quinta-feira, 2 de outubro de 2008

FAB testa aviões supersônicos de combate

Três aeronaves, uma americana, uma francesa e outra sueca vão para a final da licitação da Força Aérea Brasileira. Uma delas será escolhida para reequipar os esquadrões de caça brasileiros.



É uma batalha entre caças ultra-modernos. Os três precisam mostrar todo o seu poder de fogo. Mas nenhum tiro, nenhum míssil será disparado. A guerra é nos campos dos negócios e da tecnologia.

F-18

- Combateu no Iraque e no Afeganistão
- Autonomia: 2.300 km
- Projeto: anos 70
- Custo: US$ 55,2 milhões

O americano F-18 Hornet é o mais testado: já combateu no Iraque e no Afeganistão. Carregado de combustível e armamentos, tem 2.300 quilômetros de autonomia. O projeto é o mais antigo dos três, de meados dos anos 1970. O preço: US$ 55,2 milhões a unidade.

Rafale

- Combateu no Afeganistão
- Autonomia: 1.850 km
- Projeto: anos 80
- Manutenção complicada
- Preço: US$ 77.109 milhões

O Rafale, francês, também foi testado em combate no Afeganistão. Alcança 1.850 quilômetros, também carregado. O projeto original, dos anos 1980, é totalmente atualizado. Mas especialistas dizem que a manutenção é complicada. Vale US$ 77.109 milhões cada caça.

Gripen

- Nunca foi testado em combate
- Projeto: 2008
- Autonomia: 800 km
- Preço: US$ 76 milhões

O Gripen NG, de 'nova geração', nunca foi testado em combate. Mas o concorrente sueco tem o que existe de mais moderno. O projeto desse avião foi apresentado há apenas dois meses. Ele tem a menor autonomia de vôo: 800 quilômetros carregado. Custa US$ 76 milhões.

Entre vantagens e desvantagens, os especialistas colocam os três caças no mesmo nível. Eles se equivalem em tecnologia e poder de fogo. A Força Aérea não deixa transparecer preferências por um deles.

Mas desde o início da concorrência, o governo brasileiro deixou claro qual será a arma mais poderosa para vencer essa batalha: a transferência de tecnologia.

“E um pré-requisito eliminatório que haja transferência de tecnologia, sem isso não tem negócio. Para o Brasil esta cláusula é importante porque ela permitirá que o parque industrial brasileiro, principalmente o aeronáutico se beneficie aplicando este conhecimento, por exemplo, no desenvolvimento de novos aviões comerciais”, declara Roberto Godoy, jornalista e especialista em Tecnologia Militar.

Fontes: G1 / Jornal da Globo

Um comentário:

Juliano Lima disse...

e os sukhoi? sairam da lista?