terça-feira, 31 de outubro de 2023

Aconteceu em 31 de outubro de 2000: Voo da ACA-Ancargo Air é abatido por míssil em Angola

Um avião Antonov An-26 similar ao que foi abatido em Angola
Em 31 de outubro de 2000, o avião 
Antonov An-26, prefixo D2-FDI, da ACA-Ancargo Air, operava um voo doméstico entre o Aeroporto de Saurimo, e o Aeroporto Quatro de Fevereiro, em Luanda, ambas localidades de Angola.

A aeronave partiu de Saurimo num voo com destino a Luanda, transportando 44 passageiros e uma tripulação de cinco pessoas. Esta foi a última etapa do dia depois dos dois voos anteriores provenientes de Lucapa e Dundo. 

Cerca de 20 minutos de voo, ainda em altitude de cruzeiro, a aeronave foi atingida por um míssil terra-ar, entrou em descida descontrolada e caiu em campo aberto localizado próximo à Mona Quimbundo, uma vila e comuna angolana que se localiza na província de Lunda Sul, pertencente ao município de Saurimo.

Os destroços foram encontrados a cerca de 50 km a sudoeste de Saurimo e todos os 49 ocupantes morreram.

Membros do Exército de Angola que foram ao local realizar o resgate de possíveis sobreviventes disseram que a aeronave estava completamente destruída e que não havia "nenhuma hipótese de identificar os cadáveres".

A agência de notícias "Lusa" divulgou na época que os passageiros eram de nacionalidade russa. Mas o Ministério de Situações de Emergência da Rússia negou que houvesse russos no avião e divulgou o nome de quatro ucranianos que deveriam estar na aeronave. Autoridades locais, por sua vez, afirmaram que os passageiros eram angolanos, a maioria empresários que trafegavam pela rota dos diamantes.

A causa provável da queda foi apurada como um ataque a aeronave por um míssil terra-ar. A ação hostil foi reivindicada pelos rebeldes da UNITA porque a aeronave transportava uma carga de diamantes roubados no seu território.

A Unita, liderada por Jonas Savimbi, era um grupo que se opunha na época ao governo do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), do presidente José Eduardo dos Santos, e domina grande parte do território angolano e das reservas de diamantes do país.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN, Folha de S.Paulo e baaa-acro

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