sábado, 30 de agosto de 2025

Aconteceu em 30 de agosto de 2002: Voo TAM 3804ㅤPouso de barriga de Fokker 100 em fazenda de Birigui (SP)

Em 30 de agosto de 2002, o voo TAM 3804 foi um voo regular de passageiros que estava operando um voo programado do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. 

O Fokker 100 PT-MRL com a cauda em azul
O Fokker 100, prefixo PT-MRL, da TAM Linhas Aéreas (foto acima), uma aeronave com nove anos e sete meses de uso, às 09h48 decolou do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) com destino a Brasília (DF) com paradas previstas em Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT), levando a bordo 33 passageiros e cinco tripulantes. 

Na altitude de cruzeiro, a equipe observou os avisos "filtro de combustível" e "baixa pressão de combustível" para o motor número nº 2. Eles tomaram medidas, mas um pouco mais tarde uma situação de desequilíbrio de combustível se desenvolveu. 

A aeronave estava perdendo combustível rapidamente, então a tripulação decidiu pousar no Aeroporto de Araçatuba, no interior de São Paulo. No entanto, ambos os motores pararam devido ao esgotamento completo do combustível quando a aeronave ainda estava a 16 milhas do aeroporto. 

O Fokker perdeu altitude rapidamente. Com isso, o pouso de emergência em uma fazenda de Birigui foi a única opção. Com o impacto no solo, o trem de pouso foi arremessado. As turbinas e a lataria também ficaram danificadas.


Dos 24 passageiros que estavam a bordo, quatro tiveram ferimentos leves. Os outros 20, além dos cinco tripulantes, não se machucaram. Uma vaca foi atingida pelo avião durante o pouso e precisou ser sacrificada.


"Ele passou por cima de todas as árvores, bem baixinho. 'Tirou' da rede de luz lá de cima", revelou, na época, um funcionário do sítio onde o avião fez o pouso.


Dono da fazenda onde o voo da TAM precisou fazer um pouso forçado em Birigui (SP)
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Um dos sobreviventes, Mario Valente, contou como os passageiros foram avisados pelo comandante sobre o que estava acontecendo.

"Ele avisou que nós estávamos a uma altitude de 33 mil pés, a mais ou menos 10.500 metros de altitude, e que estávamos enfrentando um vento contrário com cerca de 130 km por hora. Mais alguns minutos, ele avisa novamente que iria fazer um pouso de emergência na cidade de Araçatuba. Ele disse que foi a perda de combustível no ar e o aparelho não acusou essa perda, o que fez ele pousar ali", conta.


Na opinião de Mario, o pouso forçado em segurança foi um "milagre" e que teve no comandante o responsável por "operar" o ocorrido.


"Foi um milagre. Todos praticamente estavam unânimes de que realmente foi um excelente piloto, que conduziu com prudência para aterrissar ali", explica.


A investigação foi feita pela Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Dipaa) do Departamento de Aviação Civil (DAC) e engenheiros da TAM concluiu que o Fokker 100 que fez o pouso forçado em Birigüi, tinha uma falha mecânica em um dos tubos de alimentação de combustível do motor direito.


Segundo relatório do Dipaa, não houve falha humana na manutenção do componente, pois "todos os parafusos de fixação foram encontrados corretamente posicionados e com torque adequado". 


O Fokker 100 perdeu todo o combustível menos de duas horas após a decolagem. A TAM divulgou comunicado dizendo que o abastecimento do Fokker 100 foi feito de maneira correta. Clique aqui para acessar o Relatório Final.


Outro avião da companhia fez um pouso forçado cerca de uma hora depois deste primeiro incidente. O Fokker-100 que operava o voo 3499 Salvador (BA) - Guarulhos (São Paulo), aterrissou no aeroporto de Viracopos, em Campinas, com 42 passageiros. Ninguém ficou ferido. De acordo com a TAM, o acidente foi causado por uma falha no trem de pouso.


Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, g1 e ASN - Fotos: Reprodução/TV Tem/TV Globo

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