Jatos são legais, mas não servem pra tudo. Toda a tecnologia bélica dos países de primeiro mundo foi projetada para situações de guerra total, franca e aberta. O cenário atual não foi previsto, então ninguém tem equipamentos adequados para lidar com terroristas e insurgentes. Gastar uma bomba guiada a laser de US$50 mil com dois idiotas em um camelo não é algo viável.
As missões de apoio aéreo também não estão funcionando direito. O A-10 Warthog é um avião magnífico para voar rasante em um campo de batalha hostil e destruir tanques russos, como fez na Guerra do Golfo, mas quando você está em uma trincheira a 20m do inimigo um avião passando a 300 quaquilhões de Km/h, com 0,003s para diferenciar amigo de inimigo pode não ser a melhor escolha.
Por isso os EUA (e todo mundo) estavam atrás de um avião pequeno, turbohélice, bem-armado e blindado contra armamento leve. Vários entraram na disputa, mas os finalistas foram o AT-6 Texan 2, venerável sucessor do AT-6 Texan, caça de treinamento da 2a Guerra (no qual tive a honra de voar) e o Super Tucano da Embraer.
Com os cortes no orçamento de defesa dos EUA o projeto de compra de caças havia sido suspenso, mas logo depois surgiu uma oportunidade: O Afeganistão estava pedindo caças para combater o Talibã. Queriam jatos mas a situação era perfeita para um caça de ataque leve. Assim os EUA comprarão para o governo de Kabul 20 aviões.
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