Quatro pessoas estão ameaçadas de pagar quase US $ 70 mil em multas por discutido com tripulantes por causa do uso de máscara e de outras instruções de segurança em voos recentes, parte do que a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) chamou de "aumento assunto" no número de passageiros indisciplinados que voltaram a voar com o afrouxamento das restrições estipuladas pela pandemia.
A rodada mais recente de penalidades, que têm 30 dias para ser contestadas, veio dias depois de a FAA ter anunciado que conhecido mais de 1.300 registros de rebeldes teimosos das aéreas desde fevereiro. Ela informou que esse foi o mesmo número de providências que teve de tomar contra os baderneiros na década passada inteira. "Não vamos tolerar que nada nem ninguém interfira com a tripulação e o desempenho de suas obrigações para com a segurança. E ponto-final", afirmou Stephen Dickson, presidente da FAA, no Twitter, em três de maio.
Nenhum dos viajantes penalizados foi identificado pela FAA, que este ano impôs uma política de tolerância zero com quem se indispuser com os comissários de bordo ou os agredir, sob pena de pagar uma multa de até US $ 35 milhões e possivelmente ser preso.
Segundo o, um deles - uma mulher que saiu da República Dominicana em um avião da JetBlue com destino a Nova York em sete de fevereiro - se recusou a obedecer às ordens de usar máscara a bordo, atirou uma garrafa de bebida alcóolica vazia que quase atingiu outro passageiro, espalhou comida para todo lado e gritou obscenidades aos tripulantes, além de ter agarrado o braço de uma tripulante a ponto de machucá-la, ter batido no braço de outra duas vezes e arranhado a mesma mão dessa pessoa, forçando a aeronave a voltar para o país de origem. A FAA recomendou a aplicação de uma multa no valor de US $ 32.750.
Até agora, a agência identifica possíveis violações em 260 dos 1.300 casos denunciados pelas companhias aéreas, de acordo com informações fornecidas por sua porta-voz no último domingo por e-mail. E já começou a tomar providências para efetivar as punições em 20 casos, preparando-se para fazer o mesmo em vários outros. O órgão também informa que em 2019, antes da pandemia, houve 142 casos de aplicação de medidas coercivas a passageiros; em 2018 foram 159, e 91 em 2017.
Na coluna de Opinião de domingo do NBCNews.com, Sara Nelson, presidente da Associação de Sindicatos de Comissários de Bordo, atribuiu o aumento das tensões nos céus ao clima politicamente carregado em relação aos protocolos de saúde. "O que está causando esses incidentes? Na grande maioria dos casos, são passageiros que se recusam a usar máscara", revelando que a tripulação jamais diria aos passageiros que o uso de máscara de oxigênio em caso de despressurização da cabine é uma questão de escolha pessoal, como também não é o cinto de segurança em caso de turbulência.
O mesmo agora se aplica à máscara facial para proteção contra Covid-19. "Também somos treinados para ajudar a conter a disseminação de uma doença infecciosa. Não estamos apenas pondo prática em essa política de uso de proteção individual, que deveria ter sido implantado há muito tempo, porque somos obrigados, mas sim porque entendemos que o acessório é um meio de proteger a si mesmo e aos outros. E somos gratos aos políticos por nos apoiarem nessa causa."
Em abril, a Administração de Segurança nos Transportes (TSA, na sigla em inglês) estendeu a exigência de uso de máscara para todos os voos comerciais e nos aeroportos norte-americanos até 13 de setembro. O prazo de validade estabelecido em 11 de maio.
No mês passado, a Alaska Airlines divulgou ter suspendido uma senadora alasquiana de seus voos por violação da política de uso de máscara. A republicana Lora Reinbold foi flagrada em vídeo discutindo com funcionários do Aeroporto Internacional de Juneau a respeito das regras de uso do acessório, segundo imagens postadas no Twitter.
Reagindo à discussão, uma mulher que se identifica como comissária de bordo da companhia aérea se manifestou na mesma rede social, dizendo que a repetição de episódios desse tipo foi o motivo de ter pedido demissão. "É muito exaustivo para todos os funcionários que estão tentando fazer seu trabalho e pôr em prática como políticas da empresa. O pessoal discutindo e se recusando a obedecer toda hora é uma coisa ridícula", desabafou Angela Hagedorn, em 26 de abril.
Entre as últimas multas recomendadas pela FAA está o caso de um viajante a bordo de um voo da Southwest Airlines de Chicago a Sacramento, na Califórnia, em 26 de janeiro, que se recusou a obedecer às instruções da comissária de usar a máscara sobre o nariz ea boca. Além de ter se tornado agressivo, xingou um segundo tripulante que o instruiu a usar a máscara correta e o atingiu com suas malas quando foi convidado a se retirar do avião. As autoridades recomendaram uma penalidade de US $ 16.500.
Em 22 de dezembro, um voo da Delta Air Lines de Mineápolis à Filadélfia teve de voltar ao ponto de partida porque uma passagem começou a andar de lá para cá no corredor durante uma decolagem, recusando-se a sentar. A recomendação foi de uma multa de US $ 9 mil para uma mulher, que repetiu várias vezes à tripulação que queria sair da aeronave.
Em 30 de janeiro, um voo de Bozeman, em Montana, rumo a Seattle também retornou ao ponto de decolagem depois que um homem se recusou a pôr a máscara. Ele pode ser forçado a pagar uma penalidade de US $ 9 mil.
Via O Globo
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