Deficitária desde o ano em que a TAP a comprou, a VEM, unidade de manutenção que o grupo português adquiriu no Brasil, no final de 2005, vai aumentar os prejuízos este ano. As atenções estavam voltadas para um contrato com as Forças Armadas brasileiras, que já não vai acontecer em 2010. Uma ausência à qual se somam problemas com os trabalhadores, que pedem aumentos de 13 por cento e ameaçam com greves uma operação que continua à procura, há três anos, de um parceiro.
No ano passado, a TAP colocou-se em posição para prestar serviços ao Governo brasileiro, depois de ter chegado a acordo quanto ao pagamento de uma dívida de 400 milhões de reais (180 milhões de euros, ao câmbio actual). Um montante relativo a impostos, que foi herdado dos tempos em que a VEM fazia parte do grupo Varig, companhia de aviação do Brasil, que acabou por fechar as portas.
Graças à aprovação de uma lei no país, em meados de 2009, o grupo português, detido a 100 por cento pelo Estado, conseguiu reduzir a dívida e dilatar o prazo de pagamento. Mas o principal ganho do novo refis, nome da legislação que fixou as novas regras para regularização da situação fiscal das empresas no Brasil, foi o facto de poder finalmente concorrer em concursos públicos e, com isso, candidatar-se à prestação de serviços às Forças Armadas, incluindo a Força Aérea, mas também a Marinha brasileira.
Em Abril deste ano, um dos administradores da TAP, Jorge Sobral (que era, até Novembro, o responsável pelo negócio da manutenção no Brasil), disse ao Diário Económico que acreditava que 2010 seria o ano de reviravolta nas contas da VEM, que apresenta, desde a compra, prejuízos consecutivos. O gestor frisou que o contrato com as Forças Armadas teria um papel importante nessa recuperação, já que "poderia representar 25 por cento das receitas". E acrescentou que havia "uma probabilidade acima dos 90 por cento" de o grupo ganhar os concursos públicos.
No entanto, ao longo deste ano, o grupo só conseguiu fazer "alguns pequenos trabalhos" para o Governo brasileiro, disse o actual responsável, Luís Rodrigues, ao PÚBLICO. "Continuamos a concorrer, mas, até agora, ainda não foi possível celebrar nenhum grande contrato", acrescentou, reforçando que "poderá haver novidades durante o próximo ano".
Luís Rodrigues é o novo líder da VEM, agora designada por Manutenção e Engenharia Brasil, desde Novembro. Uma nomeação que vem no seguimento de um processo de reestruturação mais complexo, que culminou na mudança de nome da empresa e na criação de uma equipa de gestão conjunta das unidades de manutenção brasileira e portuguesa.
"A empresa continua a aprofundar o seu processo de reorganização, sendo parte integrante o objectivo de desenvolver uma estrutura de custos mais equilibrada", explicou fonte oficial do grupo português, acrescentando que "ainda é cedo para adiantar medidas concretas". Os trabalhadores temem que "haja mais decisões drásticas", disse a direcção do Sindicato Nacional dos Aeroviários, uma unidade sindical brasileira, ao PÚBLICO.
Mantêm, no entanto, a expectativa em relação ao contrato com as Forças Armadas. "Acreditamos que possa ser a solução", considerou, numa altura em que a VEM já conseguiu assegurar dois novos clientes: a reparação de motores da Pratt & Witney, com a duração de cinco anos, e a manutenção da frota de uma companhia de aviação brasileira em ascensão, a Webjet.
O problema é que, além de o grande contrato com as Forças Armadas ainda não existir, a TAP arrisca-se a aumentar e não reduzir a estrutura de custos, já que está neste momento em cima da mesa a actualização salarial no sector da aviação brasileiro. No país, as negociações estão a ser conduzidas pela federação dos sindicatos da indústria e a associação representativa das empresas, sendo que as propostas variam entre 13 e seis por cento, respectivamente.
"Decorre uma negociação, mas ainda não há resultados finais, sendo extemporâneo falar em valores de aumento", explicou fonte oficial do grupo, que está a ser ameaçado com greves pelos sindicatos, no contexto da falta de acordo na actualização salarial. Estava, aliás, prevista uma paralisação para a altura do Natal e do Ano Novo, que só foi impedida porque o Governo brasileiro aprovou um despacho que proíbe greves entre o final de Dezembro e o inicio de Janeiro, impondo uma multa de 100 mil reais (cerca de 45 mil euros) em caso de incumprimento.
O adensar do conflito com os representantes dos trabalhadores pode ter um impacto negativo para a unidade de manutenção no Brasil. No mínimo, pela obrigatoriedade de aumentar salários. E, no máximo, por uma paralisação efectiva da antiga VEM. Um cenário que contribuirá para as previsões pouco optimistas para as contas da empresa este ano, já que o próprio presidente da TAP, Fernando Pinto, assumiu ao PÚBLICO que espera um aumento dos prejuízos em 2010.
Prejuízos de 3,2 milhões de euros no ano passado
Quando a TAP comprou a unidade de manutenção da Varig, já a situação financeira da empresa era deficitária. Aliás, o grupo fez a aquisição por cerca de 15 milhões de euros, mas teve de assumir um passivo de cerca de 100 milhões. Entre 2007 e 2009, os prejuízos acumulados fixaram-se em 61,2 milhões de euros - 3,2 milhões dos quais no último ano. Para 2010, espera-se que aumentem, apesar de o próximo ano arrancar com dois novos contratos importantes para a antiga VEM.
Fonte oficial do grupo avançou ao PÚBLICO que foram firmados recentemente dois acordos de longo prazo. Um com a empresa de motores de avião Pratt & Witney, à qual vão ser fornecidos serviços de reparação por um período de cinco anos. E o segundo com a companhia de aviação brasileira - a Webjet. Este último contrato tem a duração de três anos e abarca toda a frota da empresa - 23 aviões Boeing para 148 passageiros.
Estes dois acordos só terão efeitos nas contas da empresa a partir de 2011. Este ano, a expectativa continua a ser de prejuízos, superiores aos registados em 2009. O presidente da TAP disse recentemente ao PÚBLICO que espera que "as perdas aumentem este ano", mas não concretizou valores. Serão, em princípio, menores do que as sofridas em 2007 e 2008, anos em que alcançaram os 29 milhões de euros, penalizando os resultados globais do grupo.
Ainda assim, e apesar da polémica que se gerou em redor da compra da unidade de manutenção no Brasil, que fazia parte de um plano maior, que incluía a aquisição da própria Varig, a TAP continua a considerar que se trata de um activo estratégico.
"Reafirma-se que a Manutenção e Engenharia Brasil foi um investimento estratégico de grande importância, pois as potencialidades da empresa são enormes, tanto no próprio mercado, que é um dos países com maiores taxas de crescimento do tráfego, como em toda a América do Sul e mesmo na América do Norte", afirmou fonte oficial do grupo. A TAP continua, porém, à procura de um parceiro, pelo menos, desde 2007. Um objectivo que está ainda por concretizar e que se tornou mais premente com a saída da Geo Capital, detida por Stanley Ho, do capital da antiga VEM, em Abril desse ano.
Fonte: Raquel Almeida Correia (Público.pt)
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domingo, 26 de dezembro de 2010
Portugal: Forças Armadas complicam negócio da TAP no Brasil
2010: Mortes pelos ares
A maior delas aconteceu em 22 de maio, quando um Boeing 737-800 explodiu na pista de um aeroporto na Índia, deixando 158 mortos e oito sobreviventes.
Em abril, o então presidente da Polônia, Lech Kaczynski e outros 95 passageiros perderam a vida quando um Tupolev caiu na Rússia.
Em maio, uma aeronave que partiu de Johanesburgo cai na Líbia com 104 pessoas, apenas um menino de nove anos sobrevive.
Sorte que não tiveram os 152 passageiros da aeronave da Air Blue que caiu numa floresta no Paquistão, em junho.
No maior acidente da história da Embraer, a aeronave brasileira cai com 96 a bordo durante o pouso na China, matando 43 em agosto.
Fonte: diariodepernambuco.com.br
Aéreas nos tribunais: um terço dos casos nos juizados dos aeroportos tem solução pacífica
Balanço dos primeiros cinco meses de atuação dos juizados especiais nos cinco principais aeroportos do país mostra que do total de atendimentos que resultaram em conflito (6.081), só 33% foram solucionados pacificamente, segundo últimos dados disponíveis. O restante tomou o caminho dos tribunais. Um indicador, na opinião de especialistas, de que a relação entre aéreas e passageiros não vai bem. E só tende a piorar, caso a promessa de paralisação para janeiro se confirme.
Foram 4.082 ações e 1.999 acordos entre 23 de julho, quando os juizados foram instalados, e a semana passada. Os números excluem as desistências, ou seja, as pessoas que não levaram à frente a reclamação, e os pedidos de informação ou orientação. Overbooking (quando a empresa vende o mesmo assento mais de uma vez) e atrasos de voos lideram as queixas.
Santos Dumont: pior índice de conciliação
O índice mais baixo de conciliação é o do Santos Dumont. Foram 708 ações encaminhadas à Justiça entre 23 de julho e 16 de dezembro. No período, foram obtidos 95 acordos. Ou seja, só 12% dos atendimentos que geraram conflito tiveram solução pacífica. O Galeão segue a média nacional. Foram 545 acordos ou 32% dos atendimentos conflituosos. Os processos somaram 1.169. Em São Paulo, em Congonhas e Guarulhos o número de ações é o triplo do de acordos, segundo dados até 19 de dezembro. A exceção é o Aeroporto de Brasília: 805 acordos e 597 ações até 7 de dezembro, índice de sucesso de 57%.
O levantamento também mostra que TAM, Gol e Webjet se revezam na liderança das reclamações dos passageiros. A maior companhia aérea do Brasil é a número 1 em queixas em Congonhas (53% do total), Guarulhos (35%) e Brasília (38%). A Gol está no topo da lista no Galeão (38%) e a Webjet encabeça as queixas no Santos Dumont (35%). O número de reclamações nos cinco aeroportos supera 11 mil desde julho. E não corresponde à quantidade total de atendimentos conflituosos porque cada ação ou acordo pode se referir a mais de uma queixa.
Para defensor público, solução é multa maior
Para o defensor público André Ordacgy, a melhor maneira de forçar as empresas a fazerem acordos é elevar o valor das multas indenizatórias. Só assim, diz, as companhias buscarão soluções pacíficas para evitar o ônus.
- Os números dos juizados mostram que a relação entre passageiros e aéreas não vai bem. A única forma de estimular os acordos é aumentar o valor das condenações - diz o titular do Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da Defensoria Pública da União, no Rio, para quem o fechamento dos postos da Anac nos aeroportos contribui para o elevado número de queixas nos juizados. - Não me parece lógico o juizado estar presente nos aeroportos e a Anac não.
Em meados do ano, a Anac decidiu fechar seus postos de atendimento - hoje há apenas um em Guarulhos e um em Brasília - e concentrar as demandas dos passageiros na internet e no telefone. Ordacgy é autor de uma ação, ainda em andamento, que pede a reabertura dos postos.
Confira a lista de reclamações por empresas
Fonte: Danielle Nogueira (O Globo)
Aeroviários vão avaliar proposta de reajuste de 8%
No entanto, a presidente do sindicato, Selma Balbino, avalia que a proposta é insuficiente. O Sindicato dos Aeronautas, que reúne pilotos e comissários, também classificou a oferta como ruim. Os aeroviários pedem 13%, e os aeronautas, 15%.
Fonte: Folha de S.Paulo e Folha.com
Aeroporto de Moscou é fechado por falta de eletricidade
O corte da provisão aconteceu por causa da ruptura de vários cabos que conectam o aeroporto com as centrais que lhe fornecem a eletricidade, segundo informou um porta-voz do Domodedovo à agência Interfax.
Neste momento, não há luz nem nos prédios dos terminais do aeroporto, onde os passageiros não podem receber informação sobre seus voos, nem nas pistas.
Segundo a fonte, a avaria foi causada pelo repentino aumento das temperaturas, que veio acompanhada do degelo, de uma chuva gelada, além de um denso nevoeiro.
Os técnicos do Domodedovo tentam agora retomar o fluido elétrico ao acender os geradores do aeroporto para situações de emergência. O Domodedovo, onde trabalham 76 companhias aéreas russas e estrangeiras, é o principal aeroporto da capital russa.
Outras mais de 150 localidades da região de Moscou, onde moram cerca de 20 mil pessoas, também ficaram sem eletricidade, segundo o Ministério de Situações de Emergência.
Fonte: Terra - Foto: Denis Voronin
Procura por passaporte cresce 38% e bate recorde
A PF atribui o prazo dilatado exclusivamente à explosão da demanda. Mas empresários envolvidos na emissão de passaportes ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmam que outros fatores contribuíram para agravar os problemas vividos por quem buscou o documento neste ano.
No início de 2009, expirou o contrato entre a PF e a Datasist, que por 13 anos forneceu mão de obra para os setores administrativos da corporação. A concorrência para suceder a empresa foi vencida pelo Instituto de Pesquisa e Elaboração de Projetos (Ipeppi), de Minas, mas o contrato não chegou a ser assinado por irregularidades com a documentação.
A Datasist, então, foi chamada para um contrato de emergência por 180 dias. A licitação seguinte teve como vencedora a Cosejes, de Fortaleza. Em vez de digitadores e preparadores de dados, os profissionais exigidos passaram a ser recepcionistas. "Essa substituição de digitadores por recepcionistas é a principal causa dos problemas na emissão de passaportes", afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Empregados de Empresas de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Sindpd), Antonio Neto.
Número suficiente
A Superintendência da Polícia Federal em São Paulo informou que "tem o número suficiente de (funcionários) contratados para atender sua necessidade". A PF descarta, por ora, inaugurar novos postos de atendimento na capital paulista. Assinala ainda que a demanda por passaportes tem "picos variáveis, o que exige respostas pontuais". Quando necessário, diz a corporação, o horário de atendimento é estendido, nos fins de semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Bruno Tavares (Agência Estado) - Foto: Divulgação/Polícia Federal/Regional do ES
Aeroportos britânicos podem ser multados por interrupções atribuídas ao mau tempo
A ministra de Aviação, Theresa Villiers, disse que os aeroportos devem ser penalizados quando "falham com os passageiros e não se preparam para o mau tempo".
Um porta-voz do Departamento de Transporte disse que está "avaliando opções" para uma nova legislação.
"O governo está comprometido a reformar a regulamentação dos aeroportos, colocando o passageiro no centro (das atenções)", disse o porta-voz.
Na semana passada, atrasos e cancelamentos de vôos atribuídos à neve e ao gelo prejudicaram milhares de passageiros em Heathrow, o maior aeroporto britânico, e tiveram impacto em aeroportos de diversos outros países.
O secretário dos Transportes, Phillip Hammond, disse ao jornal The Sunday Times que deveria haver uma "penalização econômica" pelas falhas no serviço quando estas afetarem os planos de viagens dos passageiros.
Sistema atual
Atualmente, a agência de aviação civil britânica pode multar os aeroportos por falhas na limpeza e no controle de filas durante inspeções de segurança. As multas anuais podem ser de até 7% das taxas aeroportuárias.
Hammond disse que o ideal seria que os reguladores pudessem impor multas adicionais.
"É preciso dar mais peso à performance (aeroportuária) e à satisfação dos passageiros".
A BAA, administradora de Heathrow, foi criticada por supostas falhas em limpar a neve e o gelo nas pistas e nos aviões, impedindo a decolagem de diversos voos.
O mau tempo tem afetado também diversos outros aeroportos britânicos e europeus. Na França e na Bélgica, centenas de passageiros foram forçados a passar a noite de Natal em terminais por causa do cancelamento de voos.
Na última terça-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia Siim Kallas, responsável pela pasta de Transportes, disse em comunicado que a situação dos aeroportos europeus é "inaceitável" e que a infraestrutura aeroportuária disponível às empresas aéreas é um "elo fraco em uma cadeia que, sob pressão, está contribuindo para severas interrupções (nos transportes)".
Fonte: BBC Brasil via O Globo - Foto: AFP
Infraero registra atrasos em 12,7% dos voos domésticos
Entre os voos internacionais, 13,2% atrasaram nesta manhã.
Dos 619 voos domésticos programados nos principais aeroportos do país da 0h até as 9h deste domingo (26), 66 atrasaram mais de meia hora (12,7%) e 29 foram cancelados. Entre os 38 voos internacionais, cinco sofreram atrasos (13,2%) e três foram cancelados (7,9%). Os números fazem parte de balanço divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
A situação é tranquila mesmo nos terminais mais movimetados. Os índices de atrasos e cancelamentos nos voos domésticos é baixo. Em Brasília, dos 14 voos previstos nesse período, três atrasaram e nenhum foi cancelado. No Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão registrou cinco cancelamentos e três atrasos entre os 25 voos programados. No Santos Dumont, entre os 14 voos, nenhum sofreu atraso e apenas um foi cancelado.
Em São Paulo, no aeroporto de Congonhas, um voo atrasou e dois foram cancelados, entre 24 agendados. E, em Guarulhos, dos 67 voos previstos, dez atrasaram e sete foram cancelados.
Transtornos
Durante a semana do Natal, que foi comemorado no sábado (25), os passageiros que tinham viagem de avião marcada enfrentaram alguns transtornos.
Insatisfeitos com o reajuste salarial proposto pelas empresas aéreas, os aeroviários e aeronautas ameaçaram entrar em greve. Na quarta-feira (22), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que 80% dos trabalhadores continuem trabalhando até o início de janeiro. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 100 mil.
Em assembleia na manhã de quinta-feira (23), os funcionários decidiram suspender a paralisação. Mesmo assim, na quinta, os passageiros enfrentaram transtornos. Até as 22h, 39,5% dos voos domésticos e 41% dos voos internacionais sofreram atrasos.
Fonte: G1
sábado, 25 de dezembro de 2010
Foguete espacial indiano explode após decolagem
O Veículo de Lançamento de Satélite Geosíncrono (GSLV, na sigla em inglês) explodiu no primeiro estágio do voo, deixando um rastro de fumaça e fogo. O lançamento inicial do satélite GSAT-5P havia sido adiado por causa de um defeito no motor.
'A performance do foguete estava normal até cerca de 50 segundos após o lançamento. Logo depois disso, o veículo sofreu um grande erro de altitude o que levou ao colapso do veículo', afirmou K. Radhakrishnan, diretor da Organização de Pesquisa Espacial Indiana, a jornalistas.
'O que causou esta interrupção tem que ser avaliado em detalhe', comentou.
A Índia tem como objetivo expandir seus negócios com lançamento de satélites para cerca de 120 milhões de dólares por ano, cerca de um quarto dos negócios da China com a atividade.
Apesar da Índia ter sucesso com o lançamento de satélites mais leves, o país enfrenta problemas para enviar cargas mais pesadas, o que tem prejudicado os planos comerciais de lançamento.
Em abril, um foguete impulsionado por um motor construído na Índia para lançamento de cargas pesadas teve um problema e caiu na Baía de Bengala, na costa leste do país.
em 2008, a Índia enviou 10 satélites pequenos em órbita a partir de um único foguete. No mesmo ano, o país enviou também sua primeira missão não tripulada para a Lua. Mas essa missão foi abandonada 10 meses depois de enviar dados com envidências de gelo no satélite terrestre.
Fontes: Krittivas Mukherjee (Reuters) via G1 / dailymail.co.uk - Fotos: AFP / EPA
Avião da TAM colide com pássaro e tem de voltar ao aeroporto
Empresa afirmou que passageiros foram reacomodados em outros voos.
Um avião da TAM Linhas Aéreas que saiu de Porto Seguro no voo JJ 3602 , com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta sexta-feira (24), colidiu com um pássaro e precisou retornar ao aeroporto de origem logo após a decolagem.
Em nota, a TAM informou que os passageiros foram reacomodados em voos da mesma empresa e de outras companhias, de acordo com a disponibilidade de assentos. Ainda, segundo a TAM, a aeronave foi encaminhada para manutenção.
Esse é o segundo incidente envolvendo aeronaves da mesma companhia em 24 horas. Ambos aconteceram na Bahia. Na noite desta quinta-feira, passageiros que seguiam de Salvador para São Paulo levaram um susto (notícia anterior).
Fontes: G1 / O Globo
Jornalista filma momentos de tensão após pane em voo da TAM
O avião decolou de Salvador por volta das 19h30 e cerca de 15 minutos depois o piloto informou que retornaria ao aeroporto por causa de um problema na pressurização. Passageiros contaram que, antes do aviso, crianças já reclamavam de dor nos ouvidos e todos sentiram um cheiro estranho. Já no aeroporto, o avião permaneceu na pista por mais de uma hora.
Durante este período, os passageiros não receberam qualquer informação. “Não deram nem água, muito menos informação”, reclamou o engenheiro José Ivanildo Azevedo, 54 anos. Por duas vezes a cabine ordenou que a tripulação da aeronave se preparasse para voo. O estudante de medicina Renan Visibli, 21, que estava na penúltima fila, viu o forno pegando fogo e uma aeromoça e um homem usando o extintor. Em seguida, veio o aviso: “Abandonar a aeronave”, o que gerou confusão.
O vídeo registra todos os momentos: o retorno a Salvador, a tensão dentro da aeronave, a saída de emergência e o atendimento por funcionários da empresa aos passageiros no saguão. “Como a gente ficou sem qualquer informação, não se sabe a extensão do problema. Mas o registro está aí para que haja um cuidado maior com a vida das pessoas”, comentou o Flávio Archangelo.
Sobre o incidente a TAM divulgou a seguinte nota:
"A TAM informa que, no início da noite desta quinta-feira, no voo JJ 3175 (Salvador – São Paulo/Guarulhos) – que estava em solo no aeroporto da capital baiana –, foi detectada fumaça em um forno que aquece a alimentação de bordo. Seguindo os procedimentos de segurança, sob a orientação correta da tripulação, os 118 passageiros a bordo deixaram a aeronave pelas saídas de emergência. Ninguém ficou ferido. Após a situação ser controlada, os passageiros puderam voltar à aeronave Airbus A320 para buscar seus pertences. Eles estão sendo reacomodados em voos da própria TAM ou de empresas congêneres e recebendo assistência da companhia."
Assista ao vídeo feito por Archangelo:
Classe C invade aeroportos e faz movimento crescer 21,6% em 2010
A classe média brasileira ganhou 29 milhões de pessoas entre 2003 e 2009 e agora representa mais da metade da população do país, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). Com mais dinheiro no bolso e vontade de consumir, essa massa de trabalhadores resolveu deixar o ônibus de lado e viajar de avião. Um levantamento do R7, com base nos dados da Infraero (estatal que administra os aeroportos), mostra que o movimento nos aeroportos aumentou 21,6% neste ano.
- Por causa das promoções, muitos voos acabam saindo pelo mesmo preço da passagem de ônibus. Esse aumento do movimento se deve à classe C, ainda que os executivos sejam maioria [dos usuários do transporte aéreo no Brasil].
O controle dos preços e o aumento do salário médio real permitiram ao brasileiro viajar mais, o que deixou os aeroportos brasileiros lotados, explica o economista e professor do Ibmec/DF José Ricardo da Costa e Silva. Para ele, entretanto, a alteração no estilo de vida do brasileiro não ocorreu agora.
- Essa mudança vem desde a estabilização de preços, que se consolida com a criação do Real [em 1994]. Quando se estabiliza preço, você permite à pessoa mais humilde fazer uma previsão dos gastos. A minha empregada doméstica já comprou dois celulares, um notebook para o filho e agora comprou um carro, ganhando R$ 900 por mês e pagando R$ 600 de prestação.
A classe C não espera para juntar dinheiro e pagar à vista. Ao contrário, ela compra conforme a parcela cabe no próprio bolso, explica Morita.
- Ela [classe média] não pensa muito nos juros, que podem dobrar o valor da compra [à vista]. O que interessa é o pagamento mensal, já que existe o desejo de ter o bem imediatamente.
Venda direta
Algumas companhias áreas, como TAM e Azul, fecharam parcerias para vender passagens diretamente para a classe C em grandes redes do comércio – Casas Bahia e Magazine Luiza, respectivamente. No entanto, as taxas de juros praticadas nas compras feitas pessoalmente são maiores que as da internet, alerta o economista do Ibmec/DF.
- Sempre compra mais barato quem opta pela internet, porque consegue fazer uma varredura maior de ofertas e ainda consegue pagar com cartão de crédito sem juros. Quando você vai para um carnê de loja física, você paga juros maiores. Como as classes C e D ainda têm um pouco de dificuldade no acesso à internet, isso ainda funciona.
Por outro lado, Morita lembra que a classe C está descobrindo a internet agora e já se tornou uma das principais clientes do segmento de compras online.
Movimento em 2011
Mesmo com o aperto no crédito, promovido pelo governo com o aumento do dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositado no Banco Central (depósito compulsório), não deve faltar grana para viajar no ano que vem, diz Costa e Silva.
- O problema maior do crédito no próximo ano não é a redução por causa do aumento compulsório ou da Selic [a taxa básica de juros]. O problema mais sério é uma parte da população se descobrir de mãos atadas em relação aos débitos que assumiu durante este ano. Ou seja, descobrir que se endividou mais que podia.
Para o ano que vem, a expectativa é que o movimento nos aeroportos brasileiros permaneça em alta. Isso porque, segundo o economista do Ibmec/DF, o número de pessoas que vai perceber que está devendo mais que podia ainda será menor que o de pessoas que vai entrar no mercado de crédito, o que gera uma compensação.
Fonte: Raphael Hakime (R7) - Foto: Paulo Liebert (Agência Estado)
Êxito na primeira prova do avião HondaJet
Durante testes, o HondaJet decolou de um aeroporto da Carolina do Norte (EUA), situado ao sul da fábrica matriz da Honda Aircraft e voou durante 50 minutos.
O vôo de prova foi realizado na terça-feira (21) às 5h30 da manhã (horário do Japão). A Honda Aircraft revisou todas as funções dos sistemas e fez uma avaliação do vôo.
“Alegro-me muito em poder demonstrar o alto nível da tecnologia Honda”, disse Michimasa Fujino, presidente de Honda Aircraft, em um comunicado. “Seguiremos nos esforçando para que o avião com a última tecnologia chegue aos clientes”.
A Honda Aircraft vai concluir a construção de uma fábrica de avião HondaJet nos Estados Unidos na primeira metade de 2011 e poderá fornecer a aeronave a seus potenciais compradores em fins de 2012. O preço gira em torno de 4 milhões de dólares. Até o momento, a empresa japonesa recebeu mais de 100 pedidos de compra.
Fonte: ipcdigital - Foto: Divulgação/Honda
Noite feliz no aeroporto Charles de Gaulle para 'náufragos' do caos aéreo
No final do terminal 2F, em uma sala transformada em dormitório improvisado, Didier e Beatriz Clerval fizeram a ceia de Natal com os dois filhos. No menu, fornecido pela companhia aérea, havia carne assada, batatas, uma posta de salmão defumado, queijo e chocolate.
"As crianças ganharam presentes, e nos deram comida e bebida. Vamos passar bem a noite", disse Beatriz, que pretendia embarcar para a Tunísia na tarde de sexta. O voo, no entanto, foi adiado para este sábado.
"Do que mais sentimos falta é de um bom banho", suspirou.
Cerca de 400 voos foram cancelados na sexta-feira no Charles de Gaulle devido à neve e ao gelo dos últimos dias, que paralisaram este e vários outros aeroportos europeus.
A situação no terminal francês, terceiro maior do continente, só começou a melhorar na noite de sexta-feira, e deve ser normalizada ainda neste sábado de Natal.
Uma missa católica foi celebrada ao anoitecer para alguns fieis, que se reuniram em outra sala do terminal 2F a pedido do aeroporto.
No dormitório improvisado, funcionários distribuíam garrafas d'água e bandejas de comida. Martin Curtis, a mulher Carol e a filha do casal, de 4 anos, esperavam o momento de poder embarcar de volta para casa, em Manchester, no Reino Unido.
"Chegamos a Paris na quarta-feira, sem problemas. Nosso voo de volta estava marcado para as 18H00 e foi cancelado, e aparentemente sem motivo!", protestou Carol, apontando para a paisagem externa através das janelas do aeroporto, onde já é possível reparar na diminuição da neve.
"Não tínhamos nenhum plano para esta noite. Mas deveríamos estar em casa às 09H30 da manhã", disse Martin, enquanto observa a filha dormindo em um colchonete.
Um casal de italianos, recém-chegados de Roma para uma semana de férias na capital francesa, consideram-se afortunados.
"Felizmente, reservamos passagens no único voo que não foi cancelado", comemora Monica Mancini, ao descer do avião.
"O voo saiu com uma hora e meia de atraso, mas depois pegamos as bagagens rapidamente. Nossas duas filhas receberam até presentes. Foi nosso dia de sorte", afirmou.
Pouco antes da meia-noite, o secretário de Estado francês para os Transportes, Thierry Mariani, chegou ao Charles de Gaulle para conversar e desejar feliz Natal aos "náufragos" dos céus, anunciando que "no começo de janeiro, vamos tirar conclusões e determinar responsáveis" pelo caos natalino.
Fonte: AFP
Voo atrasa mais de cinco horas e passageiros protestam em São Paulo
Em comunicado, a Gol disse que precisou fazer ajustes em sua malha (tripulantes) depois que aeroportos como os de Confins (MG) e Campo Grande (MS) suspenderam temporariamente suas operações por causa de fortes chuvas.
A nota da companhia informa que aeronautas reservas foram acionados. A Anac disse que vai investigar o que houve com a tripulação da Gol e se a companhia prestou assistência aos passageiros durante as mais de cinco horas de atraso.
Fonte: Agência Estado
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Veja um trilho eletromagnético lançar um avião a 100 quilômetros por hora
O Sistema de Lançamento Eletromagnético de Aeronaves (EMALS, inglês), pode mover um avião de 45 mil quilos a mais de 100 quilômetros por hora numa pista com 90 metros de espaço. De acordo com a Marinha, o EMALS não é só um método menor e mais eficiente de lançamento de aviões se comparado às turbinas de vapor, ele também economiza 30% de energia no processo. A Marinha diz que eles utilizarão o sistema para lançar todas as aeronaves das transportadoras, incluindo caças de ataque e aviões de vigília de peso leve.
De acordo com o Danger Room, o EMALS será completamente implementado em todas as futuras transportadoras de aeronaves (a próxima implantação prevista de uma nova operadora será a USS Gerald R. Ford, em 2015). Enquanto isso, eles pretendem testar o sistema de lançamento com outras aeronaves, incluindo os aviões C-2 e T-45.
Neve força retirada de 2.000 de aeroporto na França e prejudica voos na Europa
O mesmo telhado desmoronou parcialmente em 2004, pouco depois da inauguração. As pessoas permaneceram calmas durante o esvaziamento do Terminal 2E, descrita pela direção do aeroporto como preventiva.
Ao menos 60 centímetros de neve estavam acumuladas no telhado. Equipes de emergência foram enviadas para limpar o local.
Poucas semanas depois do terminal ser inaugurado, em 2004, uma parte do telhado desenhado por Paul Andreu caiu --matando quatro turistas estrangeiros e ferindo outras seis pessoas.
A Aviação Civil francesa anunciou nesta sexta-feira que 35% dos voos previstos para esta tarde no aeroporto Charles de Gaulle foram cancelados por problemas de abastecimento de anticongelante para tirar o gelo aos aviões.
O temporal de neve, o terceiro que a França sofre no mês, provocou problemas de circulação em várias estradas do país, o que dificulta o tráfego de caminhões, o que explica a falta de anticongelante no Charles de Gaulle.
A Aviação Civil tinha anunciado a suspensão da metade dos voos previstos até as 13h (10h de Brasília) e, posteriormente, acrescentou a anulação de 35% dos voos do resto do dia.
As companhias aéreas são as que têm que decidir que voos são suspensos e, por enquanto, estão dando prioridade aos de longa distância.
Por enquanto, os outros aeroportos, que administram um menor volume de tráfego, não sofreram anulações.
Estradas
Nos serviços ferroviários não estão previstos cancelamentos, mas sim atrasos importantes, sobretudo nas linhas do leste e do sudeste do país. A empresa pública de ferrovias SNCF reforçou os serviços às vésperas de Natal.
A circulação nas estradas é complicada em diversos departamentos, 21 dos quais há alerta por neve. Os problemas afetam sobretudo a rede secundária, embora as autoridades pediram prudência também nas grandes estradas do país.
Bélgica
O aeroporto de Bruxelas decidiu suspender, pelo menos até as 15h (13h de Brasília) desta sexta-feira, a aterrissagem de voos em suas pistas para dar prioridade às decolagens, que sofrem muitas dificuldades por causa da neve que cai na Bélgica.
"Atualmente tudo está preparado para permitir a decolagem do máximo de aviões, mas a situação evolui lentamente", explicou o porta-voz do aeroporto.
O aeroporto tem todas suas pistas abertas, mas as atividades estão muito desaceleradas devido à situação meteorológica.
Por enquanto, os voos com destino a Bruxelas estão sendo desviados para outros aeroportos.
As saídas previstas para hoje, segundo informa o aeroporto internacional belga em seu site, estão em sua maioria atrasadas ou canceladas.
Enquanto isso, o aeroporto de Bruxelas Sul-Charleroi foi reaberto hoje após se ver obrigado a suspender suas operações ontem, provocando o cancelamento de 18 voos e deixando em terra umas 2.000 pessoas.
Também opera, embora com algumas restrições, o aeroporto de Liège, no leste do país.
Na vizinha Holanda, os aeroportos de Eindhoven e Maastricht também tiveram que fechar esta manhã por causa das fortes nevascas no sul do país.
Fonte: Folha.com (com Agências) - Foto: Pierre Verdy/AFP
Justiça cassa decisão que impedia greve em aeroportos
Defesa dos aeroviários pretende recorrer para viabilizar greve.
O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador Olindo Menezes, suspendeu a decisão da 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal que impedia greves de aeronautas e aeroviários em todo o país, até 10 de janeiro. Cabe recurso à decisão, assinada na noite desta quinta-feira (23).
Permanece, no entanto, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TST) que determinou a atividade de 80% dos trabalhadores das categorias nos aeroportos brasileiros até o dia 3 de janeiro.
Em sua decisão, o presidente do TRF afirmou que a Justiça Federal não tem competência para julgar questões de greve. Além de proibir movimentos de greve, a determinação cassada amentava de R$ 100 mil por dia para R$ 3 milhões a multa pelo descumprimento da decisão.
A defesa do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) entrou com recurso, que gerou a suspensão da decisão da 4ª Vara. Segundo o advogado do sindicato, Gengizcan Brito Simões, o processo deverá ser remetido a uma das varas de trabalho.
"A decisão do desembargador é coerente. Por enquanto, vale a decisão do TST, mas estamos analisando recorrer dessa também. Nossa intenção é tentar aumentar o percentual da greve para reduzir o efetivo que necessariamente teria de permanecer trabalhando", afirmou o advogado.
Fonte: G1 - Foto (Aeroporto Internacional de Brasília ): Debora Santos/G1
Voos no Japão são quase sempre pontuais
Até engravatados ajudam o pessoal da faxina a limpar os aviões.
Os aeroportos e as companhias aéreas mais pontuais do mundo estão no Japão. O correspondente Roberto Kovalick mostra como os japoneses atingiram essa eficiência.
A missão dos engravatados do escritório é ajudar o pessoal da faxina a limpar o avião para o próximo voo. Um rapaz diz que não se importa em fazer uma tarefa que é não a dele. O importante é deixar os passageiros satisfeitos.
A companhia aérea calcula que essa mãozinha da turma do escritório ajuda o avião a recuperar cinco minutos do atraso. Parece pouco, mas dezenas de iniciativas como esta fazem uma grande diferença. O Japão tem os dois aeroportos e as duas companhias aéreas mais pontuais do mundo.
A Japan Airlines e o aeroporto de Haneda, em Tóquio, são os campeões mundiais de pontualidade, com cerca de 90% dos voos no horário. Se não fossem organizados, as filas seriam imensas: Haneda é o aeroporto mais movimentado do Japão, com 62 milhões de passageiros por ano.
Os japoneses conseguem isso com tecnologia e boas ideias: um monorail pega os passageiros no Centro de Tóquio e os deixa dentro do aeroporto em 30 minutos. Assim eles não perdem tempo no trânsito.
O check-in pode ser feito em máquinas, como em alguns aeroportos brasileiros, ou no balcão, para quem carrega malas. Ali, os funcionários são treinados para fazer o atendimento de cada passageiro em 40 segundos.
O passageiro pode ainda fazer o check-in em casa e a confirmação vem por meio de um tipo de código de barras, no celular. É só passar o aparelho no leitor e ir para o avião.
Um passageiro disse que não dá para perder algo tão precioso como o tempo.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)
Balanço da Infraero aponta atraso em 19,3% dos voos
Entre os voos internacionais, 18,3% atrasaram.
No balanço anterior das 16h, o índice de atraso nos voos domésticos era um pouco menor: 19% do total. Os números fazem parte do balanço divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Mesmo nos terminais movimentados, os passageiros não encontram dificuldades. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, dos 154 voos previstos no mesmo período, 49 atrasaram e cinco foram cancelados. No aeroporto de Congonhas, dos 156 voos, 24 atrasaram e 29 foram cancelados.
No Rio, no aeroporto do Galeão, 17 voos atrasaram e um foi cancelado, de um total de 82. No Santos Dumont, dos 114 voos, 11 atrasaram e 24 foram cancelados.
Em Brasília, dos 132 voos, 31 atrasaram e cinco foram cancelados.
Greve suspensa
Funcionários das empresas aéreas haviam ameaçado entrar em greve na quinta-feira (23), mas o protesto foi suspenso após assembleia realizada no início da manhã, na sede do Sindicato Nacional dos Aeronautas, em São Paulo.
Ainda na quinta, a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, disse que "está aliviada" com a decisão. “Levantei às 5h30 com grande expectativa. Mas no fim aconteceu o que esperávamos: apenas pontos localizados [de paralisação].”
Fonte: G1
Air China lança bilhete combinado avião-ônibus
O primeiro bilhete combinado aéreo-rodoviário vai conectar Tianjin com os voos domésticos que passam por Pequim. O serviço será posteriormente ampliado para cidades tais como Xangai e Chengdu, em conexões com suas cidades periféricas.
O novo serviço deverá expandir a rede da Air China e torná-la mais conveniente para os passageiros que moram em cidades no entorno dos principais aeroportos chineses.
Ainda vigora um sistema que estabelece o preenchimento obrigatório de formulário para continuidade de viagem dos passageiros transferidos para ou originários de um ônibus da ponte rodoviária.
Neste avanço de modernidade, os passageiros poderão fazer consultas, reservas, marcar e comprar bilhetes combinados no Web Site da Air China ou através da linha direta de vendas por telefone. Isto também estará favorecendo o incremento turístico no pais.A rota combinada inclui duas partes: Uma, no voo com a Air China e o ônibus de ponte rodoviária, que também recebe um número de voo.
O ônibus de Pequim para Tianjin, por exemplo, tem os números dos voos CA9001 e CA9003. Se um passageiro do Tibet quer voar para Tianjin, ele pode comprar um bilhete combinado no Web Site da Air China e chegar ao destino apenas apresentando sua carteira de identidade.
A Air China, companhia aérea de bandeira nacional, é empresa membro da Star Alliance.
Fonte: Brasilturis
Avião da TAAG faz aterrissagem de emergência em Luanda
O mesmo avião da TAAG que há duas semanas perdeu peças em Lisboa, voltou a dar problemas em Angola.
O Boeing 777-2M2/ER, prefixo D2-TEE, da companhia aérea angolana foi obrigado a fazer uma aterrissagem de emergência em Luanda, após uma explosão seguida de incêndio num motor, quando se dirigia para Dubai.
A administração da TAAG reuniu-se de emergência para analisar o incidente e decidiu manter em terra todos os Boeing 777, um modelo que compõe cerca de metade da frota da companhia angolana.
A suspensão é por tempo indeterminado, uma vez que terão de ser os técnicos da empresa norte-americana a verificar os aparelhos.
Fontes: Rádio Renascença / Aviation Herald - Foto cedida por Rui Guerreiro
Peritos analisam causas da queda do avião no Interior de SP
Peritos da aeronáutica estiveram em Cajobi nesta sexta-feira (24). Eles analisam o que provocou a queda de um monomotor logo depois de tentativa de decolagem, na quinta-feira (23).
O laudo deve ficar pronto em 30 dias. O piloto Anderson de Souza Lacerda, de 38 anos, está na UTI do Hospital de Base de Rio Preto em estado regular.
Fonte: Agência Bom Dia - Imagem: Reprodução/TV Tem
Avião da TAM sofre princípio de incêndio em Salvador
Segundo a companhia, foi detectada fumaça em forno que aquece refeições.
Ninguém teve ferimentos graves.
Passageiros do voo JJ 3175 da TAM, que viajaria de Salvador até São Paulo na noite de quinta-feira (23), levaram um susto, antes do avião decolar. Segundo a companhia aérea, foi detectada fumaça em um forno que aquece as refeições. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) diz que houve uma pane elétrica com princípio de incêndio. Equipes das áreas de operações e o Corpo de Bombeiros foram acionados.
Os cerca de 120 passageiros que estavam a bordo deixaram a aeronave pelas saídas de emergência e usaram escorregadores. Depois disso, eles puderam voltar ao avião para retirar seus pertences. Ninguém teve ferimentos graves.
Por meio de nota, a companhia afirma que os clientes "estão sendo reacomodados" em outros voos e recebendo a assistência necessária. Apesar do incidente, a Infraero informa que as operações no aeroporto da capital baiana não foram prejudicadas.
Até as 13h desta sexta-feira, dos 68 voos previstos no aeroporto de Salvador, 13 atrasaram e nenhum foi cancelado. Em todo o país, dos 1.257 voos programados no mesmo período, 242 sofreram atrasos (19,3%) e 57 foram cancelados (4,5%).
Fonte: G1 - Fotos: Margarida Neide/Agência A Tarde/AE
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Acidente de avião em Illinois deixa 1 morto e 1 ferido
Porém, o motor do avião 'morreu' e, perdendo altitude, atingiu o telhado de um armazém e caiu num estacionamento.
No acidente morreu o piloto Todd Cole, de 36 anos. O passageiro Benjamin Van Hyning, 18, sofreu queimaduras graves e múltiplas fraturas e foi levado para o hospital.
Fontes: ASN / dailymail.co.uk / 12horasnotciassobreaviacao.blogspot.com - Fotos: Buzz Orr (Sun-Times Media) / Shaun Sartin (Chicago Tribune)
Primeira classe à francesa
Pelé, Tostão, Jairzinho, Garrincha e Carlos Alberto Torres. Se precisar completar o álbum de figurinhas com os craques da Seleção de 70, fale com Marc Bailliart, que desde setembro do ano passado é o diretor-geral da Air France/KLM no Brasil.
“Até hoje não sei o que aconteceu. Como perdemos aquele jogo? Parecia que a gente estava com a taça na mão”, diz Bailliart que se autointitula o “único francês que chorou na derrota do Brasil para a França na Copa de 98.
Marc Bailliart, diretor-geral da Air France/KLM no Brasil
E quando ele diz “como perdemos” e “a gente” estava com a mão na taça, sim, ele está falando dos brasileiros. A relação de Bailliart com o País é antiga. Na década de 70, ele escolheu o Brasil para fazer seu primeiro estágio na área de comércio no hotel Le Meridien. “O que me encanta é que aqui ninguém perde tempo reclamando.
Você dá a meta e as pessoas apresentam as soluções.” E ele acaba de estabelecer uma meta para a companhia aérea que tem 35 voos semanais para Paris – dois saem diariamente de São Paulo, outros dois saem do Rio e há um voo por dia na rota São Paulo-Amsterdã, feito pela KLM.
O objetivo é crescer a receita em 50% a 60% no prazo de seis a nove meses. Para isso, mirou o público de maior poder aquisitivo e vai aumentar o número de assentos na primeira classe.
Normalmente são apenas quatro poltronas e a oferta vai chegar a oito. “Não podemos atirar para todo lado. É preciso trabalhar nichos de mercado e vamos começar pela primeira classe”, disse Bailliart em sua primeira entrevista desde que assumiu a direção da companhia no Brasil. No ano passado, o grupo Air France/KLM faturou 20,9 bilhões de euros e transportou 71.394 passageiros. Desse total, 2,1 milhões saíram da América Latina.
A implantação da estratégia foi dividida em três fases. A primeira, e talvez a mais complexa, é reformular o sistema de vendas da companhia. “É preciso identificar e atrair os clientes da primeira classe que hoje não voam conosco.
Não basta pôr mais assentos na primeira classe e esperar que os passageiros venham. É preciso vender, e bem, os nossos diferenciais”, completa. Entre os diferenciais a que ele se refere estão uma série de mimos que, garante Bailliart, são exclusividade da Air France.
Como um mordomo que leva os passageiros da sala VIP para o avião em um carro privado. Ou o menu assinado, entre outros, pelo cheff Joël Robuchon (que tem uma coleção particular de 25 estrelas do guia Michelin no currículo). Hoje o Brasil é o quinto maior mercado para o grupo Air France/KLM. “A meta é tomar a quarta posição do Canadá”, diz Bailliart.
Apesar do foco na classe de maior poder aquisitivo, Bailliart lembra que outros estratos sociais não saíram do radar da companhia. Em abril, a companhia europeia firmou acordo de compartilhamento de voo com a Gol e passou a atender 14 cidades brasileiras.
“Desde que iniciamos a parceria com a Gol, outras praças fora do eixo Rio-São Paulo já representam 30% das nossas operações”, diz o executivo, acrescentando que a taxa de ocupação entre Brasil e França hoje gira na casa dos 80% na baixa estação e chega a 90% na alta temporada.
A estratégia, porém, terá de lustrar a imagem da companhia, arranhada com o acidente do voo AF 447, que partiu do Rio com destino a Paris e caiu no oceano, em maio do ano passado, com 228 pessoas a bordo. Todas as informações sobre o acidente ficaram concentradas em Paris e este é o único assunto da entrevista vetado por Bailliart. Para o analista Felipe Queiroz, da Austin Rating, a direção tomada pela companhia francesa está correta e sinaliza uma tendência.
“A concorrência com as empresas de baixo custo deixou as grandes companhias sem foco e o segmento premium é grande no mundo todo”, diz Queiroz. “Alguém tem que cuidar desse mercado e é o que estamos fazendo”, completa Marc Bailliart.
Fonte: Eliane Sobral - Fotos (na sequência): Rodrigo Paiva (Ag. IstoÉ) / Divulgação
Atrasos atingem 39% dos voos do país, segundo Infraero
No total, 97 decolagens foram canceladas.
Dos 2.207 voos domésticos programados até as 20h desta quinta-feira (23) nos principais aeroportos do país, 861 sofreram atrasos de mais de meia hora (39% do total) e 97 foram cancelados (4,4%), segundo balanço divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Às 19h, o índice era 38,1%; às 18h, 37,1%.
Entre os 172 voos internacionais, 64 atrasaram (37,2%) e cinco foram cancelados (2,9%).
No Rio de Janeiro, no aeroporto Santos Dumont, dos 145 voos previstos até as 20h, 28 atrasaram (19,3%) e 31 foram cancelados (21,4%). No Galeão, dos 101 voos, 53 atrasaram (52,5%) e dois foram cancelados (2%).
No aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, dos 185 voos programados, 97 atrasaram (52,4%) e cinco foram cancelados (2,7%). Em Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, dos 213 voos, 103 atrasaram (48,4%) e 31 foram cancelados (14,6%).
Em Brasília, dos 166 voos, 80 atrasaram (48,2%) e dois foram cancelados (1,2%).
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os passageiros não encontram dificuldades para embarcar. No aeroporto da Pampulha, dos 31 voos, quatro atrasaram (12,9%) e nenhum foi cancelado. No aeroporto de Confins, dos 113 voos, 41 atrasaram (36,3%) e três foram cancelados (2,7%).
Empresas
A Gol e a TAM divulgaram notas informando que estão "empenhadas" em garantir a tranquilidade nos aeroportos durante as festas de fim de ano.
A TAM informou que os "atrasos e poucos cancelamentos registrados até o momento se devem principalmente a problemas meteorológicos em algumas cidades, a manutenções não programadas ou a ajustes na malha". A empresa cita o fato de que os aeroportos do Rio fechamaram na noite de quarta, devido ao mau tempo.
Ainda de acordo com o balanço da Infraero, até as 14h, 53,9% dos voos domésticos da TAM atrasaram e 30,4% da Gol. Entre os voos internacionais, 50% dos voos da TAM e 30,4% da Gol atrasaram.
Fonte: G1 - Foto: Eliária Andrade/Agência O Globo
Justiça proíbe greve em aeroportos até 10 de janeiro
Multa para grevistas passa para R$ 3 milhões em caso de descumprimento.
Nesta quarta, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que fossem mantidos 80% dos trabalhadores em atividade nos aeroportos. Com isso, os Sindicatos de Aeronautas e Aeroviários suspenderam a greve agendada para esta quinta (23).
O pedido para que a greve fosse vetada até 10 de janeiro foi feito pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal. De acordo com a decisão judicial, sindicatos e federações de aeroviários e aeronautas não podem “promover, divulgar, incentivar ou adotar medidas extraordinárias que prejudiquem a regular prestação do serviço de transporte aéreo no Brasil.”
Na decisão o juiz avalia como “oportunista e abusiva” a realização de uma greve às vésperas das festas de fim de ano e da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, e de governadores em todo o País.
“Não só a população brasileira como um todo que corre o risco de sofrer prejuízos irreparáveis com tal movimento. É o bom nome do próprio país, no cenário internacional, que está em jogo, ainda mais quando nos preparamos para a realização de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos na década que se inicia”, afirmou o magistrado.
Sindicato vai recorrer
O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários, José Fernandes dos Reis, afirmou que vai recorrer dessa decisão e da determinação anterior do TST. O sindicalista defende que a greve é direito do trabalhador garantido em lei.
“A convenção coletiva, assinada há 10 anos com os empresários, determina que a negociação de salários seja feita em dezembro. A greve é direito garantido na Constituição. Vamos derrubar essa liminar”, disse Reis.
Diálogo
Após o cancelamento da greve, o ministro da defesa Nelson Jobim demonstrou apoio à decisão dos aeronautas. “A suspensão da greve foi uma decisão inteligente. É preciso garantir uma tranquilidade mínima à população”, disse o ministro, durante visita ao Conjunto de Favelas do Alemão, no Rio.
Com relação à nova reunião em janeiro, para definir uma possível data para a paralisação, Jobim disse que todo cidadão tem direito a greve, mas afirmou que é necessário dialogar. “Em um primeiro momento, não houve diálogo, mas em janeiro vamos dialogar”, afirmou o ministro.
Propostas
Gelson Dagmar Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, disse que os funcionários das aéreas foram surpreendido pelas decisões judiciais e afirmou que, mesmo sem a greve, é possível haver atrasos em aeroportos porque os aeronautas e aeroviários estão trabalhando acima do limite.
O presidente do Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias (Snea), José Marcio Mollo, disse em entrevista à rádio CBN que a entidade fez nesta madrugada uma proposta de reajuste de 8% aos trabalhadores, elevando a proposta inicial de 6,05% e aguarda uma nova posição dos trabalhadores. Os aeroviários solicitam aumento de 13%.
Fonte: Débora Santos (G1)
Nova Zelândia divulga documentos sobre óvnis
As milhares de páginas de documentos cobrem mais de cinco décadas de relatos de observações de óvnis por neozelandeses. A maior parte dos arquivos contém explicações naturais para as aparições, desde meteoritos a reflexos de luzes de embarcações marítimas. Entre os relatos está o de um homem que em 1955 escreveu uma carta às autoridades do país para informar que havia visto discos voadores, e que teria inclusive observado a decolagem de um deles.
Os arquivos abrangem também o mais famoso mistério relacionado ao tema no país, registrado em 1978 na cidade insular de Kaikoura (foto acima). Na ocasião, a tripulação de um avião de carga reportou que havia luzes estranhas que aparentemente acompanhavam a aeronave e controladores de tráfego aéreo informaram ter captado sinais no radar para os quais não encontravam explicação.
Diagrama: esboço de um UFO apresentado por uma pessoa que alegou ter tido um encontro íntimo
Os documentos mostram que o governo tomou nota cuidadosamente dos relatos, apesar de muitos cidadãos terem recebido apenas um agradecimento polido ao destrincharem suas teorias. As Forças de Defesa da Nova Zelândia divulgaram os documentos na quarta-feira em obediência a uma solicitação feita com base em uma lei local de liberdade de informação. As informações são da Associated Press.
Fontes: Agência Estado / dailymail.co.uk / AlJazeera English
Avião que fazia pulverização cai em canavial no interior de SP
A aeronave foi localizada por trabalhadores rurais que ouviram o barulho do avião no momento da decolagem e notaram que ele não havia ganhado altura. As causas vão ser investigadas pelo departamento de aviação civil.
Fontes: TV Tem / O Globo - Imagens: Reprodução/TV Tem
Greve no setor aéreo está suspensa até dia 7 de janeiro, diz federação
Segundo Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores do Transporte Aéreo, a decisão determina que seja mantido 90% do efetivo das categorias em atividade entre os dias 23 de dezembro e 7 de janeiro e, por isso, “não haverá qualquer movimentação ou paralisação” até a data estabelecida. "Está suspenso qualquer movimento de greve até o dia 7 de janeiro em solidariedade a população e em respeito a decisão judicial", disse ele.
Na decisão da Justiça Federal, o juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª vara, afirmou que os trabalhadores estariam sendo “oportunistas” caso optassem pela greve na semana do Natal.
Outra decisão na Justiça, dessa vez da Delegacia Regional do Trabalho do Distrito Federal, também determinou que 90% do efetivo das categorias permanecesse em atividade entre os dias 23 de dezembro e 2 de janeiro, estabelecendo uma multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento.
O presidente da Federação disse ainda que as empresas mantiveram a oferta de aumento salarial de 6,5%, enquanto as categorias reivindicam um aumento entre 13% e 15%, mas que houve uma “abertura para conversa” com as empresas TAM e Gol.
Hoje mais cedo, a suspensão da greve já havia sido confirmada pelo comandante Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, após uma assembleia com os trabalhadores da categoria, realizada nesta quinta-feira (23), às 5h, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
"Nós sentimos que a sociedade já vem há alguns dias muito preocupada com a questão [da greve] e, atendendo a este anseio, a categoria decidiu cumprir a decisão judicial e suspender a greve", explicou, referindo-se à decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que concedeu ontem uma liminar (decisão provisória) determinando que fossem mantidos em atividade 80% dos funcionários das companhias aéreas entre esta quinta-feira (23) e o dia 2 de janeiro.
"Entretanto, nós voltaremos a discutir a greve no início de janeiro, após esta época de Natal e Ano Novo", completou o comandante. Fochesato garantiu que, por parte de aeroviários e aeronautas, a população não terá problemas para viajar nesta época de festas de final do ano. "Mas acreditamos que enfrentarão, sim, problemas no geral, já que as companhias aéreas estão negligenciando o desgaste da tripulação, que está trabalhando acima do limite e em condições adversas", explicou o presidente do sindicato.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas representa hoje 10 mil profissionais, entre pilotos, comissários e engenheiros de voo. A reportagem está tentando contato com a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, para comentar a decisão.
Mesmo com a suspensão da greve, os aeroviários realizaram, às 5h30 desta manhã, uma passeata no aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos.
Ontem (22), antes da decisão judicial, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) recomendou aos passageiros que confirmem o voo com a empresa aérea antes de ir ao aeroporto. Já no aeroporto, havendo atraso ou cancelamento do voo, o passageiro deve procurar a empresa aérea e um representante da Agência nacional de Aviação Civil (Anac) ou o Juizado Especial.
A Anac ainda não se pronunciou oficialmente sobre a suspensão da greve, mas sua assessoria informa que o monitoramento da agência continua hoje nos 11 principais aeroportos do país (Galeão, Guarulhos, Congonhas, Brasília, Confins, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Salvador, Vitória e Manaus), por meio de inspetores que usam um colete azul e podem ser abordados pela população em caso de dúvidas.
Atrasos
Próximo do Natal, os aeroportos do país apresentam atrasos superiores a 30 minutos nesta quinta-feira (23); 28,7% dos voos domésticos tiveram a partida adiada até 9h, segundo a Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros). Dos 696 voos programados, 200 partiram fora do horário e 39 (5,6%) foram cancelados.
Em relação aos voos internacionais, dos 50 voos programados, 11 estão atrasados (22%).
No Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, das 54 partidas nacionais programadas até as 9h, 20 (37%) atrasaram; das internacionais, das 21 agendadas, duas atrasaram (9,5%).
No Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, dos 51 voos domésticos programados, 8 (15,7%) estão atrasados e 11 foram cancelados (21,6%).
Segundo a Infraero, cerca de 480 mil passageiros devem circular nos aeroportos brasileiros nesta quinta-feira (23).
Conheça os principais direitos dos passageiros
Assistência material
A partir de uma hora de atraso, o passageiro tem direito a telefone ou internet disponível. A partir de duas horas de atraso, a companhia deve fornecer alimentação adequada ao tempo de espera (voucher, lanche, bebidas); e a partir de quatro horas de atraso em relação ao horário previsto de voo, os afetados devem receber acomodação em local adequado (espaço interno do aeroporto ou ambiente externo com condições satisfatórias para aguardar pela reacomodação) ou hospedagem (quando necessária), incluindo eventual transporte do aeroporto ao local de acomodação
Reacomodação
Imediata no caso de cancelamento ou preterição. Nos atrasos, reacomodação no próximo voo da companhia ou de outra empresa na mesma rota. O passageiro que aguarda reacomodação tem prioridade sobre os que ainda não adquiriram passagem
Informação
A companhia deve informar direitos do passageiro e os motivos do atraso, cancelamento ou preterição, inclusive por escrito (o que pode ser usado em pedidos de indenizações, se for o caso)
Reembolso
Para o passageiro que desistir da viagem por cancelamento ou atraso acima de quatro horas, reembolso integral do valor do bilhete, na mesma forma do pagamento (cartão de crédito ou crédito bancário)
Indenização
O passageiro pode pedir reparação no poder Judiciário se entender que o atraso causou dano moral. Por exemplo, se não chegou a tempo a uma reunião de trabalho ou perdeu um casamento
Fonte: Associação Nacional de Aviação Civil (Anac)e Procon
Como reclamar
Caos aéreo? O que fazer:
Veja algumas orientações da Andep (Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo) para os passageiros que enfrentarem transtornos em aeroportos:
- Chegar ao aeroporto 1h30 antes de voos domésticos e 3h antes de voos internacionais; isso aumenta a chance de embarcar e reduz o tempo na fila do check-in
- Fazer conexões com folga mínima de 3h
- Não discutir, ameaçar ou agredir com o atendente do balcão
- Verificar se há mais pessoas na mesma situação que você
- Procurar fazer uma lista com demais passageiros lesados; uma ação coletiva terá mais impacto
- Guardar todos os comprovantes de despesas decorrentes do cancelamento ou atraso no voo
- Registrar, com celular e câmeras, imagens dos painéis de informação para comprovar o atraso/cancelamento do voo, ou mesmo registrar o caos/mau atendimento
- Se houver tempo, registrar, antes de embarcar/desembarcar, a queixa junto à companhia aérea, ANAC, posto policial ou Juizado Especial
Anac
Para apresentar reclamação sobre irregularidades cometidas pela companhia, os passageiros podem entrar em contato com representantes da Anac pessoalmente nos principais aeroportos, ou 24 horas por dia pelo telefone 0800 725 4445, com atendimento em português, inglês ou espanhol. Na internet, o endereço é www.anac.gov.br/faleanac. A Anac avalia a denúncia e pode multar a companhia infratora
Procon
A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) recebe reclamações a respeito de qualquer falha no serviço. O Procon procura a empresa e busca uma conciliação que garanta o direito do cliente
Judiciário
A avaliação de indenizações em caso de suposto dano moral é feita pelo Poder Judiciário
Fonte: Andréia Martins (UOL Notícias) - Foto: Alan Morici (Futura Press)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
50 segredos que os pilotos não contam
Você, que tem arrepios quando o avião decola ou faz chacota com quem tem medo de voar, deveria ler com atenção os segredos que os pilotos de aeronaves não costumam contar para ninguém. E assim, descobrir quando realmente é hora de se preocupar e quando é exagero. A revista Reader’s Digest perguntou a pilotos de diversas empresas aéreas nos Estados Unidos quais as coisas que eles não diriam a seus passageiros.
Em tempos de caos aéreo, os profissionais dão dicas úteis para pessoas de qualquer lugar do mundo que estão pensando em pegar um voo. Por exemplo, não adianta nada pedir informações sobre o aeroporto a um piloto, eles viajam tanto que quase nunca conhecem os lugares onde estão.
Confira alguns conselhos úteis abaixo:
1. “Nós também sentimos falta dos amendoins” – Piloto da US Airways
2. “Estou constantemente preocupado em carregar menos combustível do que acho confortável. Empresas Aéreas estão sempre olhando para os limites, e você queima combustível quando carrega combustível. Algumas vezes, se você carrega só o suficiente e enfrenta tempestades ou atrasos, de repente está sem combustível e precisará ir a um aeroporto alternativo” – Comandante de uma grande empresa
3. “Às vezes a companhia não nos dá pausas para almoço ou até tempo para comer. Nós temos que atrasar voos para conseguir comer alguma coisa.” – Primeiro Oficial de transportadora regional
4. “Nós contamos aos passageiros o que eles precisam saber. Nós não contamos coisas que irão assustá-los demais. Você nunca vai me escutar dizer: ‘Senhoras e senhores, acabamos de ter uma falha no motor’, mesmo se isso for verdade” – Jim Tilmon, piloto aposentado da American Airlines
5. “A verdade é que nós estamos cansados. Nossas regras de trabalho nos obrigam a estar em serviço por 16 horas sem intervalo. São muitas horas a mais que um motorista de caminhão, que podem descansar na próxima parada, nós não podemos parar na próxima nuvem” – Comandante de uma grande empresa.
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Fonte: Revista Galileu - Foto: Ryan McVay/Photodisc/Thinkstock