Após a manifestação contra o fechamento do Carlos Prates, o pátio, que tem 51 vagas, está indisponível para guardar aviões que não tenham hangar.
Apenas em situações de emergência e para aeronaves do Estado é que a pista na Pampulha está liberada para pouso (Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press) |
O Aeroporto da Pampulha não recebe e não pode receber novos voos desde a manifestação contra o fechamento do Aeroporto Carlos Prates.
Quinze aviões do Carlos Prates pousaram no pátio do aeródromo da Pampulha, ocupando todo o espaço disponível. Apenas as aeronaves com hangar ou em situação de emergência podem pousar no local.
A informação foi confirmada pelo Estado de Minas por meio da simulação de um plano de voo na tarde de quinta-feira (30/3).
Segundo Estevan Velásquez, da Associação Voa Prates, durante a manifestação de anteontem, 40 aviões tentaram pousar, entretanto, apenas 15 receberam autorização da torre de controle. Os demais voltaram para o Carlos Prates.
Desde então, o pátio, que tem 51 vagas, está cheio e indisponível para novos voos. Isso quer dizer que apenas empresas e órgãos que têm hangares no local podem utilizar a pista, com espaço reservado para guardar.
Mas, caso um avião sem hangar tente fazer o plano de voo com destino à Pampulha, será negado a ele, já que a região reservada para esse tipo de situação foi completamente preenchida.
Ainda de acordo com Velásquez, o plano deve ser feito com duas horas de antecedência. Em uma simulação para o Estado de Minas, por meio do aplicativo utilizado por pilotos, ele tentou planejar um voo saindo do Carlos Prates e chegando na Pampulha, mas a ação foi recusada, justamente pela necessidade de ter um hangar para abrigar o novo avião.
Apesar disso, em situações de emergência, a pista estaria liberada para pousos. Isso vale também para aeronaves do Estado, que podem utilizar os hangares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
"É a realidade. e Isso vai acontecer a partir de sábado, quando o Carlos Prates for fechado. Quinze aviões fecharam o Aeroporto da Pampulha; Pará de Minas tem nove vagas; Divinópolis, mais 15. Ainda assim, faltam 108 aeronaves que não têm onde ficar", diz Estevan Velásquez.
A assessoria do aeroporto preferiu não comentar a falta de espaços e afirma, por meio de nota, que "segue operacionalmente funcionando e respeitando as restrições de posições de pátio, de acordo com as normas e orientações de segurança previstas pela agência reguladora, ANAC".
Fechamento do Aeroporto
O prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), anunciou no dia 14 de janeiro que o Aeroporto Carlos Prates seria fechado definitivamente no dia 1° de abril. A decisão, anunciada pelo Twitter, é do Ministério dos Portos e Aeroportos, segundo o chefe do executivo municipal.
A dois dias do possível fechamento do aeroporto, o clima é de incerteza entre empresários e funcionários do local, enquanto a opinião dos moradores dos bairros vizinhos está dividida.
Após o acidente que ocorreu no dia 11 de março, quando um avião caiu em duas casas no Bairro Jardim Montanhês, o destino do aeroporto virou pauta em Brasília.
O espaço será entregue para a PBH, e Fuad declarou a intenção de usar a área para a realização de projetos de moradias populares, de indústrias não poluentes, centros de saúde, escolas e outras infraestruturas urbanas necessárias para a população.
Via Isabela Bernardes (Estado de Minas) Com Maicon Costa
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