A floresta amazônica brasileira contará, a partir deste mês, com mapeamento em três dimensões. A tecnologia, ainda não aplicada em alta resolução em florestas tropicais, permite obter imagens e medir impactos não identificáveis antes.
Imagens convencionais de satélite, por exemplo, não eram capazes de identificar coisas como o corte de uma única árvore ou flagrar a presença de um rio sob a vegetação.
O sistema de "lidar" (pronuncia-se "laidar"; sigla inglesa da expressão "detecção e medição de alcance de luz"), consiste em um laser transportado por avião, cujos pulsos são capazes de atravessar o topo das árvores e alcançar o chão, gerando informações sobre a altura, largura e profundidade do que encontrar no caminho.
Além de auxiliar no chamado manejo florestal (produção sustentável dentro de matas nativas), o sistema permite medir estoques de carbono e biomassa, identificar áreas desmatadas e racionalizar os recursos para o planejamento da agricultura e da pecuária.
O teste será realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em uma área de mil hectares da Floresta Estadual de Antimary, em Sena Madureira (AC).
Madeira e borracha
O foco da iniciativa é o manejo para a produção de madeira, borracha, castanhas e outros produtos nativos da mata. As conclusões devem ser publicadas em dezembro.
Apesar das várias aplicações da tecnologia, o pesquisador Marcus d'Oliveira, líder do projeto na Embrapa, diz que o principal cliente do "lidar" será a indústria madeireira, que precisa dos dados para planejar estradas e trilhas, além da distribuição de árvores.
Hoje, as pesquisas florestais no Brasil são realizadas em campo com auxílio de GPS (Sistema de Posicionamento Global) e de imagens digitais de satélite. Nessas condições, segundo Oliveira, há imprecisão nas medições, devido ao erro humano, e dificuldade de deslocar equipes. Esses problemas, diz, serão superados com o "lidar".
O pesquisador afirma, porém, que a tecnologia não substituirá as imagens de satélite -mais fáceis de serem produzidas e atualizadas. Ele diz que o "lidar" será usado somente para pesquisa de uma área específica, que necessite de informações precisas e detalhadas. As imagens de satélite seguirão fornecendo os dados gerais.
Usado desde os anos 1990 no manejo de florestas temperadas dos Estados Unidos, do Canadá e da Europa, ainda hoje a aplicação do "lidar" em ambientes tropicais é reduzida.
Teste de campo
Alguns testes de baixa resolução foram realizados recentemente na Costa Rica e no Peru. No Brasil, o sistema vem sendo testado desde 2008 por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e do Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento) na análise de uma floresta plantada de eucalipto e pínus.
Fonte: Flávia Marcondes (Agência Folha) via Folha Online
Imagens convencionais de satélite, por exemplo, não eram capazes de identificar coisas como o corte de uma única árvore ou flagrar a presença de um rio sob a vegetação.
O sistema de "lidar" (pronuncia-se "laidar"; sigla inglesa da expressão "detecção e medição de alcance de luz"), consiste em um laser transportado por avião, cujos pulsos são capazes de atravessar o topo das árvores e alcançar o chão, gerando informações sobre a altura, largura e profundidade do que encontrar no caminho.
Além de auxiliar no chamado manejo florestal (produção sustentável dentro de matas nativas), o sistema permite medir estoques de carbono e biomassa, identificar áreas desmatadas e racionalizar os recursos para o planejamento da agricultura e da pecuária.
O teste será realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em uma área de mil hectares da Floresta Estadual de Antimary, em Sena Madureira (AC).
Madeira e borracha
O foco da iniciativa é o manejo para a produção de madeira, borracha, castanhas e outros produtos nativos da mata. As conclusões devem ser publicadas em dezembro.
Apesar das várias aplicações da tecnologia, o pesquisador Marcus d'Oliveira, líder do projeto na Embrapa, diz que o principal cliente do "lidar" será a indústria madeireira, que precisa dos dados para planejar estradas e trilhas, além da distribuição de árvores.
Hoje, as pesquisas florestais no Brasil são realizadas em campo com auxílio de GPS (Sistema de Posicionamento Global) e de imagens digitais de satélite. Nessas condições, segundo Oliveira, há imprecisão nas medições, devido ao erro humano, e dificuldade de deslocar equipes. Esses problemas, diz, serão superados com o "lidar".
O pesquisador afirma, porém, que a tecnologia não substituirá as imagens de satélite -mais fáceis de serem produzidas e atualizadas. Ele diz que o "lidar" será usado somente para pesquisa de uma área específica, que necessite de informações precisas e detalhadas. As imagens de satélite seguirão fornecendo os dados gerais.
Usado desde os anos 1990 no manejo de florestas temperadas dos Estados Unidos, do Canadá e da Europa, ainda hoje a aplicação do "lidar" em ambientes tropicais é reduzida.
Teste de campo
Alguns testes de baixa resolução foram realizados recentemente na Costa Rica e no Peru. No Brasil, o sistema vem sendo testado desde 2008 por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e do Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento) na análise de uma floresta plantada de eucalipto e pínus.
Fonte: Flávia Marcondes (Agência Folha) via Folha Online
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