Arqueologia aérea
O avião robô tem propulsão elétrica, alimentado por baterias, podendo
ser lançado a mão ou decolar verticalmente, como um helicóptero
Juntando os resultados de amadores e cientistas profissionais, já se contam às centenas as descobertas arqueológicas feitas a partir do Google Maps.
Essa possibilidade de olhar tudo por cima previamente, antes de ir a campo para uma estação de escavação, permite não apenas selecionar melhor as áreas, como, muitas vezes, ir diretamente a locais já sabendo que há algo ali que vale a pena.
Mas Julie Adams e Steven Wernke (foto acima), da Universidade de Vanderbilt, no Canadá, não se satisfizeram com as fotos feitas do espaço.
Descontentes com a demora na atualização das imagens e com a resolução das fotos de satélite feitas sobre as áreas de seu interesse, os dois arqueólogos estão embarcando para o Peru levando na mala nada menos do que um avião robô.
Mapa 3D
O avião - um veículo aéreo não tripulado semi-autônomo - fará o mapeamento de uma área que levaria anos para ser pesquisada pelos métodos normais.
"Leva de dois a três anos para mapear um sítio em duas dimensões," diz o professor Wernke, acrescentando que o avião fará o mesmo em alguns minutos e, além disso em 3D.
"O SUAVE vai mudar a forma como mapeamos grandes sítios, que levam várias estações para serem documentados usando as técnicas tradicionais. Ele nos dará imagens com resolução superior à dos melhores satélites artificiais, e vai gerar um mapa tridimensional detalhado," acrescenta.
Avião lançado a mão
Os algoritmos desenvolvidos para o projeto permitem que o sistema do SUAVE controle o padrão de voo para compensar fatores como velocidade do vento e ângulo do sol, além de detalhes fotográficos, como sobreposição e resolução das imagens.
O avião propriamente dito, é um modelo comercial, chamado Skate, com uma envergadura de asas de apenas 61 centímetros. Com propulsão elétrica, alimentado por baterias, o pequeno VANT pode ser lançado a mão ou decolar verticalmente, como um helicóptero.
"Você só precisa desembrulhá-lo, especificar a área que você precisa cobrir, e então lançá-lo," prossegue Wernke." Quando ele termina de capturar as imagens, ele pousa e as imagens são baixadas, montadas em um grande mosaico, e transformadas em um mapa."
Os testes estão sendo feitos no Peru, em um assentamento inca chamado Mawchu Llacta.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagem: Anne Rayner/Vanderbilt University
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