quinta-feira, 28 de março de 2024

CEO da empresa que achou restos do avião de Amelia Earhart afirma ter tecnologia para localizar aeronave da Malaysia Airlines

Tony Romeo, CEO da Deep Sea Vision, disse que está planejando enviar um de seus drones subaquáticos, chamado Hugin 6000, ao fundo do oceano para procurar a aeronave.

Filha de uma das passageiras desaparecidas segura peça que poderia ser de destroços do avião
(Foto: Getty Images)
Tony Romeo, CEO da Deep Sea Vision, empresa que alega ter encontrado os restos do avião de Amelia Earhart, afirma que a companhia possui tecnologia para localizar o MH370, voo da Malaysia Airlineis que desapareceu no dia 8 de março de 2014, depois de decolar de Kuala Lampur com 239 pessoas a bordo. Até hoje, o desaparecimento da aeronave não foi solucionado.

Em uma entrevista ao programa australiano 60 Minutes, Romeo disse que a empresa está planejando enviar um de seus drones subaquáticos, chamado Hugin 6000, ao fundo do oceano para procurar a aeronave.

"Ele voa a 50 metros acima do fundo do mar e vai e volta, vai e volta, vai e volta", disse o executivo. "Ele vê tudo o que pode ver, suga e armazena dados. Depois, quando volta à superfície, colocamos um pen drive no drone, extraímos os dados e assistimos em um computador exatamente o que ele viu", acrescentou.

Segundo reportagem do Daily Mail, Romeo descreveu a tecnologia da empresa como "quase capaz" de ler um número de cartão de crédito no fundo do mar. Também disse que os drones poderiam vasculhar quatro vezes mais a área coberta em tentativas anteriores de encontrar o MH370.

A Deep Sea Visions está se preparando para apresentar uma proposta de busca ao governo da Malásia. "Recuso-me a acreditar que eles não querem que um grande acidente como este fique sem solução. Simplesmente não é justo, não seria justo com as famílias", disse Romeo.

De acordo com sua página no LinkedIn, Romeo é um empresário que trabalhou no setor imobiliário na Carolina do Sul (EUA) antes de fundar a Deep Sea Vision em 2022. Ele é um advogado formado em direito pela Charleston School of Law. Também estudou na Escola de Inteligência da Força Aérea e é ex-oficial de inteligência da Marinha dos EUA.

Em janeiro, Romeo disse ao USA Today que a busca pelo avião de Earhart levou mais de 100 dias. "O Oceano Pacífico é enorme, o que Amelia Earhart descobriu sozinha. É uma distância incrível para percorrer. Ficamos lá por 100 dias, em mar agitado, e sem muitos portos para reabastecer. É aí que precisamos de equipamentos diferentes para podermos olhar mais de perto", relatou.

O avião de Earhart desapareceu em 1937. Ela e o navegador Fred Noonan partiram de Lae, Nova Guiné, para a Ilha Howland, onde deveriam se encontrar com a Guarda Costeira dos EUA para reabastecer. A dupla nunca compareceu ao encontro.

Mistério do MH370



O que aconteceu ao MH370 continua a ser um dos grandes mistérios da aviação. Acredita-se que o avião tenha caído no sul do Oceano Índico. Mas várias pesquisas privadas e apoiadas pelo governo ao longo de quase dez anos não conseguiram revelar qualquer informação substancial.

A história oficial contada afirma que Zaharie Ahad Shah, o piloto encarregado do voo, executou uma inversão de marcha repentina menos de uma hora após o início da decolagem, antes de cair no Oceano Índico perto de uma área conhecida como 7º Arco.

Mas Peter Waring, especialista em mapeamento do fundo do mar envolvido nas investigações desde o começo, acredita que o MH370 caiu numa área conhecida como zona de fratura de Geelvinck, a quase mil quilômetros de distância do 7º Arco.

Ele diz acreditar na teoria de Simon Hardy, um especialista em Boeing 777 que postula que Shah era “suicida” e voou deliberadamente o avião em direção à zona de fratura de Geelvinck.

Hardy acredita que Shah estava no controle do avião quando ele caiu a cerca de 2.400 quilômetros da costa oeste da Austrália. O piloto, que está desaparecido e dado como morto junto com todos os outros no avião, foi acusado de planejar assassinato devido a problemas pessoais.

Alguns teorizam que ele trancou o copiloto fora da cabine, desligou todas as comunicações, despressurizou a cabine principal e depois desativou a aeronave para que continuasse voando no piloto automático até ficar sem combustível.

Mas a esposa do piloto negou qualquer problema pessoal e outros membros da família e seus amigos disseram que ele era um homem de família dedicado e adorava seu trabalho.

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