segunda-feira, 6 de julho de 2009

Japão flagra 4 fraudadores de sistema biométrico de identificação em aeroporto

Funcionários da imigração do aeroporto internacional de Narita, em Tóquio, revelaram que desde janeiro de 2009 quatro pessoas tentaram entrar ilegalmente no Japão burlando o sistema biométrico de identificação.

Oficial da Imigração do Aeroporto Internacional de Narita demonstra o sistema de identificação biométrica para a mídia em novembro de 2007

Os infratores alteraram cirurgicamente suas impressões digitais originais. O objetivo era enganar o sistema de autenticação do aeroporto, baseado em impressões digitais e projetado para detectar estrangeiros com histórico de deportação do Japão.

As quatro pessoas foram flagradas porque suas cirurgias tinham imperfeições e acionaram um alarme nos escâners de dedos no balcão da imigração. Isso levou as autoridades a buscar reconhecimento facial, comparando os dados datiloscópicos com as fotos dos suspeitos.

Autoridades japonesas aumentaram o rigor dos procedimentos de entrada logo no início do ano após o relato do primeiro caso de tentativa de entrada ilegal burlando sistema similar no aeroporto de Aomori, em 2008. Na ocasião, uma mulher que havia sido anteriormente deportada por estar com seu visto vencido conseguira entrar no país usando uma fita adesiva especial em seus dedos.

Os quatro suspeitos barrados em Narita foram presos e revelaram aos investigadores que suas impressões digitais foram alteradas por cirurgias realizadas na China, onde cada um pagou o equivalente a US$ 734 aos cirurgiões. As autoridades suspeitam do envolvimento de grupos organizados chineses de tráfico de imigrantes ilegais.

O sistema de identificação biométrica foi introduzido no Japão em novembro de 2007 como parte de medidas antiterrorismo instauradas após a revisão da lei de imigração daquele país, que exige que se fotografe o rosto e grave as impressões digitais de estrangeiros maiores de 16 anos para confrontação com um banco de dados de deportados e procurados pela polícia.

Fonte: The Japan Times Online via O Globo - Foto: Kiodo

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