quarta-feira, 31 de julho de 2024

Aeronaves executivas que foram além do transporte VIP

Algumas aeronaves de negócios foram além do transporte VIP e caçam furacões, mísseis nucleares e realizam voos em estações de esqui.

NC-37B foi criado para coletar uma série de dados táticos (Imagem: Divulgação)
Quando se pensa em aviação de negócios, logo vem à mente a cena de um executivo de terno e gravata conversando ao celular ou em reunião a bordo de um imponente jato. Mas nem sempre as aeronaves largamente utilizadas no transporte VIP se prestam apenas a esse tipo de missão. Em diferentes circunstâncias, aviões e helicópteros vestem outros uniformes, servindo a uma infinidade de operações que nada lembram o clichê.

Rastreamento de Mísseis


Recentemente, o G550 foi extensamente modificado para se tornar uma aeronave especializada em rastreamento de mísseis. 

Designado NC-37B, o modelo recebeu antenas e sistemas de telemetria avançados, que permitem acompanhar e coletar uma série de dados táticos.

Caçador de Furacões


Há vários anos, a NOAA, a agência de oceanos e atmosfera dos Estados Unidos, utiliza um Guflstream G-IV SP para pesquisas relacionadas a furacões e tornados. A aeronave recebeu um sofisticado radar que pode acompanhar o deslocamento de massas de ar e detectar tempestades. 

Os G-IV SP do NOAA voam acima dos furacões coletando dados e complementando as missões dos P-3 Orion, que ocorrem literalmente no olho do furacão.

Voos Regionais


A família CRJ foi uma das mais bem-sucedidas na aviação regional, competindo nos anos 1990 de forma bastante acirrada com a família ERJ da Embraer. 

Em alguns mercados, como o norte-americano, havia quase um domínio dos primeiros CRJ, que eram derivados dos Challenger.

Pronto para Guerra


Quem também gosta de adrenalina é o EC-145 (atual H-145). Convertido em uma plataforma multimissão, passou a ser amplamente utilizado pelos Estados Unidos, onde foi designado UH-72 Lakota. 

O modelo H-145 T2 já foi oferecido ao Brasil como potencial substituto aos helicópteros da Aviação do Exército. A maioria dos helicópteros da Airbus, aliás, tem versões destinadas para uso militar.

Bombeiro e Polícia


No Brasil, o Esquilo é um dos modelos mais populares entre executivos, em especial na cidade de São Paulo, onde também se tornou a principal aeronave da Polícia Militar, atuando em missões de resgate e de policiamento aéreo pelo grupamento Águia.

Diversos estados brasileiros operam com o Esquilo em missões policiais e aeromédicas.

Sinais de Inteligência


O King Air recebeu uma extensa modificação quando se tornou o RC-12 Guardrail, passando a atuar com uma sofisticada plataforma de SIGINT (signals intelligence).

Seu uso é bastante comum durante atividades de "espionagem", ou seja, na obtenção de dados de inteligência baseado nas comunicações inimigas, que vão de exércitos até grupos terroristas usando telefones celulares.

Aeromédico


Praticamente todas aeronaves da aviação de negócios podem ser convertidas como ambulâncias voadoras.

Convertidos em UTI, alguns modelos recebem interiores bastante sofisticados, alguns até com capacidade para realização de cirurgias a bordo.

Sem passageiros, nem pilotos


O veloz e excêntrico Piaggio P.180 Avanti não obteve o sucesso que se imaginava, mesmo com seu design audacioso, mas o fabricante italiano acredita que o P.1HH HammerHead possa ser uma boa solução. 

O modelo se tornou uma aeronave não tripulada para missões de vigilância, inteligência e reconhecimento.

Pretoriano


Pretorianos eram os soldados pertencentes à guarda dos imperadores da Roma antiga. O Praetor 600 da Embraer não perdeu a oportunidade de honrar o legado de seus antecessores sendo oferecido como uma plataforma compacta para um avião de alerta antecipado e inteligência. 

O avião lançado em 2019 e batizado de P600 AEW segue em desenvolvimento pela Embraer.

Sobre a água


Este é o Falcon 900 MPA Maritime Patrol Aircraft, desenvolvido pela Dassault para detectar ameaças vindas do mar e reagir. Com alcance suficiente para realizar missões oceânicas, opera em diferentes marinhas e guardas costeiras.

Derivado do Falcon 900 DX, ganhou uma nova plataforma de equipamentos e diversos sensores para realizar desde missões de combate, como monitoramento de abordagens marítimas e guerra antissubmarino, até operações de paz, como vigilância de vias marítimas de comunicação, busca e salvamento e evacuação médica.

Na neve


Uma modalidade que ganha cada vez mais adeptos entre os amantes de neve é o 'heliski'. Nela os esquiadores usam helicópteros para chegar a lugares inacessíveis, fora de pista, em busca da chamada snow powder (neve recém-caída).

O piloto voa até uma área onde consegue pousar, aterrissa sobre a neve e desembarca os passageiros. De lá, os esquiadores descem a montanha e o helicóptero retorna à base.

Via Edmundo Ubiratan (Aero Magazine)

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