domingo, 16 de agosto de 2009

Engenhocas voadoras divertem público no Dia do Voo

O Dia do Voo no Parque Ecológico do Tietê, zona leste de São Paulo, teve farra, gente famosa, platéia lotada, diversão, sol, vento, tudo! - mas voo que é bom...

Das 39 equipes que desfilaram suas engenhocas saltando de uma plataforma de 10 metros no Red Bull Flugtag, a que alcançou a maior distância planou por discretos 15 metros, marca inferior ao recorde de 17 metros estabelecido na primeira edição do evento. A grande maioria das equipes decolou da plataforma direto para a água, em vôos suicidas, mas bastante engraçados. Ou seja, mesmo sem belas exibições aéreas, o divertimento foi garantido para as mais de 40 mil pessoas que compareceram ao parque, segundo a PM.

"Viemos pra ganhar! Demos duro, trabalhamos de domingo a domingo para construir a máquina, queremos plainar uns 5 segundos", disse Reginaldo Ferreira, de 39 anos, engenheiro civil e membro do Aeroflintstones, de São Paulo. A nave não voou tanto como ele gostaria, mas mesmo assim beliscou o terceiro lugar no evento.

O primeiro posto ficou com os paranaenses da equipe Tróia Voadora, e o segundo com os paulistas de Rio Claro, Red Bull Air Race. "Éramos coadjuvantes, não esperávamos ganhar. Acredito que o impacto visual tenha ajudado a impressionar os jurados", disse o cenógrafo e piloto do Tróia Voadora Geraldo Braun. As 39 equipes foram selecionadas entre mais de 1600 projetos o que faz, de certa forma, cada uma delas vencedora.

Bom, já o que o júri foi citado, o músico Chorão, a apresentadora Fiorella Matheis, a surfista Maya Gabeira e o VJ Léo Madeira foram os responsáveis pelas notas que definiram a premiação. A apresentação do evento ficou por conta de um animado Márcio Garcia, que levou os filhos para curtir a exibição. "Isso aqui é o maior barato, é uma grande festa, está muito divertido. Agora, pelo que espiei, tem umas aí que não vão voar nem um metro", previu, com sabedoria, o ator e apresentador, minutos antes do evento começar. A VJ Marina Person, no meio do público da galera, também ajudou na apresentação.

Nota 10

Nota 10, na verdade, era a nota 6, já que a organização do evento optou pela estranha escala de 1 a 6 para julgar as equipes. Os critérios avaliados foram originalidade, desempenho e distância percorrida no voo. Assim, a equipe que voou mais longe foi a Papel Voador, de São Paulo, com a distância de 15 metros. Já a equipe Madagascar, que veio de Porto Alegre, trouxe diferentes personagens e levou o prêmio de criatividade. Todas as despesas de transportes, traslados, estadia e alimentação para os times que vieram de outras cidades e estados foram arcadas pela empresa patrocinadora do evento.

"Foi bem melhor do que eu imagina, adorei a estrutura, foi muito divertido", disse Mayara Sôffa, estudante de 21 anos, que veio de Goiânia para pilotar o Bananair, uma banana com asas que despencou da plataforma direto para a água. Com relação à segurança, afinal uma queda de 10 metros junto de uma estrutura de até 100 quilos não é para qualquer um, Mayara disse que há uma orientação diferente da equipe de resgate para cada participante "Eles dão dicas de como agir no salto de acordo com o material e desenho do projeto", disse ela.

Mesmo assim teve quem se machucou. "Senti o ferro pegando forte na perna e bati com tudo o rosto na água. Mas valeu à pena, porque foi muito emocionante", comentou o empresário Tunísio Alves, de 27 anos, piloto da equipe baiana Beijinho-Beijinho, Tchau-Tchau, que homenageou a apresentadora Xuxa.

No mais, o publico que chegou cedo ao Parque Ecológico do Tietê não se decepcionou e agüentou firme as mais de cinco horas de evento. "É engraçado aquele povo todo empolgado, achei muito divertido", disse Diana Salles, de 24 anos, bancária, que assistia ao evento junto de uma amiga. Profética, Diana disse ter gostado muito do cavalo apresentado pela equipe Tróia Voadora, que acabaria como vencedora do concurso.

Fonte: Fabiano Rampazzo (Terra) - Foto: Celso Akim (AgNews)

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