A realização da Copa e da Olimpíada no Brasil deu à reforma dos aeroportos um caráter de urgência no Brasil. E a remoção dos chamados aviões-sucatas se tornou um pré-requisito para a realização das obras e o melhor aproveitamento da infraestrutura aeroportuária.
Hoje, existem 118 aeronaves paradas – de empresas falidas, particulares e até um modelo da Funai, de acordo com um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em fevereiro deste ano, o CNJ lançou o programa Espaço Livre, que visa viabilizar a retirada das aeronaves paradas dos aeroportos brasileiros. A primeira remoção será na próxima terça-feira, no aeroporto de Congonhas. Há nove aeronaves da Vasp no local, mas só há autorização judicial para remover parte da frota. O número exato ainda não foi confirmado.
“A ação é benvinda, mas chegou tarde”, diz a ex-funcionária Vera Salgado. Para ela, se a iniciativa tivesse ocorrido anos antes, os credores poderiam conseguir valores maiores com o leilão. “Essas aeronaves estavam em operação quando a Vasp parou de voar. Agora, foram depenadas e só restou a sucata”, diz.
Além das aeronaves, os credores tentam confiscar outros bens do empresário Wagner Canhedo, dono da Vasp. A fazenda Piratininga, em Goiás, foi vendida por R$ 310 milhões em dezembro do ano passado, mas o empresário tenta recuperar o bem. A questão ainda está na Justiça.
Veja o número de aeronaves paradas por aeroporto:
Aeroporto/Quantidade
Manaus 19
Porto Alegre 11
São Paulo (Congonhas) 10
Rio de Janeiro (Santos Dumont) 10
Rio de Janeiro (Galeão) 10
Brasília 10
São Paulo (Guarulhos) 8
Boa Vista 8
Campinas (Viracopos) 7
Salvador 4
Fortaleza 3
São Luís 2
Recife 2
Belém (Internacional) 1
Belém (Julio Cesar) 1
Belo Horizonte (Pampulha) 1
Belo Horizonte (Confins) 1
Campo Grande 1
Cuiabá 1
Curitiba 1
Foz do Iguaçu 1
Goiânia 1
Santarém 1
São José dos Campos 1
São Paulo (Campo de Marte) 1
Tefé 1
Uberlândia 1
Total 118
Fonte: Marina Gazzoni, iG - Foto via irregular.com.br
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