quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Aéreas brasileiras estão entre piores em segurança, mostra ranking

Ranking alemão considera as 60 maiores companhias aéreas do mundo.

Levantamento compara números de passageiros, acidentes e mortos.


O ranking de 2012 da consultoria alemã Jet Airliner Crash Data Evaluation Centre (Jacdec) com as 60 maiores companhias aéreas do mundo (as com maior índice passageiro por quilômetro transportado), coloca as empresas brasileiras TAM e Gol entre as piores em segurança.

Segundo o levantamento, a China Airlines aparece na pior colocação, com oito acidentes com destruição da fuselagem, deixando 755 mortos nos últimos 30 anos. Em segundo lugar, a TAM aparece com seis acidentes e 336 mortes, seguida pela Air India (3 acidentes, 329 mortes) e pela Gol (1 acidente, 154 mortes).

No primeiro lugar do ranking, a finlandesa Finnair, fundada em 1924, não registrou nenhum acidente nos últimos 30 anos. Air New Zealand, Cathay Pacific (Hong Kong), Emirates, e Etihad Airways (ambas dos Emirados Árabes) completam a lista das cinco empresas aéreas mais seguras do mundo.

O ranking do Jacdec compara o número de acidentes registrados e a quantidade de passageiros mortos com o número de pessoas transportadas por cada companhia nos últimos 30 anos. A participação no programa de segurança da associação internacional Iata conta positivamente. Para obter uma comparação mais equilibrada, são consideradas apenas as 60 companhias com maior índice de passageiro por quilômetro transportado.

Aéreas

Procurada pelo G1, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne Avianca, Azul/Trip, Gol e TAM afirmou que "entende que tal levantamento de maneira alguma reflete a situação atual de segurança das companhias aéreas".

“Esta entidade faz um levantamento do histórico de acidentes, considerando também o número de fatalidades envolvidas, e este índice realmente não avalia o nível atual de segurança de uma empresa aérea. O padrão utilizado não traduz a situação de segurança ou insegurança de uma empresa”, explicou, em nota, Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voos da Abear.

Ainda segundo a Abear, "nenhum profissional do setor leva a sério essas listas e rankings de empresas mais ou menos seguras. Elas normalmente são elaboradas a partir de dados históricos, não refletem em absoluto as práticas correntes de segurança das empresas aéreas e não avaliam em absoluto o nível de segurança praticado”.

Fonte: G1

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