Filas se formaram nas áreas de embarque do Aeroportos Internacional de Los Angeles e em outros terminais americanos
As novas regras de segurança em voos nos Estados Unidos começaram a ser suavizadas após dois dias de duras restrições nos aeroportos. Segundo funcionários de empresas aéreas que operam nos principais aeroportos do país, a grande quantidade de atrasos teria motivado o governo a diminuir a severidade das novas regras. A nova posição sobre as medidas ainda não foi anunciada oficialmente pelas autoridades americanas.
As medidas passaram a vigorar no último sábado, depois de um incidente envolvendo um voo que fazia o trajeto Amsterdã-Detroit. O nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23 anos, tentou ativar uma bomba no interior da cabine de passageiros, mas foi contido por membros da tripulação. Ele foi colocado à disposição da Justiça e levado para um hospital para ser tratado de queimaduras de segundo e terceiro grau.
Depois disso, o governo determinou novas regras para os voos que fazem trajetos que incluam o Estado americano. Além de passar pela esteira de bagagens e pelo detector de metais, ficou definido que todos os pertences de mão e os sapatos dos passageiros seriam inspecionados no finger (tubo que conecta o avião ao terminal de passageiros), onde os passageiros também passariam pelo bastão detector de metais.
O TSA, órgão americano que regula a segurança dos transportes, também proibiu o uso de sistema de comunicação como telefone, internet, GPS e programação de TV ao vivo antes do embarque e durante todas as fases do voo. Além disso, enquanto a aeronave sobrevoasse o espaço aéreo dos EUA, a tripulação não poderia informar os passageiros sobre a trajetória do voo nem sobre sua posição sobre cidades americanas.
Na etapa final do voo, quando faltasse uma hora para a chegada ao destino, os passageiros deveriam permanecer em seus assentos e ficou proibido o acesso aos pertences de mão, que deveriam ficar no compartimento de bagagens. Travesseiros e cobertores deveriam ser recolhidos e não poderiam mais permanecer no colo dos passageiros.
Todas essas medidas valeriam por tempo indeterminado, mas a grande quantidade de transtornos que causaram provocou um reposicionamento sobre elas. Nesta segunda-feira, o TSA já permitiu que, a critério do comandante, os passageiros possam voltar a ter cobertores e pertences de mão, além de poderem transitar na cabine durante a última parte do voo.
Além disso, turistas e famílias americanas que viajaram durante o feriado de Natal enfrentaram longas filas nos aeroportos para retornarem às suas casas. Isso porque as novas medidas tornaram o embarque mais demorado. Assim, mesmo preocupadas com a segurança do país, as autoridades americanas permitiram que algumas medidas fossem ignoradas e muitos passageiros não foram inspecionados no finger.
As companhias aéreas temem que as novas restrições reduzam seu principal público, ops executivos, que optam pelos voos por causa de sua agilidade. Caso voar signifique permanecer muito tempo no aeroporto, isso deve se tornar pouco interessante para eles e deve resultar em prejuízos para as companhias. As empresas aguardam, ainda, que o governo revise mais uma vez as novas determinações, a fim de não prejudicar a agilidade do sistema aéreo americano.
Fonte: AP via Zero Hora - Foto: Nick Ut/AP
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