O grande risco é dos balões entrarem na turbina de um avião durante o pouso ou decolagem e causarem um acidente grave.
Balão encontrado na pista de pouso e decolagem do aeroporto de Teresina (Foto: Divulgação) |
A Segurança Operacional da CCR Aeroportos informou que um balão foi apreendido na pista do Aeroporto de Teresina nessa quarta-feira (22). O objeto pode causar incêndios, se aceso, e acidentes graves caso entre na turbina de uma aeronave. Outro risco comum nessa época do ano é causado pelas tradicionais fogueiras juninas.
A gerente do aeroporto, Sandra Neves, contou que o balão estava apagado, mas que poderia ter causado um incêndio. "A sorte é que ele já caiu sem chama. Ainda bem que também não havia nenhuma nave pousando ou decolando e fizemos o recolhimento imediato", disse.
A gestora pediu que a população que reside no entorno do aeroporto se conscientize com relação aos riscos que fogueiras, balões e fogos podem causar. "Princípios de incêndio podem alterar a operação. O fogo pode se alastrar, virar uma grande chama e prejudicar a visibilidade dos pilotos, podendo até fechar o aeroporto para pouso e decolagem", explicou.
Luís Spanner, responsável pela área da Segurança Operacional da CCR Aeroportos, também explicou que uma faísca que se desprende e é levada pelo vento pode provocar incêndios no terreno do aeroporto, causando sérios danos à operação e segurança das pessoas que utilizam o aeroporto ou moram na região.
Spanner também alertou que a prática de soltar balões acarreta riscos às operações por eventuais impactos na estrutura do avião. Dados históricos relacionados aos Aeroportos da CCR apontaram que o período entre maio e agosto é quando há maior interferência de balões nas operações aéreas.
Por isso, a concessionária pediu a colaboração da população para evitar que incidentes aconteçam, sobretudo nesse período em que a capital piauiense está realizando festas juninas.
“Não temos histórico de acidentes envolvendo balões no Aeroporto de Teresina desde que assumimos sua administração em março deste ano. No entanto, essa é uma prática tradicional que potencializa o risco de incêndios e coloca em risco a segurança da aviação. Além disso, é importante ressaltar que o ato de soltar balões se trata de prática ilegal, prevista em lei”, ressaltou Spanner.
Conforme o Cenipa, órgão de prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos, o choque de um balão de 50 kg contra um avião comercial voando a 450 km/h gera um impacto de até 100 toneladas, causando risco de acidentes nas rotas das aeronaves.
Além disso, de acordo com o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais (Lei Nº 9.605), fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios, tanto florestais quanto urbanos, tem pena de um a três anos de prisão ou multa.
Ações integradas
A CCR Aeroportos trabalha em sistema integrado de segurança, promovendo ações para mitigar os riscos de balões e fogueiras nos aeroportos que estão sob sua administração.
Além de Teresina, essas iniciativas contemplam os aeródromos de Curitiba, Bacacheri, Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Joinville e Navegantes, em Santa Catarina; Bagé, Pelotas e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; Goiânia, em Goiás; Palmas, no Tocantins; Petrolina, em Pernambuco; São Luís e Imperatriz, no Maranhão.
Via g1 PI
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