quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Investigadores apontam o piloto do helicóptero como responsável pela morte de Kobe Bryant

De acordo com o relatório final do National Transport Safety Board (NTSB) dos Estados Unidos, o acidente de helicóptero que resultou na morte do jogador de basquete Kobe Bryant, sua filha de 13 anos Gianna e seis outras pessoas em 26 de janeiro de 2020 foi causado por decisões erradas do piloto Ara Zobayan, que também não sobreviveu ao acidente, e uma potencial “pressão auto-induzida” para satisfazer seu famoso passageiro.

Pouco depois de o piloto anunciar que subiria a 4.000 pés (1.200 metros) para se elevar acima da espessa neblina ambiente, o helicóptero Sikorsky S-76B, registrado N72EX (foto abaixo), fez uma curva à esquerda e mergulhou em uma colina perto de Calabasas, Califórnia.


"Esta manobra é consistente com o piloto experimentando desorientação espacial em condições de visibilidade limitada", disse Sumwalt. "Ele perceberia incorretamente que o helicóptero estava subindo quando estava descendo."

Os especialistas também apontam para a opção do piloto em não registrar um plano de voo de emergência e não pousar em um aeroporto mais próximo para aguardar o fim das más condições climáticas. Esse julgamento pode ter sido causado pela "pressão auto-induzida do piloto para atender às necessidades de viagem do cliente".

Destroços do helicóptero de Kobe Bryant no morro onde ocorreu o acidente que
vitimou o astro do basquete (Foto: NTSB/Handout via Reuters)
Nenhuma pressão externa sobre o piloto para completar o voo, seja por Bryant, ou pela empresa, foi encontrada pelo NTSB. A investigação não encontrou qualquer mau funcionamento ou falha do helicóptero.

Apesar de sua experiência (mais de 8.500 horas de voo visual, incluindo 1.250 no helicóptero Sikorsky S-76), a decisão do piloto de continuar "a voar à vista em condições meteorológicas por instrumentos, o que resultou em sua desorientação espacial e perda de controle, levou ao Acidente fatal."


Vanessa Bryant, viúva do jogador, havia entrado com uma reclamação após o acidente contra a Island Express, a operadora do helicóptero, por permitir que o voo ocorresse apesar do nevoeiro. No entanto, o NTSB concluiu que, apesar das más condições meteorológicas, a visibilidade era boa o suficiente para permitir ao piloto voar à vista enquanto mantinha contato com o solo.

O piloto do helicópeto Ara Zobayan, que também morreu no acidente
Do outro lado, a defesa contratada pelo irmão de Ara Zobayan acusa os tripulantes da aeronave de responsabilidade pela fatalidade, uma vez que estes foram alertados sobre as difíceis condições de voo.

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