terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Grupo militante nigeriano condena ataque a avião dos EUA

O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND, pela sigla em inglês) declarou no domingo (27) que condena a tentativa de atentado terrorista ao avião que fazia o voo 253 da Northwest Airlines na sexta-feira (25). Segundo o comunicado, o ato foi praticado por um "extremista islâmico confuso". Jomo Gbomo, porta-voz do MEND, disse em comunicado que "se o plano tivesse dado certo, muitas famílias em todo o mundo estariam de luto no dia em que os cristãos celebram o nascimento de um pacifista, Jesus Cristo".

O nigeriano, Umaru Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, foi detido e acusado pelas autoridades norte-americanas por tentativa de explodir um avião da Northwest quando tentava aterrissar em Detroit. O voo partira de Amsterdã. O vice-presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, disse que a ação contra o avião dos Estados Unidos pode dar início a uma"grande discriminação contra nigerianos". "A atitude vai trazer perturbações e investigações desnecessárias a outros nigerianos que querem viajar para fora do país", disse Jonathan, segundo o site do jornal britânico Guardian, durante um serviço religiosos em Abuja, capital nigeriana.

Jonathan ordenou que as agências de segurança do país iniciem uma ampla investigação sobre o incidente e pediu aos nigerianos que sejam patrióticos e evitam ações que possam passar uma imagem negativa do país no cenário internacional. Já o conselho e a administração do First Bank of Nigéria declararam sua "surpresa" como o incidente aéreo envolvendo Umar Farouk Abdulmutallab, que é filho de um ex-presidente da instituição, Alhaji Umaru Mutallab.

"Como cidadão importante que tem atuado como presidente de outros bancos nigerianos, ministro do governo e líder de comitês presidenciais, este incidente infeliz não é apenas uma tragédia pessoal para o doutor Mutallab e sua família, mas também um triste acontecimento para o país como um todo, que tem dado grandes passos na reconstrução de sua imagem perante a comunidade internacional", disse Bisi Onasanya, diretor-gerente e CEO do banco, em comunicado no domingo. "O First Bank condena fortemente qualquer ato de terrorismo. Ficamos encorajados pelos relatos de que o doutor Mutallab informou as autoridades competentes de suas suspeitas sobre as visões extremistas de seu filho e agradecemos a Deus pelo fato de o ataque terrorista não ter se concretizado", diz o comunicado. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

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