sábado, 13 de setembro de 2014

Passageiros de avião da Gol tiveram que esperar até sete horas por bagagens no Galeão

Viajantes denunciam que companhia aérea deu preferência a cinco funcionários da CBF que transportavam 40 malas.

Malas de funcionários da CBF foram levadas do Galeão por um caminhão

Passageiros que estavam voltando de Miami, nos Estados Unidos, em um voo da Gol, precisaram esperar até sete horas para pegar as bagagens. O problema teria acontecido porque as cerca de 40 malas de cinco funcionários da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobrecarregou o compartimento de bagagens da aeronave, que desembarcou no fim da madrugada no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). Com isso, a companhia transferiru as malas de alguns passageiros para outros voos.

A demora deixou passageiros como a economista Daniele Machado, de 34 anos, revoltados. Ela contou que precisou esperar de 4h30m, hora em que o avião pousou, às 11h30m para conseguir sair do Galeão com a bagagem. Segundo ela, os problemas começaram logo no início da viagem.

— Fui retirada da minha poltrona, que foi dada aos funcionários da CBF. Só pude voltar ao meu lugar porque reclamei que tinha pago mais caro por ela. Me senti desprivilegiada. Vou processar a Gol — disse Daniele.

O administrador de empresas Sérgio Cruz, de 32 anos, também estava no voo. Segundo ele, cerca de 30 passageiros ficaram sem as malas no momento do desembarque. Ainda de acordo com o administrador, um caminhão foi usado para transportar as malas do grupo da CBF. Ele também prometeu acionar a Justiça.

— Vou processar a Gol. Estamos passando por muitos transtornos. Além dos nossos objetos pessoais e presentes para os amigos, as malas tinham remédios — reclamou Sérgio.

A Gol informou que, devido à grande quantidade de bagagens despachadas no voo G3 7711 (Miami-Rio de Janeiro), alguns volumes foram direcionados para outro voo por questões de segurança. Em nota, a empresa lamentou os transtornos causados aos passageiros e disse que as bagagens já foram entregues.

A CBF e a Receita Federal foram procuradas pela reportagem do Globo, mas não se pronunciaram sobre o caso.

Fonte: Waleska Borges (O Globo) - Foto: Leitor

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