A seção espanhola da Anistia Internacional esta organização não governamental de defesa dos direitos humanos acaba de publicar um relatório em que escalpeliza a actuação das autoridades espanholas no quadro da luta antiterrorista lançada pelos EUA após o 11 de Setembro de 2001.
Dezasseis voos alegadamente usados pela CIA para o transporte de detidos no âmbito da luta anti-terrorista escalaram Portugal entre 2002 e 2005, segundo um relatório da secção espanhola da Amnistia Internacional (AI-Espanha) divulgado na quarta-feira (08).
O documento, sob o título "Destinos inconfessáveis, obrigações não cumpridas", centra-se especificamente no papel da "Espanha na 'guerra contra o terror'" desenvolvida pelos EUA após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 - utilizando informações e registos feitos pelas autoridades portuguesas. É nesse contexto que surge, e especificamente na transferência de prisioneiros entre diferentes países e ou para a base norte-americana de Guantanamo (Cuba), que a AI-Espanha surge uma listagem com aeroportos de partida, escala e destino alegadamente usados por aviões ao serviço da CIA onde surge Portugal.
Recorde-se que, em Junho passado, a Amnistia Internacional já tinha publicado um relatório sobre a matéria, intitulado "Estado de negação" e centrado no "papel da Europa na rendição e detenção secreta" de presumíveis terroristas.
A AI-Espanha, no anexo 4 do seu relatório, identifica 15 voos realizados por cinco aviões - com as matrículas N8213G, N50BH, N505LL, N219D e N1HC - que aterraram ou descolaram de Ponta Delgada, Porto, Faro e Lajes. Contudo, há um 16º voo, realizado por um aparelho a quem são atribuídas as matrículas N829MG e N259SK, que viajou de Barcelona para Santa Maria em 07 de Novembro de 2002.
De acordo com a referida lista de movimentos aéreos, 10 dos voos foram realizados por um único avião (N8213G) e sempre de ou para Ponta Delgada, entre 26 de Março de 2002 e 20 de Junho de 2006. Duas outras viagens foram efectuadas pelo avião com matrícula N219D, ambas para a base aérea das Lajes, a 03 de Outubro de 2004 (vindo de Sevilha) e em 17 de Maio de 2005 (Tenerife).
O N1HC chegou ao Porto a 05 de Maio de 2005 (vindo de Málaga), o N505LL deixou Ponta Delgada a 29 de Setembro de 2005 (para Barcelona) e o N50BH partiu de Faro em 16 de maio de 2003 (também para Barcelona).
No caso da Espanha, "a lista inclui voos identificados pelo Parlamento Europeu com origem e/ou destino suspeitos e sobre os quais a Amnistia Internacional também dispõe de informação; rotas dos aviões confirmadas pelas autoridades espanholas assim como movimentos de aviões que aparecem nas investigações realizadas em Portugal...", diz a AI-Espanha, inferindo que "as infra-estruturas aéreas espanholas estiveram plenamente integradas no funcionamento do programa de entregas extraordinárias e detenções secretas do Governo dos Estados Unidos".
Fonte: DN Online (Portugal) - Foto: Manuel Carlos Freire
Dezasseis voos alegadamente usados pela CIA para o transporte de detidos no âmbito da luta anti-terrorista escalaram Portugal entre 2002 e 2005, segundo um relatório da secção espanhola da Amnistia Internacional (AI-Espanha) divulgado na quarta-feira (08).
O documento, sob o título "Destinos inconfessáveis, obrigações não cumpridas", centra-se especificamente no papel da "Espanha na 'guerra contra o terror'" desenvolvida pelos EUA após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 - utilizando informações e registos feitos pelas autoridades portuguesas. É nesse contexto que surge, e especificamente na transferência de prisioneiros entre diferentes países e ou para a base norte-americana de Guantanamo (Cuba), que a AI-Espanha surge uma listagem com aeroportos de partida, escala e destino alegadamente usados por aviões ao serviço da CIA onde surge Portugal.
Recorde-se que, em Junho passado, a Amnistia Internacional já tinha publicado um relatório sobre a matéria, intitulado "Estado de negação" e centrado no "papel da Europa na rendição e detenção secreta" de presumíveis terroristas.
A AI-Espanha, no anexo 4 do seu relatório, identifica 15 voos realizados por cinco aviões - com as matrículas N8213G, N50BH, N505LL, N219D e N1HC - que aterraram ou descolaram de Ponta Delgada, Porto, Faro e Lajes. Contudo, há um 16º voo, realizado por um aparelho a quem são atribuídas as matrículas N829MG e N259SK, que viajou de Barcelona para Santa Maria em 07 de Novembro de 2002.
De acordo com a referida lista de movimentos aéreos, 10 dos voos foram realizados por um único avião (N8213G) e sempre de ou para Ponta Delgada, entre 26 de Março de 2002 e 20 de Junho de 2006. Duas outras viagens foram efectuadas pelo avião com matrícula N219D, ambas para a base aérea das Lajes, a 03 de Outubro de 2004 (vindo de Sevilha) e em 17 de Maio de 2005 (Tenerife).
O N1HC chegou ao Porto a 05 de Maio de 2005 (vindo de Málaga), o N505LL deixou Ponta Delgada a 29 de Setembro de 2005 (para Barcelona) e o N50BH partiu de Faro em 16 de maio de 2003 (também para Barcelona).
No caso da Espanha, "a lista inclui voos identificados pelo Parlamento Europeu com origem e/ou destino suspeitos e sobre os quais a Amnistia Internacional também dispõe de informação; rotas dos aviões confirmadas pelas autoridades espanholas assim como movimentos de aviões que aparecem nas investigações realizadas em Portugal...", diz a AI-Espanha, inferindo que "as infra-estruturas aéreas espanholas estiveram plenamente integradas no funcionamento do programa de entregas extraordinárias e detenções secretas do Governo dos Estados Unidos".
Fonte: DN Online (Portugal) - Foto: Manuel Carlos Freire
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