Caso ocorreu no Aeroporto John Kennedy, em Nova York.
Gravações que vazaram mostram que pilotos 'entravam na brincadeira'.
No dia 16 de fevereiro, depois de entrar em uma área de segurança máxima do Aeroporto John Kennedy, em Nova York, uma voz desconhecida assumiu o controle da torre.
Diante do elogio do piloto, o controlador-mirim comandou uma nova decolagem.
Quem fala na gravação é um menino de 9 anos, filho do controlador de voo Glenn Duffy. Com o consentimento dos colegas, no dia seguinte, teve nova brincadeira na torre. Era a vez da filha do controlador.
Foi na velocidade de um jato. Quando as gravações vazaram, esta semana, a segurança na torre do Aeroporto Kennedy virou o centro das preocupações. E no número 11 Rua Quaker Hill, na região de Long Island, um enorme silêncio.
Batemos na porta, mas nem sinal do controlador de voo ou das crianças que, segundo parentes, estariam se sentindo culpadas pela inesperada turbulência na vida do pai.
Na porta da casa, os jornais se acumulam. A notícia que aparece em destaque é a polêmica que deixou os Estados Unidos em alerta. Foi só uma brincadeira que passou da conta? Ou, ao permitir que as crianças dessem ordens aos pilotos, o controlador de voo colocou em risco a segurança em um dos maiores aeroportos do mundo?
O aeroporto mais famoso de Nova York é quase uma cidade. Tem um complexo sistema de viadutos e trens para conectar os oito terminais.
Lá dentro, circulam mais de 120 mil passageiros por dia. São 45 milhões ao longo de um ano. E quase a metade vem de outras partes do mundo. Só do Brasil são entre quatro e seis voos diários. E ninguém esquece que foi em Nova York que terroristas usaram dois aviões pra fazer o maior ataque terrorista da história.
O especialista em segurança aérea Mark Rosenker disse que aeroportos devem ser locais de trabalho e jamais poderiam funcionar como uma escolinha infantil. "Levar as crianças para a torre e abrir o microfone para elas, não importa se você as está instruindo, não faz parte do sistema de regras que nos permite ter um controle aéreo seguro", critica.
Ninguém duvida da boa intenção do controlador de voo, mas muitos especialistas consideram inaceitável o que ele fez e fazem uma comparação: como seria, por exemplo, se um médico levasse o filho pra ajudar em uma cirurgia? A história da aviação mostra que pequenos deslizes podem provocar enormes acidentes.
Há apenas seis meses, um controlador de voo que estava batendo papo com a namorada pelo telefone e falhou na tentativa de corrigir a rota de um avião privado. A aeronave se chocou contra um helicóptero, deixando nove mortos no Rio Hudson.
Há 16 anos, na Rússia, os 75 passageiros e tripulantes de um Airbus da companhia Aeroflot morreram por causa de uma terrível brincadeira.
Informações da caixa preta revelaram que o filho do piloto, um garoto de 11 anos, assumiu o controle da aeronave e, por engano, desabilitou o piloto automático. O avião mudou drasticamente de rumo, entrou em uma espiral e foi direto para o chão.
Na brincadeira recente, na torre de Nova York, um controlador de voo, possivelmente o pai, ainda fez uma brincadeira ao ouvir o elogio de um piloto.
"Isso é o que acontece quando as crianças não estão na escola", disse. "Gostaria de poder trazer meu garoto pro trabalho", respondeu o piloto.
Na Internet, há vários relatos de estudantes que, com autorização oficial, entraram na área considerada de segurança máxima e acompanharam o trabalho dos controladores do JFK.
O controlador Glenn Duffy foi afastado. A agência que gerencia os aeroportos americanos ainda estuda que tipo de punição aplicar. E as visitas à torre foram suspensas.
O piloto não sumiu, mas, em pelo menos cinco decolagens, aquele que comunica os rumos do avião ocupou a função como se fosse apenas uma brincadeira.
Fonte: G1 (com informações do Fantástico)
Gravações que vazaram mostram que pilotos 'entravam na brincadeira'.
No dia 16 de fevereiro, depois de entrar em uma área de segurança máxima do Aeroporto John Kennedy, em Nova York, uma voz desconhecida assumiu o controle da torre.
Diante do elogio do piloto, o controlador-mirim comandou uma nova decolagem.
Quem fala na gravação é um menino de 9 anos, filho do controlador de voo Glenn Duffy. Com o consentimento dos colegas, no dia seguinte, teve nova brincadeira na torre. Era a vez da filha do controlador.
Foi na velocidade de um jato. Quando as gravações vazaram, esta semana, a segurança na torre do Aeroporto Kennedy virou o centro das preocupações. E no número 11 Rua Quaker Hill, na região de Long Island, um enorme silêncio.
Batemos na porta, mas nem sinal do controlador de voo ou das crianças que, segundo parentes, estariam se sentindo culpadas pela inesperada turbulência na vida do pai.
Na porta da casa, os jornais se acumulam. A notícia que aparece em destaque é a polêmica que deixou os Estados Unidos em alerta. Foi só uma brincadeira que passou da conta? Ou, ao permitir que as crianças dessem ordens aos pilotos, o controlador de voo colocou em risco a segurança em um dos maiores aeroportos do mundo?
O aeroporto mais famoso de Nova York é quase uma cidade. Tem um complexo sistema de viadutos e trens para conectar os oito terminais.
Lá dentro, circulam mais de 120 mil passageiros por dia. São 45 milhões ao longo de um ano. E quase a metade vem de outras partes do mundo. Só do Brasil são entre quatro e seis voos diários. E ninguém esquece que foi em Nova York que terroristas usaram dois aviões pra fazer o maior ataque terrorista da história.
O especialista em segurança aérea Mark Rosenker disse que aeroportos devem ser locais de trabalho e jamais poderiam funcionar como uma escolinha infantil. "Levar as crianças para a torre e abrir o microfone para elas, não importa se você as está instruindo, não faz parte do sistema de regras que nos permite ter um controle aéreo seguro", critica.
Ninguém duvida da boa intenção do controlador de voo, mas muitos especialistas consideram inaceitável o que ele fez e fazem uma comparação: como seria, por exemplo, se um médico levasse o filho pra ajudar em uma cirurgia? A história da aviação mostra que pequenos deslizes podem provocar enormes acidentes.
Há apenas seis meses, um controlador de voo que estava batendo papo com a namorada pelo telefone e falhou na tentativa de corrigir a rota de um avião privado. A aeronave se chocou contra um helicóptero, deixando nove mortos no Rio Hudson.
Há 16 anos, na Rússia, os 75 passageiros e tripulantes de um Airbus da companhia Aeroflot morreram por causa de uma terrível brincadeira.
Informações da caixa preta revelaram que o filho do piloto, um garoto de 11 anos, assumiu o controle da aeronave e, por engano, desabilitou o piloto automático. O avião mudou drasticamente de rumo, entrou em uma espiral e foi direto para o chão.
Na brincadeira recente, na torre de Nova York, um controlador de voo, possivelmente o pai, ainda fez uma brincadeira ao ouvir o elogio de um piloto.
"Isso é o que acontece quando as crianças não estão na escola", disse. "Gostaria de poder trazer meu garoto pro trabalho", respondeu o piloto.
Na Internet, há vários relatos de estudantes que, com autorização oficial, entraram na área considerada de segurança máxima e acompanharam o trabalho dos controladores do JFK.
O controlador Glenn Duffy foi afastado. A agência que gerencia os aeroportos americanos ainda estuda que tipo de punição aplicar. E as visitas à torre foram suspensas.
O piloto não sumiu, mas, em pelo menos cinco decolagens, aquele que comunica os rumos do avião ocupou a função como se fosse apenas uma brincadeira.
Fonte: G1 (com informações do Fantástico)
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