O avião caiu a 24 de julho no Mali e matou 116 pessoas. Depois do primeiro relatório preliminar do inquérito ao acidente continua a não haver qualquer pista sobre as suas causas.
Os investigadores que estão a analisar a queda do avião da Air Algérie, que se despenhou no Mali em julho, matando 116 pessoas, ainda não encontraram pistas óbvias que expliquem o acidente, mantendo todas as possibilidades em aberto.
"Não existe nenhuma pista privilegiada até ao momento", disse Bernard Boudeille, do gabinete de inquéritos e análises (Bureau d'Enquêtes et d'analyses français - BEA) da agência de segurança aérea francesa.
O responsável apresentou, neste sábado, um relatório preliminar do inquérito na capital do Mali, Bamako, e sublinhou que, até ao momento, nada permite afastar ou confirmar ou um possível ato terrorista. "Não favorecemos nenhuma linha de investigação", afirmou.
Uma das primeiras hipóteses levantadas quando o avião caiu foi a de que teria sido apanhado numa tempestade e teria caído subitamente no deserto, segundo o jornal francês Le Figaro.
No mesmo dia em que o avião se despenhou, causando a morte a 116 pessoas, 54 das quais franceses, o Ministério Público francês abriu um inquérito por "homicídio involuntário". A iniciativa constitui um procedimento habitual em situações em que haja vítimas francesas, mesmo que tenham ocorrido no estrangeiro.
No início do mês de agosto o gabinete responsável pelo inquérito alertou para o facto de uma das caixas negras do aparelho - a que registava as conversas entre os pilotos - estar "inexplorável", de acordo com o jornal Le Monde.
Na apresentação do relatório, Bernard Boudaille e o responsável pela comissão que investiga os acidentes da aviação civil no Mali, N'Faly Cisse, disseram que a tripulação era experiente, não seguia afetada pelo cansaço e estava preparada para lidar com tempestades.
O avião tinha descolado de Ouagadougou, no Burkina Faso e seguia em direção à capital argelina, Argel. Caiu no deserto do Mali, depois dos pilotos terem pedido para regressar devido ao mau tempo.
Fonte: Raquel Albuquerque (expresso.sapo.pt) - Imagens: Reprodução
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