Parentes pedem informações à companhia aérea que transportou detento de Catanduvas juntamente com demais passageiros.
Parentes e amigos de passageiros que embarcaram na tarde de segunda-feira (19) em um voo da companhia aérea Azul em Cascavel se surpreenderam com a informação de que dois presos da Penitenciária de Catanduvas estavam seguindo viagem na mesma aeronave.
No voo que seguiu para Campinas, no interior de São Paulo, também embarcaram agentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) que fizeram a escolta dos presos.
Os familiares de passageiros que aguardaram a saída do voo no terminal se mostraram revoltados com a situação, principalmente com a falta de informação por parte da companhia área.
"Meu filho está nesse voo. Os presos entraram pela porta traseira do avião. Pessoas de bem não deveriam viajar com bandidos. Temo pela segurança do meu filho. Não sabemos o que pode acontecer quando esse voo chegar ao destino", disse Inês Cecatto, mãe de um dos passageiros.
"Não sabemos o que pode acontecer. Com certeza vai ter gente armada dentro do voo", comentou Olívio da Silva Silveira parente de passageiro.
A CGN entrou em contato coma assessoria de imprensa da Azul, que comunicou que iria apurar a situação para prestar mais informações. No local, a reportagem foi informada de que, por uma medida de segurança do próprio Depen, o embarque dos presos não é informado aos demais passageiros.
Outra informação repassada à reportagem é que a compra das passagens dos presos é feita informando apenas o nome e o número da identidade, também como forma de sigilo do Depen.
O único que teria autonomia para impedir o voo é o comandante da aeronave.
A reportagem tentou entrar em contato com o Depen em Brasília e com a direção da Penitenciária em Catanduvas, mas ninguém atendeu às ligações nos números de telefone disponíveis.
Azul
Em nota enviada no fim da tarde, a Azul explicou a situação: “A Azul Linhas Aéreas informa que o transporte de passageiros sob custódia é comum e é regulamentada na aviação brasileira. Todas as empresas aéreas estão sujeitas à esta determinação. A companhia sempre que solicitada pelas autoridades aeronáuticas e policiais cumpre a estas resoluções dentro dos parâmetros de segurança”.
Fonte: Alexandre Moura (CGN)
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