quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Por que não podemos despachar power bank e bateria na mala de viagem?

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) determina regras específicas para baterias e power banks de capacidades diferentes.

(Imagem: Getty Images)
Baterias e pilhas de celulares e outros dispositivos eletrônicos podem trazer dores de cabeça para quem viaja de avião, especialmente para os passageiros que desejam despachar tais itens na bagagem.

Afinal, as regras determinadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) indicam que estes componentes podem ser transportados na mala de mão dentro do avião, mas não no bagageiro da aeronave.

Isso acontece por um simples motivo: não há acesso direto ao bagageiro durante o voo, e portanto as situações de combustão não podem ser controladas de forma imediata. Além disso, as aeronaves utilizadas na aviação comercial não estão preparadas para lidar com o fogo originado nas baterias de íon-lítio presentes nos mais variados tipos de eletrônicos, incluindo as power banks.

Regras para baterias extras no avião


Algumas normas especificam as permissões relacionadas ao transporte de baterias no avião, assim como as power banks:

Baterias sobressalentes de íon-lítio com até 100 Wh: são as mais comuns no caso dos celulares. É permitido levar na bagagem de mão, desde que voltadas para uso pessoal e protegidas individualmente para evitar curtos-circuitos. Sob quaisquer condições, elas não podem ficar na mala despachada.

Baterias sobressalentes de íon-lítio entre 100 e 160 Wh: também são permitidas nas bagagens de mão, desde que voltadas para uso pessoal e com um máximo de duas unidades — além disso, elas precisam ser protegidas contra curtos-circuitos.

Nestes casos, a ANAC recomenda um contato prévio com as companhias aéreas, já que uma autorização especial é necessária. Assim como ocorre com as baterias menores, elas não são permitidas na bagagem despachada.

Baterias sobressalentes de íon-lítio com mais de 160 Wh: não são permitidas em voos, seja na bagagem de mão ou na despachada.

Power banks: O carregador portátil pode ser levado na cabine, com basicamente as mesmas regras das baterias de lítio metálico, de acordo com a capacidade.

Como saber a capacidade da bateria em Wh


As normas da ANAC fazem menção à capacidade dos módulos em Wh, mas em geral é mais comum ver especificações de baterias e carregadores portáteis em mAh. A primeira é uma medida de energia elétrica, enquanto a segunda na verdade mede a carga elétrica.

Para realizar a conversão de um valor em outro, é preciso saber também a tensão da bateria, medida em volts (V). Como grande parte das baterias de smartphones funcionam com tensões semelhantes, é comum que o mAh seja padronizado sem grandes perdas de precisão.

Para converter as medidas, basta utilizar uma das seguintes equações:

Wh = mAh × V / 1000 ou mAh = 1000 × Wh / V

No caso mais comum, em que a bateria tenha 5.000 mAh e tensão de 3,8 V, a conta ficaria em Wh = 5.000 × 3,8 / 1000, resultando em 19 Wh.

Portanto, baterias sobressalentes de celulares ficam, com folga, na categoria mínima de capacidade estipulada pela ANAC. Desta forma, é permitido o porte delas na cabine — porém, elas serão barradas se ficarem na mala despachada.

No caso dos notebooks, é preciso tomar um pouco mais de cuidado. Mesmo que grande parte dos modelos tenham baterias com menos de 100 Wh, em alguns casos a medida pode chegar mais perto do limite, e por isso recomenda-se uma checagem rápida caso exista a intenção de levar um módulo sobressalente.

Via Canaltech (Fonte: ANAC, via Tilt)

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