segunda-feira, 21 de junho de 2010

Portugal: Falta de espaço impede ampliação das atividades do Aero Clube do Porto

O Aero Clube do Porto, oficialmente fundado em 1935 mas que conta com uma história de 80 anos, debate-se actualmente com um problema de falta de espaço.

O aeródromo da Maia tem sido usado como apoio às provas da Red Bull Air Race no Porto

A operar no aeródromo da Maia desde 1995, a associação pretende instalar uma oficina de manutenção aeronáutica que lhe permita reduzir os custos de funcionamento e, assim, relançar a actividade. Todavia, o clube não tem, para já, contado com a colaboração da Câmara da Maia para a cedência do espaço de hangar necessário à concretização do projecto.

"Já solicitámos a cedência do meio hangar de que precisamos, mas a abertura tem sido nenhuma", diz Domingos Rosinha, presidente do aeroclube, recordando que a existência do aeródromo maiato se deve, em grande parte, à associação, que apresentou a ideia ao ex-autarca Vieira de Carvalho. "Temos ideias, já começámos a fazer algumas coisas, a escola de pilotagem está a funcionar, mas precisamos das oficinas para reduzir custos e comprar um novo avião para o funcionamento das aulas", explicou aquele responsável ao PÚBLICO.

Segundo os responsáveis do clube, a falta de interesse da Câmara da Maia no projecto poderá estar relacionada com alguma indefinição quanto ao futuro do aeródromo, para o qual está a ser feito um estudo de viabilidade económica. Para além do Aero Clube do Porto, operam na pista de Vilar de Luz uma escola de pára-quedismo e uma escola profissional de pilotagem, à qual a autarquia tem dado prioridade. "Neste momento estamos limitados à emissão de brevets para entusiastas e ao aluguer de horas de voo para pilotos que querem chegar às linhas aéreas, mas mesmo isto é feito em condições muito precárias", refere Domingos Rosinha.

Fundador do aeroporto

Antes de se mudar para o aeródromo da Maia, a associação funcionou durante várias décadas no Aeroporto de Pedras Rubras, que também ajudou a criar, tendo sido "praticamente corrida" das instalações aquando do início das obras de beneficiação e ampliação da aerogare do Francisco Sá Carneiro. O clube viu, então, serem destruídos o hangar, a escola e as demais instalações de que dispunha no local, tendo recorrido ao Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto para tentar ser ressarcido por essas perdas. O processo, porém, arrasta-se há cerca de dez anos e só recentemente decorreram as alegações finais.

O Aero Clube do Porto é uma instituição de utilidade pública e, para além das actividades normais de uma associação deste género, garante, durante o Verão, voos de vigilância dos fogos florestais.

Fonte: Público.pt - Foto: Fernando Veludo/NFACTOS

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