Famílias começaram a ser contatadas pelo MRE, diz representante.
Voo caiu no Atlântico em junho de 2009 matando os 228 a bordo.
O Ministério das Relações Exteriores informou nesta quinta-feira (10) que foi notificado pelas autoridades francesas sobre a identificação dos corpos de 18 brasileiros mortos no acidente com o voo AF447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico em 2009 com 228 pessoas a bordo quando fazia o trajeto Rio-Paris.
Além desses, a comissão de identificação encontrou outros 20 corpos de brasileiros, que ainda não foram identificados.
Nesta segunda-feira (7), investigadores do instituto de pesquisa criminal da França anunciaram que foram identificadas mais 103 vítimas, além das 50 encontradas horas após o acidente por navios franceses e brasileiros.
Ainda de acordo com o Itamaraty, o governo brasileiro não vai divulgar os nomes dos 18 brasileiros identificados. O contato será feito diretamente com as famílias de todas as vítimas a partir desta quinta-feira (10) para passar orientações.
A Air France e a Airbus, fabricante da aeronaves A330 envolvida no acidente, estão sob investigação desde março passado por "homicídio culposo".
O Escritório de Investigações e Análises (BEA), encarregado das pesquisas, divulgará no primeiro trimestre de 2012 seu relatório definitivo sobre as causas do acidente, mas as pesquisas indicam que um problema técnico impediu os pilotos de ter acesso a informações que evitariam a queda do avião.
Famílias
Um dos representantes das famílias de vítimas no Brasil, Maarten Van Sluys confirmou ao G1 que algumas famílias começaram a ser contatadas pelo Itamaraty a partir de 17h desta quinta. "Para nós, é um alívio. Isso estava nos incomodando, teve um caso em que uma vítima era casada com um francês, e ele foi informado sobre os restos mortais dela dois dias atrás, enquanto só hoje a família no Brasil foi avisada", conta.
"Eles vão mandar um e-mail com esclarecimentos adicionais, a respeito do transporte, da cremação, da possibilidade de cremação na França ou no Brasil", disse. Sluys também reclamou de o contato ser feito só com os familiares de vítimas encontradas. "Quem não recebe a ligação acaba deduzindo que o parente não está na lista, mas deveria haver uma certeza", diz.
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