Acidente em voo entre o Rio de Janeiro e Paris deixou 228 mortos em 2009.
As autoridades da França anunciaram nesta sexta-feira (4) que as buscas dos destroços do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico, entre o Rio de Janeiro e Paris, em julho de 2009, vão ser retomadas em março.
"O navio de exploração 'Alucia' zarpará do porto de Seattle (Estados Unidos) no início de fevereiro rumo ao porto de Suape (Pernambuco) através do Canal do Panamá. No local embarcará o 'Remus' (veículo submarino) do Geomar (Instituto Oceanográfico alemão) e os integrantes na expedição", destacou o BEA, organismo francês responsável pelas investigações do acidente.
A equipe vai partir para o campo de buscas em 15 de março e deve chegar cinco dias depois.
Vai ser a quarta tentativa de recuperar o que sobrou do Airbus 330 para tentar entender os motivos do acidente. Ela ocorrerá em três etapas de 36 dias cada.
"Temos os meios mais modernos possíveis para encontrar os destroços e temos esperanças sérias e corretas de que vamos conseguir", disse o ministro de Transportes da frança, Thierry Mariani.
A nova tentativa será liderada pela instituição oceanográfica americana Woods Hole. David Gallo, diretor da entidade, disse estar confiante do resultado das buscas, mas que ela será "difícil".
As novas buscas devem custar cerca de 9 milhões de euros, que serão pagos pela empresa - que já gastou cerca de 20 milhões nas buscas anteriores. Cerca de 10 mil quilômetros quadrados ainda não explorados vão ser "varridos" acusticamente.
"Se localizarmos os destroços do avião, o BEA ativará imediatamente a quinta etapa, que será retirá-los do mar", diz comunicado do BEA.
O acidente com o voo 447 ocorreu em 1º de junho de 2009. O avião tinha 228 pessoas a bordo.
Até hoje, apenas 3% do avião e menos de 50 corpos foram recuperados.
O BEA considera que uma falha nas sondas (sensores de velocidade) Pitot da fabricante francesa Thales foi um dos fatores do acidente, mas considera que a explicação definitiva só poderá ser obtida com as caixas pretas do avião.
Em 2009, parentes das vítimas - entre elas 72 francesas e 59 brasileiras - entraram com ação na Justiça da França para exigir uma investigação sobre os motivos do acidente.
Fonte: G1 (com agências internacionais) - Foto: AFP
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