimento de desenvolvimento do produto -o caça, versão avançada de um já existente, está na fase de protótipo.

Já o Rafale e o americano Boeing F/A-18 são mais caros e produtos já prontos. As vantagens são de performance: têm duas turbinas e maior capacidade bélica, mas a FAB considerou que todos serviriam para as missões previstas em seu ciclo de vida -de 30 a 40 anos.

Logo, preço e pacote oferecidos falaram mais alto. Merialdo, ressaltando não conhecer o relatório militar que foi adiantado pela Folha na terça-feira passada, vê de forma diferente.

"O Rafale é hoje 100% francês. Significa que não há risco de problemas de integração entre sistemas diferentes, e não haverá quando a indústria brasileira participar de sua construção. Quando você monta um avião com peças de vários fornecedores, o risco que corre é o de ver algo não funcionar lá na frente e ter mais gastos."

É uma estocada no Gripen, que tem um terço de seus componentes feitos na Suécia, outro terço nos EUA e outro, em países europeus.

Para os suecos, a diversidade dá o ganho de escala e permite baixar o preço do avião. "Hoje, é a solução mais lógica", diz o diretor do programa Gripen no Brasil, Bengt Janér.

O caso do F-18 é análogo ao do Rafale, mas seus custos são mais baixos porque a indústria bélica americana é de grande escala. Já há mais de 350 Super Hornets voando.

Os valores envolvidos são sigilosos. Há especulações a partir das ofertas finais dos concorrentes antes de o presidente Lula anunciar a vitória do Rafale sem que a FAB tivesse feito a seleção técnica.

Sobre transferência de tecnologia, Merialdo afirma que o Rafale permite um "upgrade constante". A Dassault diz que a partir do sétimo avião, a montagem será feita no Brasil, e na metade do processo o avião estará nacionalizado. Americanos e suecos sugerem a montagem também na Embraer.

Fonte: Igor Gielow (jornal Folha de S.Paulo)

No carnaval, passagem aérea pode ficar até pela metade do preço da de ônibus

Em fevereiro, todos os caminhos conduzem à folia. Mas é bom ficar atento aos preços cobrados pelas viações rodoviárias e empresas aéreas nesta época. Uma pesquisa do Extra mostra que, para cidades com pouca tradição de folia, como São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), os bilhetes de avião saem pela metade do preço cobrado na rodoviária. Para Belém (PA), por exemplo, a passagem de ônibus custa quase o dobro (92%).

Entre os destinos mais procurados para a festa, porém, a melhor opção, apesar de mais demorada, é pegar a estrada. A diferença de tarifas chega a 173%, como no caso de uma viagem para Salvador, em que o bilhete aéreo mais em conta custa R$ 874 e o de ônibus, R$ 320. Isso porque entre os voos para o Nordeste, vale a lei da oferta e da procura.

- Nordeste nessa época é caríssimo. Avião só na baixa temporada - disse Valter Ramos, sócio da VRM Turismo, em Rio das Pedras.

O levantamento considerou partidas do Rio para 26 capitais do país no carnaval.

Fonte: Bernardo Moura (Extra Online)